Capítulo 98

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Um mês e meio depois...
- O chá tava lindo Thomas, eu realmente amei. Tava incrível! - Eu falei para Thomas assim que chegamos na minha casa e ele me ajudava a levar os presentes para dentro. - E obrigada por ter feito algo pequeno, a Lô acordou animada, mas ao lindo do dia foi cansando muito rápido.

- Eu entendo Ben, foi por isso que preferimos fazer algo pequeno. Desde que ela tinha começado o tratamento das drogas, ela ficou tão ativa, que ver ela assim não podendo fazer nada me corta o coração. - Thomas respondeu e Lorenna se sentou no sofá, ligando a TV e pegando um dos presentes que já estavam na sua frente, começando a abrir.

- Olha Benjamim, é um conjunto de roupinhas iguais. - Ela disse feliz e me mostrou, eu sorri e fui até ela. Thomas colocou os últimos presentes no chão, e se sentou. Leyla também estava lá, e eles iriam dormir lá pois iriam nos ajudar a terminar de arrumar as coisas dos quartos dos bebês.
Nós ficamos um bom tempo abrindo os presentes, e Lorenna ficava entusiasmada com cada fralda que ganhava. Leyla já ia colocando tudo na máquina, com cuidado, e depois explicava para nós os cuidados que tínhamos que ter.
Tomamos banho e nos deitamos na sala de cinema para assistirmos filmes todos juntos.

- Não consigo superar essa sala. - Thomas falou com a boca cheia de pipoca e nós rimos. Lorenna estava encostada em mim, e em certo momento do filme ela deu um pulinho, colocando a mão na barriga.

- O que foi meu anjo? - perguntei baixinho, ela pareceu pensar um pouco.

- Nada, só um chute forte. - Ela respondeu e me deu um sorriso fraco. Thomas acabou dormindo e Leyla também cochilou. Lorenna começou a respirar um pouco rápido e eu a olhei de novo.

- Lorenna você tá bem mesmo?

- Tô Ben, só tô com um pequeno incômodo. Nada demais, é uma dorzinha normal. - Ela respondeu e se deitou completamente, respirando fundo e fechando os olhos. Acabei dormindo depois de um tempo.

[•••]

Lorenna:
Senti uma pequena contração e olhei respondendo que estava tudo bem para Benjamim. Deitei e fechei os olhos, respirando fundo para ver se aquilo passava, faltava dois meses ainda, os bebês não podiam nascer.
Depois de um tempo percebi que Benjamim dormiu, e tentei me acalmar já que a dor estava fraca. Acabei dormindo também e depois acordei num polo com uma contração mais forte. Me sentei e percebi o sofá molhado. Benjamim acordou, me olhou e olhou para onde eu olhava paralisada.

- Fez xixi dormindo? - Ele perguntou suavemente e eu o olhei assustada.

- Benjamim minha bolsa estourou! - Falei alto e Thomas despertou, tentando entender o que acontecia. Benjamim se ajeitou no sofá e acendeu a luz.

- Falta dois meses quase. - Ele disse o que eu pensei e eu comecei a ter dificuldade de respirar. Eles não podiam nascer agora.

- Benjamim a minha bolsa estourou. - Repeti tentando entender a gravidade do problema e ele levantou do sofá, acordando minha mãe e pedindo que Thomas pegasse a bolsa de maternidade. Minha mãe saiu da sala, e voltou com a chave do carro e ela colocou meu chinelo em mim, junto com um roupão de seda, por cima do meu pijama. Benjamim voltou com a chave do carro, e entregou para Thomas assim que ele voltou pra sala com a minha bolsa. Eu gemi de dor quando veio uma contração mais forte e Benjamim me pegou no colo com cuidado, e quando fui perceber eu já estava no carro, no banco de trás com Ben e minha mãe ao meu lado e Thomas dirigindo.

- Okay, vamos cronometrar o tempo de uma contração para outra. - Minha mãe falou.

- Meu anjo, respira fundo tá? Mas respira. - Benjamim me pediu com as mãos no meu rosto e eu assenti. Thomas dirigiu com velocidade, mas respeitando os limites, e o percurso pareceu demorar mais do que costumava demorar. - Quanto tempo Leyla?

Anjo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora