17 anos depois....
Alícia:
Sai do meu quarto e dei de cara com o meu irmão, Pietro. Ele sorriu pra mim.
- Como você está se sentindo em relação a apresentar o seu namorado pro papai, irmãzinha? - Me provocou tanto em relação ao meu namorado, quanto pelo irmãzinha. Pietro tinha nascido doze minutos antes de mim e já jogou muito na minha cara, mas agora o apelido havia se tornado carinhoso e ele não falava mais com o intuito de me provocar. Revirei os olhos.- Sinceramente eu tô um pouco nervosa. Você sabe como o papai é superprotetor. - Ele me olhou solidário como Pietro sabia ser. Os cabelos dele estavam despenteados e eram louros, iguais de mamãe. Seus olhos claros (mistura do tom dos meus pais) me encararam com intensidade. Sua pele já não era mais tão clara por causa dos dias de verão embaixo do sol por causa da piscina, mas ainda dava para ver as sardas espalhadas pelo nariz e pela bochecha.
- Relaxa Lícia, eu vou te ajudar. O Gael é meu melhor amigo e não nos conhecemos de agora né, faz alguns anos já. Se o papai implicar, tem eu, a mamãe e todos os nossos tios. Qual é, até o tio Thomas tá na torcida faz tempo. - Disse passando o braço pelos meus ombros e nos levando até a cozinha/sala/nosso cantinho.
- Okay, eu vou ficar calma. - Respondi e ele sorriu. Exatamente o mesmo sorriso que meu pai dava. Pietro era idêntico ao nosso pai, fisicamente e de jeito, até o superprotetorismo. Ouvimos a campainha e desci, abrindo a porta.
- Ahhh como você está grande! - Tio Thomas disse ao me ver, e me abraçou. - Menina você tá arrasando, olha esse bronze Ricardo. - Eu ri quando ele fez a cara de chocado que só o tio Thomas sabia e tio Ricardo riu do marido.
- Tio Thomas, você me viu semana retrasada. - Falei enquanto ele me esmagava de novo em outro abraço. Meus primos riram atrás do pai.
- Eu sei, mas parece que faz tanto tempo já. Enfim, onde estão seus pais? - Perguntou entrando em casa, já passando pela sala.
- Ainda estão se arrumando tio. - Pietro respondeu e tio Thomas o olhou.
- Menino a cada dia que passa você tá mais a cara do seu pai. Deve estar arrasando os corações de todo mundo, eu . - Pietro riu. Tio Ricardo nos abraçou e também entrou, colocando os presentes na mesa que tia Amanda e tio Thomas tinha destinado para isso. Catherine e Felipe me olharam.
- NÃO ACREDITO QUE VOCÊS JÁ ESTÃO FAZENDO 17 ANOS. - Gritaram juntos e eu ri, dando pulinhos, Pietro se juntou a nós e pulou também, sorrindo feliz.
- Aí meu Deus tô muito feliz. - Felipe disse nos abraçou. Nós rimos. Nós adorávamos ter aqueles momentos histéricos só nossos.
Felipe e Catherine, Nossos primos e filhos do tio Thomas e tio Ricardo, foram adotados de um dos orfanatos em que mamãe era dona. Felipe era dois anos mais velho do que Catherine ( que tinha 16), eles eram negros do cabelo crespo, e super estilosos.- Acho que isso merece ser gravado. Meus seguidores estavam doidos pra essa festa. - Cathe disse e eu ri. Desde que ela se entendia por gente, ela estava conectada e atrás das últimas tendências, desde então ela tinha começado a tentar atualizar as pessoas sobre tudo. Ela tirou uma foto nossa e finalmente entraram, deixei a porta aberta para que conforme os outros convidados chegassem, eles iam entrando.
- É claro que a decoração ia ser toda biodegradável. - Felipe disse olhando para a parte da piscina da casa, e eu o olhei.
- Olha só, se o mundo não tivesse acordado em 2019 pro aquecimento global e as queimas, hoje mal teríamos oxigênio. - Cruzei os braços e ele levantou os braços se rendendo.
- Você está certíssima! - Felipe respondeu e se sentou no sofá, onde ficávamos. Tinha uma mesa de estudo para trabalhos em grupo, livros, jogos, puffs, almofadas e várias outras coisas que gostávamos de fazer. Cathe e Pietro também sentaram.
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Anjo Perdido
Teen FictionLorenna é uma garota de 15 anos, meiga e sensível que tinha muitos sonhos. Benjamin é um garoto de 18 anos, antes frio, mas agora sonhador; graças a Lorenna, o grande amor de sua vida, o anjo que o trouxe luz. Juntos eles viviam um amor escondido...