Mais uma vez no hospital

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                                                                                         Benjamim:

- Lorenna, Lorenna... - Eu disse desesperado a chamando vendo o sangue dela nas minhas mãos. - ZAC ME AJUDA POR FAVOR. - Eu pedi desesperado olhando todo o sangue de Lorenna que estava em mim, coloquei a mão na costela sentindo uma dor terrível o que me fez fechar os olhos por um instante. 

- Calma, as ambulâncias estão vindo. - Zac disse chegando e se abaixando na Lorenna e fazendo pressão no ferimento. - Você também precisa de uma, ta muito ferido! - Disse me olhando preocupado. 

- Ele levou um tiro na cabeça Zac. Meu Deus por favor. - Diana disse chorando desesperadamente com os braços ao redor de Barto. Olhei em choque para Barto que estava com sangue escorrendo da cabeça. Minha garganta secou e me senti tonto por um momento. Aquilo não podia estar acontecendo! 

- Precisamos que vocês se acalmem, principalmente você Diana, não esqueça que você está grávida. - Estefany disse e Diana respirou fundo várias vezes, mas sem efeito já que voltou a chorar. Ouvimos as sirenes da ambulância e os paramédicos entraram, afastando eu e Diana de Lorenna e Barto, nos levando para dentro de uma ambulância. Não conseguia mais ouvir direito as vozes das pessoas, estava fraco para lutar para que deixassem eu ficar perto de Lorenna, mas ainda tentei me soltar. Diana chorava mais e gritava, vimos eles sendo colocados na maca e vindo deitados e desacordados. Uma enfermeira tentou acalmar Diana, enquanto outra fazia alguns curativos em mim.

- Você vai ter que passar por uma cirurgia por causa da costela, sua situação ta muito feia! - Uma enfermeira me olhou preocupada. - Sinceramente não sei como você está aguentando de dor. - Eu a olhei e nem eu sabia como aquilo era possível, eu estava com muita dor antes de Lorenna chegar e quando vi ela levar um tiro, aquela dor parou de ser física e passou a ser dentro do meu peito. A enfermeira pediu para que eu deitasse na maca e me imobilizou, Diana já estava bem mais calma e parecia até sonolenta. 

- Eu to cansado.. - Falei baixo e a enfermeira me olhou gentilmente. 

- Pode dormir se quiser, esta a salvo agora. Você precisa descansar. - Disse e senti minhas pálpebras pesadas e fechei os olhos antes de olhar uma última vez para a ambulância de Lorenna sendo fechada. - Meu anjo... - A chamei, mas tenho certeza que minha voz não saiu e apaguei. 

[...] 

 Abri os olhos com dificuldade e olhei ao redor. Eu estava na maca e a janela deixava o quarto claro com a luz do dia que vinha de fora, havia uma tv na minha frente. Olhei para o lado e vi Rodrigo. 

- Rô? - O chamei. Ele me olhou e se levantou vindo até mim. 

- Iai cara como você ta? - Disse pegando minha mão. 

- Com dor, muita dor. Por que? 

- Cara você passou por uma cirurgia pra arrumar sua costela, e ta cheio de machucados no rosto, um olho roxo... Você ta bem feio. 

- Obrigado pelo apoio. - Ele riu fracamente e eu tentei me sentar, ele me ajudou. - Cadê a Lorenna? - Comecei a me desesperar. - Ela ta viva né? 

- Calma Ben ela ta viva! - Suspirei aliviado. - Eu vou chamar o médico e pedir pra mãe e o pai dela também virem aqui, ele não deu notícias dela ainda. Acabou de sair da cirurgia dela. - Disse saindo da sala e comecei a ficar nervoso na hora. 

- Ben, como você ta? - Leyla perguntou carinhosamente para mim depois de alguns segundos entrando na sala. 

- Eu to melhorando. 

- Iai Benjamim, espero que esteja melhor. - O pai dela disse gentil e eu sorri fracamente assentindo. O médico entrou. 

- Bom, vejo que você esta melhor. - O médico disse sorrindo simpático. 

Anjo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora