Final de sabado

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Quando acordo percebo que estou na minha cama, no meu quarto. Como eu vim parar aqui?

Rolo para o lado em busca do meu celular, mas nem sinal dele. Então levanto e vou direto para o banheiro para um banho.

Debaixo da água morna resolvi cantar "Menina má" direto do fundo do baú da Anitta e enquanto canto resolvo mexer os quadris.

Faço do shampoo meu microfone e de repente estou em um show super lotado em um look perfeito. Sou uma diva.

Depois de um bom banho seco meu cabelo para tentar fazer com que ele não pingue, pois meu cabelo é desses que escorre água mesmo estando"seco".

Me enrolo na toalha e saio do banheiro para encontrar quem? Quem? Quem?

O estranho Antônio e André me encarando.

Eu mereço... Eu mereço.

- Ali, vá se vestir menina! Anda logo. - minha mãe manda. - Já não basta acordar tarde e ainda tem que andar de toalha perto das visitas? Vá logo e não fique aí parada.

Me virei e fui correndo para meu quarto, me vesti e comecei a me concentrar em meu cabelo.

OK... Uma hora mexendo no cabelo.

Começo a desembaraçar a juba para depois finaliza-lo.

Meu cabelo é maravilhoso, porém dá muito trabalho. Um horror... Meus braços chegam a doer.

- Quer ajuda? - giro meu corpo em direção aquela voz. Ele está tão lindo ali, na porta do meu quarto.

- Quero saber quantas horas são.

- Quase cinco da tarde.

- Por Deus... Dormi tanto assim?

Ele sorri e entra no meu quarto, se senta ao meu lado por pura maldade, só para me torturar com aquele cheiro que só ele tem.

- Você é uma dorminhoca.

Comecei a pentear a minha última carreirinha de cabelo. Depois dividi meu cabelo em quatro partes para começar a fazer fitagem.

Enquanto eu passava o creme de finalização no cabelo, André me observava e eu não estava achando tão ruim. Não mesmo.

- Posso te ajudar?

- Sabe fazer isso?

- Não pode ser tão difícil.

- Então tá bom. - passei o meu pote com a misturinha para ele que por sua vez logo começou.

Eu não sabia que a perdição estava em André mexendo no meu cabelo. A sensação é tão boa, além disso meu corpo inteiro relaxa.

- Aqui, onde está mexendo tem que fazer dedinho, porque o cachinho é diferente. - peguei uma mexa e fiz o dedinho para ele ver como é - assim.

Prosseguimos com nosso trabalho e logo terminamos. Joguei minha cabeleireira de um lado para outro, para frente e para trás para poder dar um volume.

- Obrigada, André. Duas mãos trabalha mais que uma.

- Disponha. - ele se jogou na minha cama e simplesmente deitou lá. Observou ao redor do meu quarto antes de abrir a matraca. - Vem cá, seu quarto é uma zona.

Daí eu olhei para meu quarto! Estava realmente uma zona. Tinha roupa suja jogada no chão, sapato espalhado, caderno espalhado. Na minha cômoda a maquiagens estava toda espalhada, creme para todo o lado.

Realmente, não tenho defesa.

- Eu arrumo a casa inteira e depois fico com preguiça de arrumar meu quarto.

Diário de uma VirgemOnde histórias criam vida. Descubra agora