Quando saio do vestiário, me encosto em uma das paredes da quadra e coloco uma das mãos no coração ele bate descompassadamente e sinto que vai sair pela boca, tento me recompor e arrumo minha mochila nas costas.
- Preciso de ar!! - Falo para mim mesma.
Saio do campus e vou caminhando pelas calçadas da grande Londres, vou pensando em como minha vida vem se moldando diante dos acontecimentos, passo em frente a uma lanchonete e decido entrar.
De começo parece bem lotada, peço um cappuccino gelado e encontro uma mesa vazia bem no fundo da lanchonete, quando consigo me ajeitar vejo a linda vista para o parque.
- Lindo né?! - Acabo me assustando e quase derrubando todo meu cappuccino. - Oh me desculpe!!
Olho para o autor da voz e avisto o grande óculos e dentes brancos de Nathanael.
- Imagine. - Falo com um sorriso.
- Posso me sentar? - Ele aponta para o lugar vazio a minha frente.
- Claro, sente-se. - Ele joga os livros que carrega nos braços em cima da cadeira e se senta.
- O que faz aqui a uma hora dessas? - Ele fala ajeitando os óculos.
- Decidi andar e acabei parando aqui e você?
- Ah todos os dias passo aqui para tomar um café, me desestressar da faculdade e tudo mais.
Eu e Nathanael começamos a conversar sobre diversos assuntos e por um minuto consegui chegar ao assunto que eu tanto esperava.
- Nathanael não quero ser intrometida nem nada...
- Você quer saber sobre a briga entre mim e Justin? - Fico surpresa quando ele acerta minha pergunta, com as bochechas vermelhas faço um sinal de sim com a cabeça, ele sorri e novamente ajeita os óculos, bebe um gole de sua bebida e olha para a rua.
Quando acho que ele não vai me responder ele se vira para mim.
- Apesar das nossas diferenças eu e Justin sempre fomos amigos, quando éramos mais novos fazíamos pactos do tipo de nunca se separamos ou que ninguém iria nos separar coisa de criança, mas ela apareceu...
- Marcela? - Ele me olha surpreso mas logo abre um sorriso tímido.
- Sim, Marcela... - Ele fica pensativo por um tempo e isso chega a me incomodar. - Marcela era minha irmã adotiva, seus pais morreram em um acidente de carro e meus pais decidiram adotá-la, Marcela era a criatura mais linda que eu e Justin tínhamos visto, de uma beleza inexistente.
- Como ela era? - Pergunto curiosa.
- Marcela não era o tipo de garota que não se encontrava por ai, seus cabelos com belos cachos negros e sua pele negra deixava qualquer um encantado, seus olhos mel e seu sorriso branco era de deixar qualquer um admirado.
- Imaginando ela assim, ela se parece uma Deusa. - Ele dá risada.
- É, ela era uma Deusa.
- Era? O que houve com ela?
- Infelizmente por um erro meu, ela....
Nesse momento meu celular começa a tocar.
- Droga!! - Falo sem pensar e vejo o nome de Pietro na tela.
Desligo a chamada e me encosto na mesa.
- Onde paramos? - Dou um sorriso.
- Marcela se foi por conta de...
Meu celular volta a tocar.
- Maldição!
Ele solta uma risada e olhanos para a tela do meu celular e lemos
Pietro
- Melhor atender, ele deve realmente estar precisando de você.
Solto uma bufada e me levanto indo para fora da lanchonete.
- Solta a voz bonitão. - Falo estressada.
- Nossa ignorante, não falo mais. - Reviro os olhos.
- Oi amor meu, meu princeso me digas o que queres da minha humilde pessoa. - Ele solta uma gargalhada.
- Venha casa agora, eu e Lorennzo precisamos conversar seriamente contigo. - tento arrancar algo dele porém ele só diz que precisa dizer algo serio, quando desligo o telefone volto correndo para dentro da lanchonete.
- Me desculpa por isso, mas preciso ir parece que a coisa é serio. - pego minha mochila.
- Tudo bem, ainda teremos oportunidades para terminar essa conversa.
Peço desculpa mais algumas vezes e saio apressada de volta para casa.
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Olaaaaaaaaa planeta terra, me desculpe por aqueles que esperaram ansiosamente por esse capítulo, me desculpe mesmo.
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ESMERALDA
RomanceBaixinha, Barraqueira, Desastrada, Smurf, Metida, Grossa, Sem Noção, Princesinha do Papai. Essas com toda a certeza seriam as definições que Lorennzo e Pietro Montenegro dariam para sua irmã caçula ESMERALDA. Depois da Caçula dos Montenegros insis...