Samuel e eu ficamos conversando até tarde relembrando os momentos da infância. Eu o convidei para dormir aqui, já que estava tarde da noite, mas ele decidiu ir embora.
Ao sair daqui ele não parecia estar chateado mais, o que fui um alívio para mim, pois ao sair do banho senti uma culpa tremenda por ter deixado claro que eu estava apenas usando o pobre coitado. Apesar dos pesares, Samuel não é má pessoa.
Na manhã seguinte recebi várias mensagens de André perguntando se eu estava com outro ou apenas blefando e, maldosamente, eu confirmei. Tive prazer em fazer isso! André finalmente iria se sentir como eu me sinto, porque por mais horrível, por mais megera, por bruxa ou demonia, como ele diz, eu nunca joguei na cara dele meus tantos casos, até porque não tenho.
Muito bem resolvida me produzo toda para a escola e na bolsa levo uma ótima produção para meu primeiro dia de trabalho. Irei linda. Poderosa. Gostosa. Só para infernizar André.
Ao chegar na escola procuro Samuel e o encontro no mesmo lugar de sempre, em frente a sala de química.
- Samuel, venha aqui! - o chamei. Ele não demorou a vir. - Se alguém souber do que fizemos ontem eu posto uma foto sua peladão na internet, entendeu?
- Ali..
- É horrível ser exposto sabia? Porém não terei misericórdia.
- OK. Ninguém saberá! - ele diz, em seguida passa a mão em minha cintura me aproximando mais para si e no meu ouvido, pergunta - Quando terá outra rodada?
É, esperança é a última que morre.
- Não terá. Já consegui o que eu queria! Agora me solte.
Ele me larga bravo, agora sim está expressando seu descontentamento. Com uma carranca, que espantaria até o apaixonado Romeo, me pergunta
- E o que queria?
- Fazer Adriele sofrer e perder minha virgindade.
Ele me olha por um tempo, e durante esses minutos pude ver a carranca desaparecer e uma postura mais leve, descontraída tomou conta do corpo dele.
Não esperava outra coisa, Samuel sempre soube que não gosto dele tal como eu sempre soube que o nosso lance, seria apenas isso: um lance qualquer.
- Qual a treta entre vocês?
- Uma vez inimigas, sempre inimigas.
- Você é fogo! - ele sorri. - Já que é assim, estou precisando tirar ela do meu pé. Me ajuda?
- Com todo prazer.
- Que bom! Se prepara que ela já vem... - ele não me da nem a chance de olhar para trás e me beija. É um bom beijo, ao menos isso!
- Sam - ouço a voz ferida de Adriele e explodi em alegria. Samuel me larga, mas ficamos ali abraçados. - Com ela? Ela? - ela começa a chorar.
- Não chore, Dri. Por favor, não. - Samuel se compadece, se arrependendo dos seus atos. Talvez ele seja desses que não pode ver uma mulher chorando que fica com pena.
Devido ao estado de dar pena da nossa colega, ele tenta acalma-la usando uma voz reconfortante. - É só uma pegadinha.
Adriele sorri e vejo que está a ponto de perdoa-lo, mas não permitirei que minha alegria dure tão pouco.
- Não minta, Samuca! A verdade, Dri, é que sempre tivemos um lance, desde a infância e agora resolvemos nos pegar novamente. Já estamos acabando, o garotão aqui tá caidinho por um garota lá do nosso antigo colégio, então... É uma pena não ter dado certo. - cuspo meu veneno e solto foguetes ao ver a metida a nerd sai correndo.
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Diário de uma Virgem
Teen FictionComo é não pensar como uma virgem? esse é um pensamento recorrente na minha mente. Eu amaria saber! Eu não quero mais ser uma virgem, mas também não é tão simples assim deixar de ser uma virgem. O meu maior desejo é perder minha virgindade com um...