Um dose de loucura.

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– Que filme vamos ver? - Lorenna pergunta ao meu lado enquanto olha para os cartazes dos filmes. 

– Vamos decidir enquanto esperamos o pessoal aqui, você tem alguma preferência? - Pergunto. 

– Podemos assistir Homem Aranha: De volta ao lar? - Ela me pergunta esperançosa e não consigo evitar o sorriso largo que dou.

– Não sabia que você ainda gostava de super heróis.

– Tá brincando? Eu assisti todas as estreias dos filmes, e ainda tenho os quadrinhos e os livros. - Ela se gabou.

– É mesmo? Mas, aposto que você não tem a coleção de bonecos. - Ela me olhou pensativa.

- Não tenho, mas eu posso comprar. - Ela se gabou mais uma vez e eu ri.

– Ainda sonha em ir pra Orlando? - Ela me olha rapidamente com os olhos brilhando e se escora na parede cruzando os braços. 

– Você perguntando agora parece totalmente infantil e bobo. - Ela responde dando uma risada sem humor.

– É claro que não Lorenna. É seu sonho, e cara.... É Orlando! - Eu falo empolgado e ela ri de verdade dessa vez. 

– É, não sei.... Quem sabe um dia. - Ela respondeu sem convicção. Diana, Rodrigo, Enrico e Ana (amiga da Diana) chegam, e nos avistaram na fila, Rodrigo nos entrega a documentação e avisa que vão comprar o que comer, e reparo que Lorenna olha para Ana não muito amigável. 

– Lorenna o que foi? - Perguntei sem entender.

– Eu não gosto daquela garota. - Ela responde de braços cruzados, cara fechada e sem hesitar.

– Por que não? Você nem a conhece. - Falei e ela me olhou incrédula.

– Vai dar razão para ela, em vez de dar razão para a sua ex e atual amiga? - Perguntou mais incrédula. Eu dei risada.

– Não estou dando razão pra ninguém Lorenna. Só quero entender o por que de você não gostar dela. - Ela bufou.

– Eu não sei Benjamim, ela só não desce. Tenho um pressentimento ruim sobre ela. Aquele dia na faculdade com o Rodrigo, eu fui no banheiro e ela ficou me encarando de cima a baixo e eu odeio isso. Se ela me olhar assim de novo, eu quebro a cara dessa garota. - Ela proclama com a voz autoritária e vai até onde o funcionário nos chama, dando um largo sorriso. Cheia de humores... Explico a situação para Diana, já que o humor de Lorenna andava instável por causa da abstinência e ela fala que irá manter Ana longe. 

– Lô você precisa provar um cupcake que tem aqui. Vem, eu vou te mostrar. - Rodrigo a puxa pela mão e ela vai empolgada, com Enrico atrás também animado desejando um cupcake também. Ficamos eu, Diana e Ana olhando as lojas apenas os esperando.

– Então Benjamim, Diana me contou que vocês terminaram. Definitivamente. - Ana pergunta se insinuando. Ana é baixa, com cabelos e olhos castanhos, pele bronzeada e com um corpo dentro do "padrão da sociedade", que atraí muitos homens, geralmente os errados. Mas eu nunca tinha sentido atração por ela, na realidade, as vezes questionava a Diana do por que de ser amiga dela senso que ela era bem... superficial e ela só me respondia: Ah, sei lá Benjamim... ela é legal pra dar rolê, até o momento que fica bêbada, ai fica insuportável. 

– É, a gente terminou para darmos chance a outras pessoas. Nós somos melhores como amigos. - Respondi indiferente com as mãos nos bolsos. 

– Então você está disponível? - Ela deu um passo a frente e eu instintivamente deu um passo para trás. 

– Na verdade no momento eu estou focado em outras coisas, vou me formar agora e to focado em arrumar um emprego, em outro estado se surgir. - Ela continuou se aproximando sem se importar e Diana a olhou indignada. 

Anjo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora