Segunda vez

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- Vamos sair daqui! - ele sussurra ao meu ouvindo enquanto puxa meu cabelo levemente me levando a loucura - Um lugar reservado.

- Gosto da ideia - respondo sorrindo.

Não demora muito para estarmos dentro do carro de André aos beijos, porém demora muito até chegarmos a casa dele.

- Porque sua casa? - pergunto descendo do carro. - Minha casa é mais reservada. Vamos para lá.

- Não! Não - ele reclama ja me puxando pela cintura. - Aqui está bom.

- Eu dirijo.

- O QUE? - ele me empurra um pouco e me observa sério, talvez esperando que eu diga que é brincadeira.

- É! - me aproximo dele e pego as chaves de seu bolso. - Vamos! - dou a volta e entro no carro enquanto ele fica parado olhando para o nada. - Estamos perdendo tempo. .

Ele se mexe e vai para o lado do motorista e tenta me arrancar de lá - Para André - peço entre risos. - Confie em mim, eu sei dirigir.

- Não tem carteira.

- Formalidades, certinho!

- Saia daí - ordena tentando me puxar. Quanta falta de delicadeza!

- Se continuar me puxando desse jeito eu arranco.

- Não! OK... Vou entrar. - ele dá a volta e entra.

Emburrado ele deixa eu dirigir, e vou rezando para não dar de cara com a polícia.

- Sabe, você só faz merda! - ele começa me fazendo revirar os olhos. - Me traiu e ainda rouba o meu carro!

- Não te trai - resmungo já cansada dessa velha discussão. Pior de tudo é perceber que André não me perdoou, não que ele tenha, mas pensa que tem. -  E não estou roubando seu carro, você está dentro dele... Então...

- Não deixei você dirigir!

- Estou aqui não é? - bato o dedão no volante.

Ele bufa e se vira para a rua. O silêncio se mantém por alguns segundos. - Onde aprendeu a dirigir?

- Meu irmão! Quando eu fiz quinze anos ele me ensinou a dirigir, depois de um tempo veio com a história de que eu teria que busca-lo quando ele tiver bêbado e além disso, teria que bancar a namorada super ciumenta para livra-lo das peguetes dele. - sorrio. Meu irmão tinha um esquema muito bem feito, e eu só tinha a ganhar.

- Seu irmão é um louco!

- Não bati o carro! Não atropelei e nem quase atropelei alguém. Não ultrapassei nada, estou dirigindo em uma boa velocidade e você não corre risco de vida, então cala a boca que eu dirijo demais OK? Sou tipo o Dom de Velozes e Furiosos.

Ele ri - Ah tá! Até parece. - ele ri mais alto ainda me deixando irritada. Após sua crise de risos ele fica novamente quieto. - Porque ficou com aquela loira?

- Não fiquei.

- Eu vi.

- Você viu o que lhe foi conveniente.

- Alisson, não tente me enganar!

- Não estou te enganando, merda. E se eu fosse de trair seria com um homem bem gostoso e não uma loira aguada. Odeio loiras.

- Vi como você odeia! Eu sou um trouxa.

- É mesmo. - não devia ter concordado com o fato dele ser trouxa, mas é o que ele é! - Só um trouxa feito você para deixar ir uma gostosona como eu.

Diário de uma VirgemOnde histórias criam vida. Descubra agora