3 anos mais tarde: Atualmente.

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3 anos mais tarde: Atualmente.

- Benjamim você vai na festa de hoje à noite? – Rodrigo me perguntou enquanto saíamos da aula de cálculo.

- É claro! Mais fácil de ganhar beijo do que nessa festa, só no Carnaval. – Falei e ele riu.

- Meu.... Eu ainda acho incrível esse namoro aberto que você e a Diana tem! Vocês namoram, mas pegam outras pessoas. Como isso? – Ele perguntou novamente. Desde que nós havíamos começado a namorar sete meses atrás, era assim. No primeiro mês de namoro, olhamos um para a cara do outro e constatamos que gostávamos da companhia um do outro, mas era algo mais de atração sexual do que amor, pelo menos não amor desse jeito, como amigos... Sim.  Na verdade, estava bem longe de ser amor de verdade desde alguns anos atrás....

- Ah Rodrigo, apenas curtimos isso. Gostamos as vezes de darmos uma de namorados, mas a maior parte do tempo.... – Levantei uma sobrancelha que ele entendeu muito bem o que eu queria dizer e gargalhou. Fomos para a república, onde morávamos com mais seis meninos da faculdade e chegando lá nos jogamos no sofá.

- Mas você podia ter uma namorada que fizesse comida pra gente né?! – Joguei a almofada nele. 

- Que machismo é esse? - Perguntei indignado e ele pensou um tempo. 

- É... Você tem razão. Saiu bem escroto! - Eu concordei ligando o videogame e ele levantou. – Quer um miojo?

- De novo? – Perguntei enjoado.

- É o que eu sei fazer cara. – Eu ri pela a cara dele e aceitei. Passamos a tarde inteira jogando e comendo o que tinha sobrado das nossas compras de fim de mês. – Ei eu vou tomar um banho para a festa. A Diana vai?

- Vai, disse que ta de olho em um cara da sala dela. – Respondi ainda olhando para a tela da televisão, enquanto atirava nos zumbis. Ele riu balançando a cabeça e subiu. Passado um tempo, senti meu celular vibrar e dei pausa no jogo. Vi que era um número desconhecido e desligue, ignorando totalmente já que provavelmente era cobrança ou os presidiários, ri sozinho e voltei para o meu jogo.  Voltei a jogar e pouco depois, meu celular tocou com o mesmo número. Rodrigo desceu só de toalha e me olhou:

- Não vai atender? – Neguei com a cabeça e desligaram. Rodrigo sentou ao meu lado e o celular tocou novamente. – Dá isso aqui Ben, pode ser importante. – Ele pegou o celular e atendeu. Disse alô e ficou branco de repente me olhando. – Ben, eu acho que você vai querer ouvir. – Peguei o celular da mão dele e disse alô imediatamente.

- Alô Benjamim? – A voz feminina que não me era estranha me perguntou.

- Sim, é ele. – Respondi.

- É a mãe da Lorenna, eu sei que se passou muito tempo e você não tem nada haver com a história, mas por favor, eu preciso de ajuda. – Gelei ao ouvir quem era e meu coração disparou ao ouvir o nome dela. Fazia anos que ninguém sabia dela ou me falavam. Agora ouvir da mãe dela, era diferente. Por favor que não tenha acontecido o pior. – Tem como você me encontrar?

Anjo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora