(POV Rodrigo)
- Estou com fome! - Amanda disse sentada no chão ao lado e eu a olhei. Ela havia acabado de chegar da despedida de Lorenna e estava checando as caixas das lembrancinhas do chá de panela.
- Eu também to! - Eu respondi me arrependendo de não ter pedido mais petiscos no bar da despedida do Ben. - Bora ir no restaurante? - Perguntei me sentando na cama animado e ela levantou em um pulo.
- Vamos! - Ela respondeu animada e nós colocamos o chinelo, saindo do quarto e descendo até o restaurante que ficava aberto vinte e quatro horas por dia. - Eu quero algo bem gorduroso!
- Nem me fale, eu também to precisando! O pessoal lá em casa ta nessa dieta por causa da Lô... Ta me matando! - Eu respondi olhando o cardápio.
- Eu amo a Lorenita, mas eles realmente estão a nos matar... Nem uma batatinha. - Ela disse triste e eu ri. - Podíamos pedir dois X-Bacons saladas, uma porção grande de batata frita recheada e refrigerantes.
- Eu concordo plenamente com você! - Respondi sorrindo feliz e ela bateu palminhas. Pedi os lanches e sentamos nas mesas, conversando. Ela estava animada contando sobre o chá de panela e como seria o chá bar depois, onde nós (homens) daríamos os presentes e eu estava empolgado pelas festividades dos próximos dias.
- A casa deles está ficando um luxo que só!
- Nem me fale, eu vi a planta e põe luxo naquilo.
- É... Aos poucos o pessoal ta indo cada um pra um lado. Daqui a pouco a casa fica vazia.
- Sim, mas Leyla disse que não vai mudar depois não, ela vai continuar com a casa grande pra receber as crianças. - Eu sorri.
- É, ela ta bem animada. Principalmente com o bebê do Ben.
- Tão animada que estava ficando com um dos garçons que eu contratei.
- É sério isso? - Eu perguntei me engasgando com o lanche e ela assentiu que sim freneticamente.
- Ahan, ela não desgrudou dele no final.
- Gente, como diz o Thomas... To chocado. - Ela riu e nós dois continuamos conversando enquanto comíamos, mas em dado momento ficamos quietos e eu a analisei atento.
- O que foi? - Ela perguntou tímida. Ela estava sendo bem tímida nos últimos dois dias.
- Você ta sentindo alguma dor? - Eu perguntei preocupado.
- Não Rô, eu já respondi isso pra tu hoje. - Ela respondeu sorrindo fracamente, mas não me olhando.
- Eu fiquei preocupada com você Amanda... Você disse que doeu.
- A primeira vez não é um mar de rosas pra ninguém acho... - Ela respondeu constrangida e com seu sotaque forte que eu tanto gostava. Desde que havíamos assumido um namoro a uns seis meses atrás, nós só tínhamos ficado nas pegações bem intensas, eu tentava esperar o tempo dela, pois ela estava bem nervosa e com medo sobre, mas depois de um tempo começou a se tornar impossível.
Paramos de dormir juntos para evitar, passamos a só nos dar selinho e nos ocupávamos conversando sobre outras coisas, menos sobre isso. Até que na quarta-feira ela havia ido no meu quarto de noite. Eu abri a porta e ela estava de roupão, quando ela entrou e eu fechei a porta, ela desamarrou o roupão, revelando que estava completamente nua. Eu fiquei estático e surpreso no começo, sem reação nenhuma, ela se aproximou de mim com certeza nos olhos e me beijou. Quando meu choque passou a puxei pra mais perto a beijando e me esforçando pra tornar o mais agradável possível pra ela. Sorri involuntariamente lembrando de tudo rapidamente e também de como ela ficou um tempo me olhando parecendo hipnotizada, e ficamos conversando por um bom tempo até ela dormirmos, ela me encarou.
- Por que estás a sorrir?
- Eu to lembrando. - Ela enrubesceu e eu ri.
- Não tem graça!
- Ah tem sim! - Ela revirou os olhos e eu continuei a rir.
- Tu és chato menino.
- Mas você ama.
- Amo mesmo. - Respondeu me dando um selinho. - Até que eu querias fazer sexo, mas eu to tão cheia que to explodindo. - Eu gargalhei. Tão inconstante!
- Nem me fale, eu acho que vou vomitar. Vamos dar uma voltinha pra fazer uma digestão e deitar?
- Vamos! - Ela respondeu levantando e eu peguei na sua mão. Fomos até o jardim e lá ficamos conversando sobre como tínhamos vontade de viajar para o Canadá para esquiar e como já estávamos planejando essa viagem. Depois de uma meia hora, percebi ela sonolenta e fomos para o quarto. Entrei no banheiro para tomar um banho rápido e quando sai ela já estava dormindo. A cobri beijando sua cabeça e deitando ao seu lado. Eu e Amanda não tínhamos uma relação muito tranquila, discutíamos bastante por muitas besteiras, mas estávamos amadurecendo juntos, só tínhamos que aprender também a sermos menos orgulhosos.
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Anjo Perdido
Teen FictionLorenna é uma garota de 15 anos, meiga e sensível que tinha muitos sonhos. Benjamin é um garoto de 18 anos, antes frio, mas agora sonhador; graças a Lorenna, o grande amor de sua vida, o anjo que o trouxe luz. Juntos eles viviam um amor escondido...