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Se aproximando da Mansão Montenegro sinto um enorme medo.

O que será que me esperava?

Quando sai não achei que voltaria tão cedo.

Meus pais, Augusto e Valentina nunca foram os piores pais, sempre me deram o "do bom e do melhor", porém já que minha mãe e meu pai não tiveram pais presentes eles se dedicaram muito para serem diferentes e isso acabou sendo enjoativo.

Minha mãe sempre quis saber das coisas, meu primeiro beijo, minha primeira menstruação, meu primeiro namorado e etc... E não muito diferente das outras mães a família toda já sabia.

Meu pai sempre foi presente, me ensinou de tudo, agradeço meu pai por muitas coisas e muitos ensinamentos que realmente só um pai poderia dar, porém apesar de me ensinar para viver no mundo ele nunca deixou eu viver.

Depois de muitas discussões eu finalmente consegui me jogar no mundo e me mudar para Londres e agora aqui estou eu voltando para minhas origens.

Quando o carro para frente a casa em que eu nasci e cresci um medo se instala pelo meu corpo todo.

Sinto meus irmãos pegarem minha mão uma de cada lado.

— A família toda está ai?  — Pergunto nervosa, eles apenas concorda.

Vou subindo a pequena escada que dá de frente com a porta, nessa hora ja esqueci até mesmo de Justin, que fica atrás de meus irmãos.

Abro a porta e logo de cara ja vejo tio Matheus e Diogo brigando.

— Claro que não, larga a mão de ser tonto. — Tio Matheus fala.

— Ala amor, fala pro seu irmão que será nossa pequenino Arthur que será o líder. — Tio Diogo fala.

Vejo tia Millena revira os olhos, ela nunca gostou desse assunto de liderança de Máfia, e sabendo que seu filho poderia ser um possível líder ela ja se estressava.

— Oi.  — Falo e todos da sala me olham.

Mamãe, papai, meus tios e minhas tias, vejo meus avós paternos e Davi que está fissurado no celular todos ali reunidos.

— Meu bebê!!  — Minha mãe corre até mim e me abraça. — Finalmente você voltou, mamãe estava com tanta saudade.

— Solta ela Valentina, ela é minha filha também. — Papai a empurra de lado e me abraça. — Meu pequeno anjinho.

Ele me aperta,  depois disso abraços foi distribuídos, no fim ja estava cansada de tanto mimo em poucas horas, eu só queria ver meu avô.

— Quem é esse!!? — A família toda em uníssono fala.

Não entendo até ver que todos olham para o moreno dos olhos verdes, cabelos bagunçados e todo tatuado.

— Gente esse aqui é Justin, ele me ajudou a conseguir as passagens para vim e cuidou de mim na ausência dos meninos.

— Porque não disse que estava namorando minha filha?  — Minha mãe fala e minhas bochechas rapidamente ficam avermelhadas.

Porém não fui a única, Justin chega a parecer um pimentão de tão vermelho.

— Mãe, não, ele não é meu namorado!! — Reclamo.

— Minha filha namora!!! E que rapaz mais belo!!  — Dona Valentina fala se aproximando de Justin e o analisando.

— Você namora??  — Meu pai pergunta bravo. — Minha filha é muito nova para namorar.

— Ele não é meu namorado. — Insisto em dizer.

— Olha amor ele tem tatuagens!!  — Minha mãe fala admirada com os desenhos do corpo de Justin e parece estar perdido.

— Minha filha namora um cara com tatuagens?! — Meu pai pergunta indignado.

— Finalmente um namoradinho Mel Mel!!!! — Minha tia Millena fala rindo e se levantando indo até Justin. — Que bom gosto minha sobrinha tem!!!

— Mas ele não é...

— Desencalhou em!!  — Davi finalmente larga o celular e começa a fazer piadinhas. — Não é que Londres trouxe novos milagres.

Reviro os olhos e mostro o dedo do meio para ele.

— Ohh quem imaginaria um milagre desse!!  Jesus está voltando. — Tio Matheus fala e recebe um olhar meu de pura fúria.

Todos começam a rir e soltar piadinhas,  olho para Arthur e meus irmãos e eles apenas dão risada.

Filhos de uma mãe boa.

Justin?! Coitado nem se fala, estava tão vermelho e encolhido pelos elogios e olhares da família, ele me pede socorro com o olhar e eu já entendo que aquilo tem que ter um basta.

— Eiiii galera prestem bem atenção!!  — Todos me olham.— Eu e meu namorado estamos muito cansados e iremos subir, não quero que fiquem de mimimi,  assim que eu acordar, irem visitar meu avô doente e sem mais nenhum piu sobre meu relacionamento.

Sem deixar ninguém falar, pego a mão de Justin que me olha perplexo e de queixo caido e subo as escadas até um quarto de hóspedes.

Assim que fecho a porta ele finalmente fala.

— O que foi aquilo lá em  baixo ?

— O que?  — pergunto me fazendo de desentendida.

— "Eu e meu namorado","relacionamento", que história é essa Esmeralda?  — Ele pergunta.

— Ahh isso ?! Não é nada, daqui a pouco eles esquecem, quanto eu mais negasse mais eles iriam acreditar que realmente existe algo entre nós o que é impossível.  — Falo rindo e pego algumas toalhas.

— Como assim?  Acha que um relacionamento comigo seria impossível?

Justo isso ele foi reparar? 

— Eu quis dizer que...bem... Ahh Justin somos o oposto um do outro.

— E dai?  Isso é motivo para ser impossível? 

— Justin?! Porque entramos nesse assunto, não somos um casal porque estamos discutindo como se fôssemos?

— Porque pra sua família nós somos? E o que você quis dizer com opostos?

— Quando eu acordar irei desmentir, pronto ai podemos voltar ao normal, você pegando no meu pé e eu te odiando...

— Pera!!!  Você me odeia? — Jogo a toalha em seu rosto e me viro para sair do quarto.

— Você me estressa!! Tem um banheiro a sua direita, vou pedir para os meninos trazer uma troca de roupa para você... Beijinhos xuxu.

Mando um beijo para ele fazendo ele ficar totalmente perdido.

Aquilo seria totalmente difícil desmentir para meus pais, mais enfim precisava descansar e visitar meu avô não conseguiria ficar mais tempo sem saber de sua saúde.

[Continua...]

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Sei que não estão sendo frequentes as postagens porém estou tentando o meu máximo, Me desculpem!!! 

Tentarei o possível para ver dias de postagens.




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