Capítulo 67

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Capítulo 67
Seis meses depois...

Aline sempre sonhou com o dia do seu casamento. Como seria? Como seria seu vestido? Ela amaria o cara com quem se casaria? Sim, ela tinha o sonho de se casar, o sonho da maioria das mulheres.
Na infância, ela ficava muito brava quando brincava de casamento com Fred e ela tinha que ser o noivo. Clara era sempre a bruxa má que acabava com a felicidade do casal.
E quando Caio a pediu em casamento, ela soube que seria mesmo um sonho. A despedida de solteira fora organizada por Clara e Fred, com direito a go go boys estilo Magic Mike e o chá de cozinha havia sido mais divertido do que ela previra.
Agora ela estava dentro da limusine, esperando para entrar na igreja. Aline olhou para baixo e sorriu ao ver seu vestido que era branco com uma saia não muito rodada, os ombros caídos e as mangas transparentes iam até os pulsos. A barra era cheia de strass brilhantes que combinavam com a barra do véu.
A igreja estava cheia, pelo o que ela podia ver. A decoração era toda branca e lilás.
- Vamos? – Seu pai a chamou – Está na hora.
Aline olhou para ele e assentiu.
O pai pegou suas mãos e apertou, gentilmente.
- Saiba que tenho muito orgulho de você, minha filha. Desculpe as minha falhas, sabe que seu velho é um burro teimoso... – O pai de Aline sorriu e ela viu um brilho de lágrimas nos olhos dele.
- Pai, eu amo você – Ela o abraçou – Agora vamos me casar!
Eles saltaram do carro e um dos ajudantes da equipe organizadora avisou que a noiva estava pronta.
Ao som da marcha nupcial, seu pai a levou até o altar, lentamente.
Caio a esperava lá. Deslumbrante, esta era a palavra que melhor definia seu futuro marido. Ele usava smoking preto com camisa branca e gravata era lilás. O cabelo estava penteado para trás com gel e o óculos lhe conferiam aquele ar de Clark Kent que Aline tanto gostava.
Seus olhares se encontraram e o sorriso de Aline foi reflexo do sorriso de Caio.
Ela finalmente chegou ao altar. Seu pai lhe deu um beijo afetuoso na testa e lhe entregou para Caio.
A cerimônia começou e, na hora de trocarem as alianças, Clara entrou na igreja com Ana Julia no colo e as alianças. A filha de Aline usava um vestido lilás cheio de babados estava arrancando elogio dos convidados.
- Caio Rabello, você aceita Aline como sua legítima esposa? – O padre perguntou – Promete amá-la e respeitá-la por toda sua vida, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza e durante as crises?
- Aceito – Caio sorriu, enquanto Aline colocava a aliança em seu dedo.
- Aline Loretto, você aceita Caio como seu legítimo esposo? – O padre repetiu a mesma fala para Aline.
- Aceito! – Caio colocou a aliança no dedo de Aline.
- Eu vos declaro marido e mulher. O noivo pode beijar a noiva – O padre sorriu e Caio se aproximou de Aline. Pegou seu rosto com as duas mãos e lhe deu um beijo apaixonado.
A em meio a palmas e assobios, os recém casados saíram da igreja e foram até o hotel onde seria a festa.

Aline admirava sua aliança de casamento. Estava sentada à sua mesa na festa, enquanto seus convidados se divertiam no salão.
- Hora do discurso – A organizadora do casamento lhe falou e então foi até o microfone pedir que os convidados sentassem. Logo depois ela entregou o microfone para Caio.
- Certo... Provavelmente eu não sou bom com discursos... – Ele começou, ajeitando o óculos pela ponte do nariz. – Não, eu não sou bom com discursos! – Ele disse e os convidados riam – Eu deveria ter preparado algo, mas não fiz. Então, me desculpem, pessoal – Ele olhou para as pessoas mais próximas – Vou falar diretamente para a minha esposa, assim será mais fácil. – Caio riu e se aproximou um pouco mais de Aline – Oi, meu amor – Ele recomeçou, olhando diretamente para Aline – Você ta linda hoje, mais linda do que você já é. E quando eu digo isso, não estou me referindo apenas à sua beleza exterior que, claro, é estonteante. Mas também falo da sua beleza interior, que é uma das coisas que eu mais amo em você. Desde que nos conhecemos, eu te vi amadurecer tanto. Te vi ser forte mesmo quando estava tudo desmoronando. Você pode pensar que não, e sei que você pensa, mas você é uma das mulheres mais fortes que eu conheço. Você é uma ótima mãe, a Aninha tem muita sorte. E eu tenho mais sorte ainda por você ter me escolhido pra dividir a sua vida. Te ver logo quando eu acordo é o melhor momento do meu dia, todo dia. E saber que eu vou passar o resto da minha vida contigo, sentindo esse amor que eu sinto por você, é o melhor presente que você poderia me dar – Caio pegou a mão de Aline e beijou – Eu te amo, Aline Loretto Rabello – E lhe beijou a testa enquanto o salão explodia em palmas e assobios emocionados dos convidados.
Caio passou o microfone para Aline e ela começou a falar.
- Eu conheci o Caio no momento mais confuso e bagunçado da minha vida. Eu, sinceramente, ainda não sei como ele não saiu correndo quando eu fui sincera com ele. Na época eu estava desempregada, praticamente sem casa e grávida. Sim, grávida de outro homem que tinha quebrado meu coração em milhões de pedacinhos – Aline disse e pode ver a expressão de surpresa no rosto de alguns convidados presentes. Principalmente as tias mais conservadoras de Caio e algumas tias e primas suas.
- O Caio foi como uma luz pra mim. Ele me ajudou de tantas formas. Não apenas por me amar como eu era, com todas as imperfeições e problemas que eu trazia pra vida dele. Mas também por me fazer enxergar a minha capacidade. Por me impulsionar e apoiar a sempre dar o melhor de mim. E eu não acredito na minha sorte. Além de ter um marido parecido com o Superman – Ela riu e os convidados também – Eu tenho ao meu lado o melhor homem que eu poderia querer. Então, obrigada, meu amor – Ela virou-se para ele – Obrigada pelo seu amor, que foi tão puro e intenso que consertou o meu coração. Obrigada pelo seu apoio incondicional. E obrigada também por acordar no meio da madrugada e trocar fraldas pra mim. – Ela disse a última parte rindo e passando a mão no rosto de Caio – Eu amo você!
Depois do discurso dos noivos, foi a vez dos pais e padrinhos. Clara e Fred foram os últimos a discursarem e ao final eles passaram um vídeo com fotos do relacionamento de Aline e Caio.
A festa continuou e em certo ponto a organizadora anunciou que a noiva jogaria o buquê.
Clara continuou sentada onde estava.
- Você não vai tentar pegar o buquê? – Pedro perguntou.
- Não preciso disso pra saber que você vai casar comigo.
Pedro riu alto, jogando a cabeça pra trás.
- Odeio quando você tem respostas que eu não consigo debater.
Clara riu e piscou pra ele.
Pedro foi até o grupinho de moças que tentariam pegar o buquê e ficou no fundo. Aline contou até três e quando ela jogou, Pedro apenas levantou o braço e pegou o buquê de flores lilases.
Clara explodiu em risadas. Aline levou as mãos à boca e depois apontou pra amiga, ao mesmo tempo em que Pedro apontava o buquê para ela.
- Você é a próxima!
- Com certeza! – Pedro riu e voltou para mesa onde Clara estava, lhe dando um selinho.

Aline e Caio trocaram de roupa e se despediram e seus familiares, pegariam um voo para Suíça, onde passariam duas semanas em lua de mel. Alina havia roubado a babá de seus sobrinhos, assim poderia ter mais tempo com Caio, já que Carla, a babá, estava na família de seu irmão há anos e era uma pessoa confiável.
Então, depois do que pareceram intermináveis horas de voo, eles finalmente chegaram ao hotel que tinha vistas para os Alpes Suíços.
O quarto da babá ficava no mesmo andar do quarto de Aline e Caio. Então eles a acompanharam. Aline trocou a fralda de Ana Julia e deu um banho na filha antes de lhe dar de mama. Só quando a bebê já estava dormindo eles seguiram para seu quarto.
Caio abriu a porta e Aline praticamente arfou com a vista. O quarto era todo em madeira, mas não tinha aparência de rústico. Um enorme lustre pendia do teto. Todos os móveis eram em tons de branco e bege, combinando com os tapetes felpudos que estavam por todo o chão.
A janela de vidro cobria uma parede inteira, do teto ao chão e a vista era maravilhosa: montanhas enormes cobertas de neve.
- Isso é tão lindo! – Aline disse, aproximando-se da janela e tocando o vidro.
Discretamente, Caio pegou o celular e tirou uma foto dela.
- Isso é muito mais – Ele falou, lhe mostrando a tela do celular.
Aline sentiu as bochechas esquentarem. Talvez ela nunca se acostumaria com os elogios espontâneos dele. Ela não queria jamais perder aquele sentimento.

A banheira estava cheia e em uma temperatura extremamente agradável. Caio já a esperava. A espuma cobria todo seu corpo, até seu peitoral. Aline se aproximou da banheira e deixou cair seu roupão de seda branco. Caio a olhou de cima a baixo e ela sentiu o coração martelar no peito. Pela primeira vez, depois de muito tempo, eles estavam realmente sozinhos. E pela forma como Caio a olhava, Aline sentiu-se a mulher mais sensual do mundo. Sentia falta disso. Por tanto tempo ela vinha sendo mãe que, às vezes, esquecia-se de como era apenas ser mulher.
Ela entrou na banheira e sentou no colo dele, envolveu seu pescoço com os braços. Caio a segurou pela cintura, trazendo-a para mais perto e beijou seus lábios, lentamente. As mãos, agora, subiam e desciam por suas costas e Aline puxava seus cabelos da nuca devagar.
Ela jogou a cabeça pra trás quando sentiu que Caio beijava seu pescoço. Sua boca foi descendo até seus seios e ela mordeu o lábio para segurar um gemido. Ele desceu as mãos para suas coxas e então, lentamente, a penetrou.
Aline olhava em seus olhos verdes. Ela encostou a testa na dele e começou a se movimentar com ele.
O que ela sentia quando estava com Caio era indescritível, totalmente perfeito. Ela mordeu levemente seu ombro, deixando um gemido escapar. Caio fechou os olhos e continuou se movimentando com Aline. E eles prolongaram aquele momento o máximo possível. Por ela, jamais sairiam daquela banheira.

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