- NÃO LUCCA, EU NÃO VOU GERAR UMA CRIANÇA QUE NÃO ESTAVA NOS MEUS PLANOS!
- VOCÊ VAI! - aponto o dedo na cara dela. - POR BEM OU POR MAL. SE VOCÊ MATAR ESSA CRIANÇA VOCÊ ESTARÁ MATANDO À UM PEDAÇO DE MIM. SÓ ISSO QUE EU TE AVISO.
- E quem disse que eu me importo? Você não assumirá.
- À partir do momento que eu cometo uma burrada, eu tento concertar. Quando não tem concerto, eu arco com as consequências. Agora, se você não faz o mesmo, eu sinto muito, mas matar um filho meu você não vai!
- Como vai me impedir?
- Nem que eu te tranque nessa casa e supervisione suas ações, eu não vou deixar você matar meu filho. E ao contrário do que você diz, eu vou sim, assumir ele. Se eu ajudei a fazer e na hora estava bom, tenho que estar ciente das consequências. Eu ainda vou fazer você mudar de ideia.
- Começando por onde? - dá risada.
Me aproximo dela, afundo minhas mãos nos seus cabelos, segurando seu pescoço, enquanto a outra deixo escorregar por sua cintura. Beijo-a. A mesma pareceu meio insegura mas acabou retribuindo. Durou em torno de um minuto e meio, não foi tão demorado.
Jake Williams On (O Capitão)
No dia seguinte...
- Bom dia amor da minha vida!! - acordo com vários beijos seguidos do outro.
- Bom dia meu amor. - lhe retribuo os beijos. - Nossa, de quem é que é véspera de aniversário?? - finjo que estou pensativo.
- Ah, não me lembre disso. - suspira e dá risada. - Nunca é bom lembrar que estou completando mais um ano.
- Nada à ver, isso é sinal que minha garota está crescendo. - risos.
- Vou fingir que isso é bom.
Depois de muito conversar e muito dar risada, escovamos os dentes (já tenho uma escova para quando eu vir para cá), descemos. Todos já estavam acordados, rindo também.
- De quem é véspera de aniversário?? - Matheus pergunta na irônia.
- Aff, não me lembra disso, a única coisa é que vou ficar velha. - Brenda bota a mão na cara.
- Ah, para vai. Só vinte aninhos. - Lucca ri.
- Você fala isso porque ainda tem dezenove. - Jade fala e todo mundo dá risada.
- Que horas vocês nasceram? - Matheus pergunta. Elas se entreolharam e deram risada, pareciam pensativas.
- Ah... Acho que eu nasci às 07h25, Cecília 07h22, e Brenda 07h20. Foi isso, né?
- Sim, exatamente. - respondem.
- Tá, agora vou pro trabalho porque estou atrasado. - digo se retirando.
Já no Batalhão...
- Jake, hoje eu darei uma oportunidade aos aprendizes. Por tanto, você fará uma tarefa e terá que corrigir todos os erros que estarão cometendo dentro dela. Entendido?
- Entendido, Delegado. Qual será a operação?
- Vai ser um pouco complicada, terá um certo tempo de viagem. A operação será uma invasão por uma casa abandonada, no litoral, onde estão sendo mantidas oito pessoas em cárcere privado. Aqui está o relatório, leia e explique resumidamente ao outros sobre.
Assenti e peguei a folha. Se sentei em frente ao Batalhão, na calçada, e comecei a ler. Falava exatamente assim:
Cinco traficantes do Alemão entraram em guerra com os traficantes da Rocinha. Em meio à várias ações como, tiroteio, bombas, vítimas e mais vítimas, eles não ficaram satisfeitos. Resolveram sequestrar sete moradores mais... "Importantes", digamos que seja a mulher, amante, irmãos, e primos, do dono da Rocinha. Entre tanto, estão acomodados numa casinha abandonada, madeira podre, buracos no teto, janelas fechadas com mais madeiras e materiais pesados, no litoral.
Após ler, memorizar, e fazer um pequeno resumo na minha cabeça, vou para a quadra, onde estão os demais soldados. Subo no palco, chamando a atenção de todos para mim, começando então a falar sobre a operação.
- Soldados, primeiramente, bom dia. - sou respondido. - Vim aqui por ordem do Delegado avisar sobre a seguinte operação. Sejam bem-vindos a mais uma operação, aprendizes. - olho para o grupo de jovens ao lado e eles sorriem. - Bom, a operação é nada mais que uma invasão, para ser mais exato. O Alemão entrou em guerra com a Rocinha e em meio a chantagens e modos que arrumaram para deter uns aos outros, resolveram sequestrar familiares importantes do dono da Rocinha. Eles estão numa casa abandonada no litoral, a foto será entregue à vocês quando estivermos prontos para sair. A missão é pegar as pessoas e as levarem para a delegacia, até saberem se a ficha deles é limpa ou não. Todos entenderam? - ouço um "sim" coletivo.
Depois que escolhi os soldados e a função de cada um, fomos para o local. Demorou um certo tempo para chegarmos lá, tanto que já eram 12h40. Após pisarmos em terra firme, se separamos, claro, cada soldado ficou "cuidando" de um aprendiz. No meu caso, era um jovem. Ele era meio alto, ajeitado, só um pouco orgulho. Pelo radinho cada um informava ao outro sobre o movimento aos arredores da casa. Enquanto eu e o jovem estávamos atrás de um carro, que ficava ao lado da casa, na garagem aberta. Realmente a casa era bem abandonada. Do mesmo modo em que estava no relatório, talvez pior. Eu cheguei a ouvir alguém tentando falar alguma coisa, como se estivesse amordaçada, mas nada além de um murmuro.
- Como está a região, Diego?
- Um pouco movimentada. Tem dois na porta com fuzil. Tem mais dois em cima da casa, e outros três ou quatro, não sei, atrás.
- Certo, obrigado pela informação.
- Acabei de ser informado que os traficantes estão chegando, e só aqui, no total, já tem oito.
- Ok, vamos ter que acabar com eles antes que os outros cheguem. Tem alguma ideia?
- Já que estamos escondidos, vamos atirar, assim eles não vão saber diretamente onde estamos. Vamos brincar tipo de esconde-esconde.
- Informe aos outros sobre o plano, vai ser esse mesmo.
- O que ele falou?
Olhei para trás, me assustando e por um segundo esquecendo que o rapaz estava ao meu lado.
- Ele tem um plano.
- Ah, e qual é a dessa vez? - pergunta sarcástico.
- Atacar.
- Nossa, sério?
- Pra ser um aprendiz você está cheio de piadinhas, né? - me altero.
Escutei vários tiros sendo disparados de uma vez, imaginei que o nosso plano tenha começado. Olhei para o rapaz de mais ou menos dezenove anos e corri para o outro lado da rua. Quando olhei novamente para ele, o mesmo apenas me observava, ainda do outro lado. Reviro os olhos, volto até lá, pego na mão dele e corro de novo para o outro lado. Nessa ida e vinda um traficante me viu, apontando a arma para mim. Respirei fundo e mirei minha arma nele. Ele foi mais rápido, mirando no aprendiz e acertando-lhe um tiro de raspão.
- Aiii. - ele põe a mão esquerda no ferimento do braço oposto.
- Calma. - penso em alguma coisa rapidamente, então lembrei de uma camisa velha que eu deixava na viatura. - Vem comigo.
- Para onde vai me levar? - arqueia as sobrancelhas.
- Quem é o Capitão? Eu ou você? - o encaro.
Ele então abaixou a bola e fomos para onde as viaturas estavam. Peguei a camisa branca, ele levantou a manga cumprida da farda, limpei um pouco a região com a própria camisa, deixando alguns grunhidos em vão. Após enrolar a camisa em seu braço e tampar o pequeno machucado, voltamos para o local.
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O Capitão 1 (Concluído)
RomanceJade Williams acabou de ser escolhida para substituir o Capetão do BPM, como prefere chamar. Um dos mais bem falados, sucedidos, e bem de vida naquele Batalhão. Junto com suas irmãs, gêmeas, lutou e conquistou a vaga mais cobiçada do Batalhão da Pol...