Sou uma doença

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Vê André com aquela garota foi difícil, ouvi André dizendo que aquela garota era a namorada dele foi mais.

Me levanto do chão e volto a andar até a casa da Luiza. Lá eu pego minha bike e volto para casa.

Quando chego em casa no final do dia percebo que chegou uma conta de luz para fazer companhia a conta de água. Maravilhoso...

Abro meu armário vazio e pego uma panela, coloco todo o arroz que minha tia me deu na panela, depois jogo o macarrão que ele me deu, o feijão velho que está na geladeira não sei há quanto tempo e pico no meio da minha gororoba uma salsicha.

Arranco minha roupa ficando só de calcinha e começo a calcular como irei pagar as duas contas e comprar comida. O meu salário nem é mínimo, é menor.

- Já sei. - dou um pulo vitoriosa. - Irei leiloar minha virgindade e ficarei rica de uma vez, mas enquanto isso vou divulgar meu trabalho como manicure e cabeleireira que só sabe fazer escovas e penteados. - falo para mim mesma tentando sentir um pingo de esperança.

Após jantar vou para um banho e ao sair visto apenas roupa íntima. Foco no meu trabalho de recuperação de matemática e agradeço por Paulo ter me dado o trabalho pronto, assim de graça. Só tenho que copiar.

- Alisson... Alisson... - ouço alguém me chamar.

Nervosa levanto do sofá pronta para xingar o louco que está batendo no meu portão e gritando meu nome.

- O que você quer? - pergunto olhando para André que por sua vez me olha de cima a baixo. Ele lambe seus lábios e posso sentir seu olhar de desejo. Ele fica tão sexy assim.

Como essa calça jeans valorizou suas pernas. Uiii, imagina como está a visão da bunda dele? Deliciosa.

E essa camisa verde. André fica perfeito vestido verde.

Foco, Ali.

- Essa plaquinha serve para você também. - aponto para minha placa.

Ele parece sair do transe em que estava e arregala os olhos. - Está louca de aparecer na rua assim?

- De calcinha e sutiã? Qual o problema?

Ele me olha meio desconfiado e bagunça o cabelo, mostrando que precisa ser cortado novamente, ficando ainda mais sexy.

- Qual o problema? - ele empurra meu corpo para dentro de casa e entra também. - Assim todos vão olhar para você e...

- Gosto que olhem para mim.

- Fazer alguma maldade. - conclui desanimado. Talvez ele tenha perdido as esperanças em relação a minha pessoa. - Ali, vá colocar uma roupa.

- Não. Entre e sente no sofá, se quiser. E em seguida pode dizer o que quer.

Ele parece um pouco perdido. Repara em minha casa e depois vai até a sala e senta no meu sofá.

- Não gostei do que fez hoje mais cedo! Micaela nem quer falar comigo. - seu tom é severo - Vou ligar para ela e você vai desmentir tudo.

Olho para ele furiosa, sentindo uma dor no peito,respiro fundo e aperto meu olhar. Como ele poderia me pedir isso? Está louco?

Até parece que eu ia ligar para alguém. Hoje em dia nem para a pizzaria ligo mais, pois não tenho dinheiro para pizza e nem crédito no celular para ligar.

- Você vem na minha casa e me faz um pedido desses? - pergunto histérica. Se Bernardo tivesse aqui já teria saído correndo. - Que você e Micaela ardem no fogo do inferno. Você veio aqui me magoar não é? Para jogar comigo. - reprimo o choro.

Diário de uma VirgemOnde histórias criam vida. Descubra agora