Passei a noite toda a tentar concentrar-me no trabalho, mas desde que Bea me fez perguntas sobre o sótão que eu me sentia nervoso. Tinha de haver alguma maneira de a impedir de descobrir tudo sozinha.
Só cheguei a casa às seis e meia da manhã. Certifiquei-me de que a Bea estava a dormir e fui ao meu quarto.
Debaixo da cama, estava a caixa onde eu guardava as cópias dos testamentos do meu pai e da minha avó, bem como várias recordações deles, da minha mãe e da minha irmã. Peguei na caixa e desci as escadas para o andar de baixo, entrando na biblioteca e fechando a porta atrás de mim. Fui até ao armário que tinha o cofre, abrindo a portinha. Marquei o código e o cofre destrancou-se. Tentei ignorar tudo o que estava dentro do cofre e apenas tirei um molho de chaves que lá estava dentro. Saí novamente da biblioteca, carregando a caixa e as chaves. Subi até ao sótão e usei uma das chaves para destrancar a porta. Também desta vez tentei ignorar o conteúdo do sótão. Limitei-me a pousar a caixa logo à entrada e voltei a trancar a porta.
Regressei à biblioteca, voltei a guardar as chaves no cofre e fechei o cofre e o armário. Voltei para o meu quarto e mudei de roupa, vestindo o meu pijama para dormir. Estava tão cansado que tinha a certeza de que ia dormir até tarde.

VOCÊ ESTÁ LENDO
a herdeira
Vampir(história em pausa) Uma casa no meio da floresta, fechada há 28 anos. Uma biblioteca que esconde um cofre. Um sótão fechado à chave. Uma floresta onde acontecem coisas estranhas. Dois desaparecimentos e uma morte suspeita. Uma história com 50 anos...