- Conseguiu conversar com ela Benjamim? – Leyla me perguntou esperançosa assim que desceu na manhã seguinte.- Falei, mas não consegui fazer ela mudar de ideia. – Respondi e ela desfez o sorriso apenas assentindo. - Mas, eu tenho um plano. E vou coloca – lo em pratica agora. Eu já queria pedir desculpa por que eu vou ser bem escroto. – Falei sincero olhando para Leyla que só assentiu e subi as escadas determinado. Bati na porta do quarto dela, e ela me mandou embora.
Fase 1: Ver se ela estava acordada. Completada.
Fase 2: Entrar, conversar, convencer ela a ir comigo uma semana para a minha cidade, convencer ela a mudar; tudo sem levar nenhum grito, tapa ou porta na cara. Em execução.
Respirei fundo antes de entrar.
- Bom dia Lorenna. – Disse entrando e ela estava deitada na cama com vários edredons em cima dela. As cortinas do quarto estavam fechadas, o que deixava o quarto um breu. Abri todas fazendo uma luz fina de sol entrar no quarto e foi quando eu percebi que todas as paredes eram pichadas. Tentei focar no meu objetivo: Lorenna. – Vamos levantar né Lorenna? Já são meio dia, que coisa feia. – Disse puxando os edredons.
- Aí qual é a sua? Você chega querendo mandar na minha vida, entra na minha casa sem minha permissão e ainda quer dizer o que eu deva fazer? – Aí.... Um tapa na minha cara confere. Sorte que foi só por meio de palavras.
- Para com isso, estou tentando ajudar. – Continuei puxando os edredons. Tirei um, dois e no terceiro quando tirei me surpreendi. Ela estava só de top e luvas que iam até o cotovelo.
- Ta frio seu babaca! – Ela disse brava colocando a coberta de volta.
- Você tem tatuagens? – Perguntei e me senti besta. É claro Benjamim, isso não são desenhos.
- Cinco. Agora que você já descobriu isso, tem como ir embora? - Acenou em direção à porta e eu neguei, ela só voltou a colocar a coberta em cima da cabeça de novo.
- Cinco? – Perguntei puxando assunto e me fazendo desentendido por ter me mandado embora.
- Sim. Se eu te mostrar uma, você me deixa em paz? - Ela perguntou me olhando e eu assenti que sim. Ela revirou os olhos e bufou, me dando visão às costelas dela. - Tenho essas andorinhas aqui.
- Andorinhas?
- É Benjamim, por que andorinha sozinha não faz verão. - Respondeu sarcástica e eu cemicerrei os olhos o que a fez rir diabólica. – Tem uma frase no começo das minhas costas, um palavra na minha nuca, um nome no meu tornozelo e um coração espalhado por aí. – Respondeu, e não consegui evitar analisar o corpo magro. – Agora sai daqui. - Voltou a se sobri.
- Não, quero te ajudar.
- Você disse que me deixaria em paz. - A voz saiu abafada pelas cobertas.
- Eu não disse quando. - Ela se sobressaltou me encarando com intensidade.
- Me dê uma razão para sair dessa cama. – Me desafiou e eu engoli em seco. Deus, desculpe pelo cuzão que vou ser agora.
- Seu filho. – Comecei a usar o plano que tinha arquitetado. Seu olhar pareceu se ascender em chamas de ira e eu engoli em seco novamente. Agora que começou, continua! Falei para mim mesmo.
- O que tem o meu filho? - Ela perguntou indignada.
- Você acha que o seu bebê ia gostar de ver a sua mamãe desse jeito? – Perguntei e aquilo pareceu a atingir em cheio. Não poderia parar agora. – Ele estaria decepcionado com você Lorenna.
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Anjo Perdido
Novela JuvenilLorenna é uma garota de 15 anos, meiga e sensível que tinha muitos sonhos. Benjamin é um garoto de 18 anos, antes frio, mas agora sonhador; graças a Lorenna, o grande amor de sua vida, o anjo que o trouxe luz. Juntos eles viviam um amor escondido...