Na estrada.

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Benjamim:

Acordei com a luz do sol entrando pela a varanda e me virei devagar lembrando que havia dormido na cama com Lorenna. Ela ainda estava dormindo e chegava a ser gostoso como sua expressão ficava serena quando ela não tinha os terrores noturnos da abstinência. Seu rosto estava um pouco "amassado" e ela estava vermelha, o que a deixava fofa.

Passei a mão pelo seu cabelo e ela foi abrindo os olhos devagarinho. Ela espremeu os olhos e depois abriu, os deixando um pouco fechado. Seus olhos estavam azuis como nunca esteve antes desde que havia voltado, mas continuava com seu tom acinzentado.

- Bom dia meu anjo. - Disse e ela sorriu, se levantando um pouco e se deitando em cima de mim. Eu ri e passei meus braços por sua cintura. - Vamos levantar, a gente precisa se arrumar, tomar café e pegar estrada.

- Não! - Ela fez manha e eu ri.

- Vamos Lô, pra chegar lá cedo e poder aproveitar o dia.

- Ah Benjamim, são seis horas da manhã. - Ela reclamou com a voz rouca. - Você sabe que odeio acordar cedo e vocês adoram fazer isso comigo. 

- Pra gente chegar lá às duas no máximo. Olha o calor que tá fazendo, tá ótimo pra pular na piscina. - Ela levantou a cabeça pra olhar pra varanda e se jogou de volta em seguida.

- Eu não gosto de você! - Eu ri e dei um tapa em sua bunda. Ela me olhou com um sorriso brincalhão. - Já de manhã? - Eu sorri a ela que retribuiu, levantando o suficiente pra me beijar. O beijo foi ficando mais intenso e arrisquei repetir o que tínhamos feito na noite anterior. Ela deixou e dessa vez não tremia tanto quanto tremia antes. Ela arranhou um pouco meus braços e gemeu baixinho. Sentir a Lorenna, mesmo que não fosse por inteiro, era como estar nas nuvens. Ela me levava ao delírio com um simples toque nela.

Ela me beijava com vontade e com paixão. Sua pele era macia e cheirosa, o que fazia com que eu a apertasse mais contra mim. Fui beijando ela do pescoço até a barriga e parei a poucos centímetros da calcinha. Ela assentiu e eu sorri com desejo, pegando na sua calcinha para tirar.

- Lorenna, o Benjamim está aí? - Ouvi Thomas bater na porta e ela se cobriu, já começando a corar e rindo.

- Cadê minha camiseta? - Perguntei um pouco exaltado.

- Você veio sem. - Ela riu.

- Lorenna já acordou? - Thomas bateu de novo.

- Já vou. - Ela respondeu rindo. Arrumou sua coberta e eu abri a porta. Thomas me olhou e depois olhou para a amiga que começou a gargalhar.

- O que vocês estavam fazendo safados? - Thomas brincou e Lorenna riu mais, me contagiando também. - Aí gente desculpa, é que o pessoal tá me pressionando pra organizar os carros. Eles estão doidos lá embaixo já. - Se desculpou rindo.

- O pessoal já tá lá embaixo? - Lorenna perguntou se sentando na cama, e colocando a camiseta discretamente. Mas, não discretamente o suficiente.

- Sem camiseta né safada? Depois eu quero saber. - Thomas disse não se contendo e olhando pra mim também. - Estão rápidos agora. E sim, todo mundo já tá pronto. Só vocês que estão atrasados.

- A Lorenna não queria levantar. - Falei e ela gargalhou mais quando Thomas sorriu com todos os dentes pra ela.

- Eu até imagino o porque. Se quiserem demorar mais um pouquinho aí não tem problema. Eu aviso o povo. - Thomas respondeu e Lorenna levantou da cama, pegando sua toalha.

- Nós já vamos descer. - Disse e foi até o banheiro.

- Aí que inveja desse corpo Lorenita! - Ela sorriu e fez uma pose. Eu ri e ela entrou no banheiro.

Anjo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora