Uma verdade dura!

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Benjamim:

– Ela estava bem hoje de manhã Ben? - Amanda me perguntou quando passei pela porta da sala depois de levar Lorenna no consultório. 

– Sim, ela estava até que bem falante. Acho que ela ta começando a melhorar, mas os sintomas ainda vão persistir por um tempo. Sentei no braço do sofá e nesse momento Barto saiu do banheiro do corredor, vindo até a mesa do café. Eu o olhei estranhando. - Barto você dormiu aqui? - Perguntei olhando para ele que tomava café sentado ao lado de Diana. Não sabia que ele havia ficado, imaginei que tivesse ido embora pois quando Lorenna me acordou de madrugada e deitamos nos colchões, só estava nós dois na sala. Ele me olhou sarcástico com um sorriso nos lábios.

– No seu colchão. - Rodrigo disse de cara fechada e mal humorado. - Diana e ele não me deixaram dormir de tanto barulho. - Eu engasguei com o café que tomava, sendo seguido por Amanda e Ricardo. Diana olhou assustada para Rodrigo.

– Oi? - Perguntei depois de me recuperar.

– Ah Diana sua danada! - Thomas brincou com um sorriso no rosto.

– Não é nada disso que vocês estão pensando. Depois falam que eu sou infantil. - Barto falou bravo e sem graça arrumando o terno.

– Rodrigo nos explique. - Vini pediu.

– Esses dois ficaram conversando e rindo até às quatro horas da manhã e depois o Barto roncou feito um porco. - Rodrigo respondeu bravo.

– Porco? Eu estou resfriado, mais respeito. Posso acabar com a sua vida. - Barto respondeu incrédulo e eu comecei a gargalhar.

– Eu não ouvi ele roncar. - Diana falou pela a primeira vez.

– É claro que não, você é outra que roncou igual não sei o que. - Rodrigo respondeu agora com um tom a zoando.

– Como se você não roncasse. - Ela respondeu grossa. Eles começaram uma discussão que nos rendeu boas risadas.

– Estou cansada de ficar em casa, será que a Lorenna já está bem pra sair? Eu necessito de uma festinha. - Amanda propôs.

– Três semanas dentro de casa e já estás a surtar? - Rodrigo perguntou zombando com o sotaque e ela olhou pra ela indignada.

– Por que desde o primeiro dia tu zombas de mim? - Ela perguntou já se irritando. Enrico deu risada.

– Não estou zombando, só foi uma pergunta. - Ele se defendeu. Enrico se colocou no meio da discussão dos dois, fazendo os irmãos dela se envolverem. O tempo se passou rápido e após eu lavar a louça, sai para buscar a Lorenna no consultório. Ela saiu com os olhos inchados, colocando as mãos no bolso do moletom mas parecendo aliviada. Ela entrou no carro e sorriu rapidamente, colocando o cinto. 

- Foi tudo bem? - Perguntei e ela assentiu que sim. 

- Foi, só estou um pouco cansada. E... Barto está em casa? - Ela perguntou e eu assenti que sim já dirigindo para a casa dela. - Preciso conversar com você quando chegarmos. - Eu a olhei rapidamente automaticamente ficando ansioso. - Não vai ser fácil Benjamim. - Ela torceu as mãos uma na outra e eu respirei fundo me remexendo no banco. 

- Eu... se você acha que é necessário. 

- É! Muito! - Ela respondeu firme e eu assenti que sim. 

- Tudo bem... nós conversaremos. - Ela assentiu que sim e seguimos quietos o caminho que não era longo, o ar ficando tenso entre nós e me senti desconfortável por saber que coisa boa não viria. Quando entramos na casa, ela deu bom dia para todos e foi até Barto, falando algo no ouvido dele que a olhou surpreso. - Tem certeza? - Consegui ouvir ele a perguntar e ela hesitou por um momento mas logo assentiu que sim firme.

Anjo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora