Capítulo 97

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Um mês depois....
- Ainda estou impressionada de como vocês não perceberam dois batimentos cardíacos. - Enrico disse mais uma vez e eu ri olhando pra ele.

- Olha não foi como se não tivéssemos percebido algo estranho, mas eu pensei que tivesse sido erro da máquina, um som a mais, sei lá... Eu não sou médico, e eu tava emocionado, me da um tempo. - Respondi e eles riram. Lorenna estava deitada ao meu lado e cochilando. Nós tínhamos acabado de almoçar na casa do pessoal e agora só estávamos sentados conversando.

- Ela anda bem mais cansada esses dias né Ben? - Isabela perguntou preocupada e eu assenti. Fazia dois meses já que ela tinha parado de ir para a empresa trabalhar por se preocupar muito com as coisas de lá. Em vez disso ela ficava no escritório de casa criando os projetos e nos mandando. Barto assumiu 100% a empresa e fazia de tudo para não ter que perguntar a Lorenna sobre assuntos de reuniões e investidores.
Ela já não estava mais vomitando, mas sentia muita dor nas costas e nos pés principalmente, além de comer muito mas sentir um mal estar. O médico havia lhe dado mais vitaminas para que a ajudasse assim como os bebês, e toda a preocupação estava voltada para a hora do parto. Como eram gêmeos, já estava marcada a cesária para daqui dois meses e meio, e ela estava mais do que ansiosa. Apesar dela não ter dito mais nada depois do chá revelação, a preocupação de Lorenna havia dobrado e muitas vezes ela parecia pensativa. Eu fazia de tudo para a tornar menos preocupada e aproveitar aqueles momentos, mas até eu ficava pilhado as vezes.

- Ela tá exausta Isa. - Respondi e o pessoal olhou apreensivo. - Mas vai dar tudo certo, ela é forte! - Completei para que ficassem mais tranquilos, mas muitos ali já haviam perdido um filho de Lorenna, e com certeza não queriam perder de novo.

- A gravidez da Aline e da Diana foram bem mais tranquilas. - Lucas falou e nós olhamos para Diana que já estava com a barriga de quase nove meses e estava sentada ao lado de Barto no sofá, assistindo a novela. Ela também já estava de licença do hospital e agora só esperava o momento para a chegada do Miguel.

- Elas nunca tiveram problemas com drogas né Lucas. E outra, a probabilidade da Lorenna engravidar eram mínimas. - Ricardo respondeu e eles começaram uma discussão entre si sobre gravidez de risco.

- Gente eu agradeceria muito se vocês não ficassem falando sobre isso. Sei que estão todos preocupados, mas eu e a Lorenna já estamos tomando todos os cuidados possíveis para que seja o mais tranquilo possível, e eu queria muito que vocês aproveitassem esse momento a enchendo de só coisa boa.  - Pedi e eles pararam, pedindo desculpas e perguntando sobre os quartos dos bebês. Falei sobre os projetos que Lorenna havia feito e como ela estava ansiosa para os quartos serem logo montados para que ela pudesse guardar as roupinhas e arrumar a decoração, coisa que ela não parava de apreciar todos os dias.

- Aí eu comprei um presentinho tão lindo pra dar pra ela no chá de bebê. - Diana veio até nós devagar ouvindo a nossa conversa, com Barto a ajudando, segurando sua mão.

- Acho que vai ser fantástico, eu e Amanda decidimos fazer algo mais simples agora, que exija menos esforço dela. - Thomas disse animado e preocupado ao mesmo tempo.

- E agora ela está participando do tema e tudo mais. Ahhh, vós já escolheram os nomes? - Amanda perguntou agitada e Lorenna se virou no sofá abrindo os olhos e olhando para o pessoal.

- Vamos escolher só na hora. - Ela respondeu com a voz rouca e pegou na minha mão, apoiando na barriga e me fazendo sentir o chute dos bebês, o que havia se tornado umas das minhas sensações preferidas.

- Ah nos dê um palpite. - Barto pediu e Lorenna negou sorrindo.

- Vocês fazem muitas surpresas para nós, está na hora de nós fazermos uma. - Ela respondeu de novo e todos começaram a protestar, a fazendo rir. Ela se sentou e olhou pra mim. - Vamos pra casa? - Eu assenti e ela se levantou com cuidado, fazendo todos que estavam sentados se levantarem também e esperarem que ela precisasse de ajuda. Lorenna sorriu. - Tudo bem gente, só vou daqui da sala até o carro.

Anjo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora