P. O. V. J. U. S. T. I. N
Depois que salvei a Azul de quase um crime irreversível a acompanho até o seu apartamento, estamos em frente ao portaria.
Estou com as mãos enfiadas em meu bolso de minha calça surrada e ela esta olhando para seu all star azul, ela olha para o céu e suspira.
- Não precisa me trazer até aqui !! - Ela fala apertando a bolsa contra o peito.
- Eu acho que precisava sim, você não está nem conseguindo falar imagina andar.
- Eu tenho duas pernas acha mesmo que não conseguiria voltar para casa sozinha?! Acha que eu sou muito indefesa para sair sozinha na rua?! Escuta aqui. - Sua posição muda completamente agora ela está batendo com seu dedo indicador em meu peito.
- Eu..eu não disse isso, só disse que pra caso você precisasse de ajuda eu estaria aqui. - Ela para por um instante e me encara.
- Oi?
- Sim, isso que você ouviu, se você não usa-se a ignorância em forma de defesa entenderia da primeira vez e a gente não teria chegado ao nível em que você fica me cutucando com essa sua mão cheia de dedos. - Ela revira os olhos e se afasta.
- Eu não uso a ignorância como defesa. -Ela resmunga.
- Eu não uso a ignorância como defesa - Eu a imito fazendo uma voz bem fina, ela abre um sorriso. - Deveria sorrir mais, assim você não assustasse os rapazes.
- Você é idiota, e eu não quero saber de rapazes e sim dos meus estudos. - Ela empurra meu ombro de leve.
- Ah é e o que venho estudar aqui em Londres?
- Como se você se importa-se. - Ela dá de ombros, me encostado no pilar do lado de fora da portaria e coloco meu pé apoiado na parede, olho alguns minutos em silêncio para o chão e ergo minha cabeça para ela.
- Se eu pergunto eu me importo, talvez você não ache isso mais quem se importa. - Ela novamente revira os olhos, porém sorri.
- Vim estudar dança. - Olho surpreso para ela. - Que foi? Acha que eu não consigo?
- Você se importaria se eu acha-se alguma coisa?
- Não.
- Então porque liga para o que as pessoas acham? Se é seu sonho dançar então dance, só não acho que chegara em algum lugar sendo tapete para Priscila.
- Eu não sou tapete da Priscila. - Ela fala brava.
- Eu vi você nos treinos e não parece que está feliz com a nova coreografia.
- E não estou, mas sou uma novata não posso derrubar a rainha do trono. - Ela fala como se fosse óbvio.
- Você é uma Montenegro. - falo óbvio.
- E dai ? Eu posso ser uma Montenegro e isso não mudará nada.
- Sabe o que Enzo fez no primeiro dia de aula na faculdade? - Ela nega com a cabeça. - Ele me desafiou em um jogo de basquete, e no segundo uma corrida de carros.
- E o que isso tem haver comigo? - Olho incrédulo para ela. - Qual é não entendo sinais.
- Eu estou tentando dizer que, Enzo não se importou em me desafiar no primeiro dia da faculdade o que te impede em desafiar aquela Bruxa na segunda semana?
- É pensando assim você está certo...Obrigada. - Ela sorri tímida para mim.
- É só um conselho. - Me desencosto da parede e me viro para voltar para casa.
- Justin!! Justin !! Justin !! - Ela grita quando estou longe, me viro e vejo ela correndo até mim, ela para em minha frente ofegante e se abaixa se apoiando nos joelhos, ela respira fundo e se levanta com um sorriso. - Obrigada.
- Mais você já disse obrigada - falo tirando as mãos do bolso.
- Não eu disse obrigada pelo conselho, agora, é por ter me livrado daqueles caras eu não sei o que seria de mim se você não estivesse ali, eu me senti tão vulnerável que depois descontei minha raiva em você.
- Não precisa agradecer aquilo é a obrigação de qualquer pessoa fazer.
- Não..eu só queria agradecer.
- Imagina..agora volte para sua casa e não fale que eu estava contigo se não seus irmãos viram atrás de mim e tenho certeza que não será para me abraçar.
- Mais você me ajudou?
- Se você não conhece seus irmãos eu explico, eles batem depois pergunta. - Ela solta uma risada e acena com a cabeça.
- Ok, por mim tudo bem. - Ela estende a mão eu a aperto e ela volta correndo para a portaria.
O QUE ME DEU NA CABEÇA ?
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ESMERALDA
RomanceBaixinha, Barraqueira, Desastrada, Smurf, Metida, Grossa, Sem Noção, Princesinha do Papai. Essas com toda a certeza seriam as definições que Lorennzo e Pietro Montenegro dariam para sua irmã caçula ESMERALDA. Depois da Caçula dos Montenegros insis...