A primeira vez

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  Enquanto subíamos no elevador, percebia Benjamim ficando tenso e por mais que eu sorria a ele, esfregava minhas mãos tentando esconder que eu estava suando frio. Mesmo que eu estivesse cem por cento certa de que queria, não deixava de ser nossa primeira vez e bem... mesmo que eu não fosse mais virgem, aquilo não tirava meus medos, minhas paranoias e minhas dores e o meu medo de surtar de novo, estava grande. 

 Quando a porta do loft abriu, nós entramos e Benjamim me ajudou a tirar o sobretudo, tirando seu casaco logo em seguida e pendurando-o. Ele me olhou após isso e eu sorri a ele, que abriu um sorriso de canto de boca se aproximando de mim. 

- Meu anjo... Se você não estiver preparada nós não precisamos fazer isso. - Disse fazendo carinho com as mãos nos meus braços. Ele me olhava nos olhos e mesmo que falasse aquilo, sua expressão me passava muito mais confiança do que qualquer pessoa no mundo. 

- Eu quero! - Respondi firme e ele respirou fundo. Me puxou devagar pela cintura, me fazendo carinho nas costas e me olhou nos olhos de novo. - Só me promete que você vai pedir para parar se não estiver gostando. - Eu assenti o olhando fundo. - E por favor meu anjo... - Benjamim me olhou com angústia e percebi que assim como eu, ele também tinha seus conflitos. - Não fuja de mim depois. Eu te imploro. - Passei a mão no seu rosto, e ele fechou os olhos no ato, abrindo logo em seguida. 

- Não vou! Eu prometo. - Dito isso, ele sorriu e me beijou. Começou terno e delicado, mas logo foi se aprofundando e suas mãos foram explorando outras partes do meu corpo além do meu cabelo. Sua mão entrou por baixo do meu vestido apertando minha bunda com vontade e soltei um gemido quando a outra passou suavemente por cima da minha calcinha. 

- Vou ajudar você com as botas. - Disse se ajoelhando na minha frente e abrindo o zíper das minhas botas bem lentamente, tirando uma por uma, me deixando ansiosa com o que ele faria em seguida e fazendo minha pele formigar com cada toque da mão dele. Depois de tirá-las, ele as deixou de lado e começou uma trilha de beijos pela minha perna, subindo e beijando entre as minhas coxas, até subir sutilmente meu vestido e beijar por cima da minha calcinha. 

- Benjamim.... - Suspirei enquanto ele separava um pouco minhas pernas, ainda beijando por cima da calcinha, me deixando com mais vontade ainda. Puxei seu cabelo enquanto tentava me concentrar e controlar as minhas pernas que eu sentia bambear. Ele levantou e senti seu olhar intenso sobre o meu. Ele pegou a barra do meu vestido e puxou pra cima, o tirando e jogando no chão. Ele me olhou de cima abaixo e me senti envergonhada. Não vulnerável. Mas, envergonhada pela intensidade com que ele me olhava com medo de não ser tudo isso.  Sem nem perceber, coloquei o braços na frente do meu corpo tentando me esconder.

- Você não precisa se esconder nunca! Você é perfeita, de todas as maneiras! - Ele me beijou e me pegou delicadamente no colo, tirando assim todas as tensões que restavam em mim. Ele me levou até a cama, me colocando devagar na cama como se eu fosse quebrar. Eu o beijei puxando seu cabelo e passando a mão por dentro de sua camiseta. Eu a puxei e ele terminou de tirar. 

 A luz do quarto estava apagada, mas pelas paredes serem de vidro, o quarto se iluminava pelas luzes da cidade. Ele parou de me beijar e me olhou nos olhos. Sua feição estava serena e ele parecia um verdadeiro anjo ali iluminado apenas pelas luzes. - Você deveria usar mais rosa... Fica tão bem em você! - Disse encarando mais uma vez meu corpo e eu ri por ele estar se referindo a minha lingerie de renda rosa choque. - Mas vai ficar melhor ainda quando eu tirar. - Disse voltando a me beijar e abrindo meu sutiã e o jogando de lado. Passei as mão por toda a extensão das suas costas, suspirando por sentir sua pele quente colada a minha. 

 Em algum momento Benjamim havia tirado o tênis e agora descia beijos pelo meu pescoço, passando pelos meus seios, descendo pela minha barriga até descer de novo a minha calcinha, onde a tirou sem rodeios e me beijou, fazendo eu arfar e apertar seus cabelos mostrando que estava amando e o incentivando a ficar por ali. Mas eu o queria mais. Coloquei a mão no seu rosto e ele entendeu, subindo de novo em cima de mim. Coloquei a mão no seu zíper e abri sua calça, abaixando um pouco e o acariciando. Ele gemeu, o que me motivou a colocar a mão por dentro da sua cueca. 

 Distribui beijos por seu pescoço e mordidas na sua boca, na sua orelha e no seu queixo, enquanto passava a mão pelas suas costas e continuava com a mão lá dentro. Quando já não conseguia mais resistir a ele, abaixei mais sua calça e ele a tirou completamente, junto com a cueca. 

 Ele me beijou, voltando para cima de mim e eu coloquei uma perna de cada lado do seu corpo. Ele continuava me beijando e me fez um último carinho, quando senti uma pressão no meio das minha pernas. Respirei fundo e afundei meu rosto na curva de seu pescoço sentindo seu cheiro. Ele começou um movimento de vai e vem devagar, e a pressão aumentava cada vez mais. Uma tensão se instalou no meu corpo e eu lembrei daquele dia que tanto me assombrava. As risadas daqueles homens... O jeito que eles me tocavam... A grosseria... Comecei a sentir dor e a me desesperar. 

- Meu anjo? - Ouvi a doce voz de Benjamim me chamar. - Olha pra mim. - Ele pediu e eu o olhei. Ele ainda continuava com os movimentos, mas estava alerta. - Fica olhando pra mim meu anjo... Sou eu. - O observei e seus olhos me iluminavam, sua pele quente na minha me causava frio na barriga por mais incrível que aquilo parecesse. Beijei seus lábios e eram quentes e macios, a tensão do meu corpo se esvaiu e aquelas imagens foram embora. Apertei Benjamim contra mim e ele continuou com os movimentos. A pressão não me incomodava mais, em vez disso me deixava com vontade de mais e me fazia sentir mais prazer do que nunca. Me concentrei em seu cheiro, seus toques carinhosos e famintos ao mesmo tempo, sua pele quente, seus gemidos e suas palavras. 

 Ter Benjamim dentro de mim era gostoso e era uma sensação indescritível. Eu gemia com ele e suspirávamos de prazer. Cada movimento nosso parecia se encaixar perfeitamente e feitos um para o outro. Eu desfrutava de cada momento querendo guardar cada detalhe para sempre no meu coração e ele parecia fazer o mesmo. Todas as vezes que em meio aos movimentos me olhava, me beijava com amor, me puxava mais para si, eu tinha certeza de que jamais me esqueceria não importava o que acontecesse.  

 Não sei quanto tempo se passou, não foi pouco, mas não demorou tanto e nós dois tínhamos chegado ao ápice juntos e agora ele ainda estava dentro de mim me olhando nos olhos como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo, enquanto beijava minha mão, meu pescoço, minha bochecha, minha boca. Minhas mãos foram para suas costas e eu sentia o suor nelas, e ficava feliz por saber que tinha sido por minha causa. Ri fracamente por causa desse meu pensamento e ele me olhou divertido. 

- Do que você ta rindo? - Ele perguntou. 

- É que suas costas estão todas suadas. - Falei e ele me olhou mais divertido ainda. 

- Olha quem fala, você também ta toda suada! - Eu ri mais. 

- Não bobão... É que me deixa feliz por ser minha causa. - Ele riu. 

- De todas as coisas, essa é a mais fofa e improvável de se ouvir depois disso. - Rimos juntos e ele me deu três selinhos antes de se levantar cuidadosamente. Saiu da cama e eu olhei. 

- Onde você vai? - Perguntei deixando transparecer minha vulnerabilidade mais do que eu gostaria. Ele me olhou e sorriu. 

- Vou só pegar um cobertor pra nós no closet meu anjo, senão vamos ficar com frio durante a noite. - Explicou voltando para mim e me dando um último beijo. - E se você quiser posso pegar uma água ou alguma outra coisa. - Eu sorri. 

- Uma água por favor. 

- Sim senhora. - Disse já subindo os três degraus que dividiam o quarto do resto do loft. 

- Você vai pelado? - Perguntei achando graça por ele ter saído andando sem nem ao menos ter colocado a cueca. 

- E qual o problema? Vai dizer que ta com vergonha. - Eu cobri o rosto realmente envergonhada e ele voltou com um cobertor branco e um copo de água. Bebi um pouco e coloquei na escrivaninha do lado o copo. Ele se deitou ao meu lado e me puxou para ele, me beijando com intensidade e me olhando fundo nos olhos. 

- Eu te amo meu anjo! 

- Eu também te amo. - Respondi  apoiando a cabeça no braço dele, e fechando os olhos sentindo seus lábios na minha testa. Me sentia extremamente cansada, mas meu corpo e minhas sensações eram tomados por uma doce e pura alegria. 

Anjo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora