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Chegando no estacionamento do hospital sou a primeira a sair da carro,  meus irmãos, Justin e Arthur vão atrás de mim.

Vou na recepção e uma mulher super mal educada me atende. 

— Moça eu vim visitar meu avô, você poderia me encaminhar até o quarto? 

Ela nem sequer olha para mim.

Respiro fundo e com toda educação volto a chamá-la.

— Senhora, eu vim visitar meu avô, você poderia por favor me levar ao seu quarto?  — minha voz já está um pouco mais ríspida.

Mesmo assim ela me ignora por completo, sinto meu rosto esquentar, sinto vontade de socar aquele vidro que separa nós duas.

Sinto mãos tocarem meus ombros me afastando de perto da moça.

Pietro vai até o vidro dá 3 batidas e a moça levanta o olhar, ela sorri e rapidamente se levanta.

Que... Que... Vaca !!!

Ele sorri para mim e vejo a moça sair da sala.

— Bom dia senhores Montenegros, vieram visitar seu avô né?  Ele passou a madrugada inteira resmungando coisas sem sentido, tivemos que sedalo, pois não conseguia dormir. — Ela fala com um sorriso no rosto.

— O que ele falava?  — Lorennzo pergunta.

Enquanto ela fala, vai nos guiando até o quarto de meu avô.

— Ah coisas dos tipo, corrida, azul, raposa... Coisas sem nexo, palavras soltas, mas isso pode ser efeitos de alguns remédios que ele toma,  enfim ele vai ficar feliz em vê-los. — ela abre a porta do quarto.

Sou a primeira a entrar, o quarto é completamente branco do chão ao teto, a única coisa que traz um brilho naquele lugar é um vaso de rosas azuis.

Azul a cor preferida de meu avô.

Falando nisso não o encontro no quarto, olho para meus irmãos que também ficam assustados.

— Cadê o vovô?  — Pergunto para a enfermeira.

Ela também parece não saber, vai até a cama de vovô e aperta um botão, passase alguns segundos dois enfermeiros entram no quarto.

— Onde está senhor Montenegro?  — A enfermeira pergunta.

Os enfermeiros se entre olham e não sabem o que responder.

— Pronto deixaram meu avô desaparecer?  — Falo preocupada, saiu do quarto, meus irmãos vão atrás de mim. — Aonde é que vamos encontrar meu avô?! — pergunto para Lorennzo.

— OK, somos em 5, vamos nos dividir, eu vou para Oeste — Lorennzo fala.

— Eu vou para Sul. — Pietro concorda com a idéia.

— Vou para Norte. — Justin diz.

— Então eu fico com Leste. — Arthur por fim fala.

— E eu?  — Pergunto,  eles me olham.

— Você fica aqui caso ele volte.  — Lorennzo fala e eles se separam.

Fico de boca aberta, novamente esses idiotas acham que não posso fazer nada.

Não irei ficar parada, irei procurar meu avô, parada em frente ao seu quarto imagino como seria meu avô e o que ele faria se estivesse trancado nesse quarto branco.

Um lugar barulhento, com muitas pessoas, muitas cores e bastante comida.

Então a resposta surgem.

— Refeitório!!  — Saiu correndo em direção ao refeitório, tenho certeza que o encontrerei ele.

Quando chego na porta do refeitório me assusto.

O lugar é completamente morto, não a uma alma nesse local, totalmente desamimado.

A comida é servida em bandejas laranjas vivas e parece uma mistura de restos,  com certeza ele não estaria aqui,  penso novamente em algum lugar onde ele poderia estar.

— Ahhhh como não pensei nisso antes!!  — Subo novamente correndo pelas escadas, vou correndo entre os corredores.

Consigo ja escutar o barulho, gritaria, falação, risadas.

Com certeza ele está lá, dou risada só de pensar na cena, abro a porta da sala e ali vejo ele, com a vestimenta do hospital branca e de pés no chão, um sorriso bem grande nos lábios e um nariz vermelho de palhaço.

— Vovô o que faz na pediatria?  — Coloco as mãos na cintura e falo em um tom bravo.

Ele me vê e sorri não consigo manter a cara fechada, também sorrio.

— Olha lá criançada a Rainha da pista, lá Kitsune.  — olho para os lados para ver se algum dos meninos estão a vista.

Olho veio para vovô que dá risada.

— Venha minha neta, você chegou bem na hora de mais uma história das aventuras de Lá Kitsune. — Ver meu vô tão feliz em estar no meio de tanta criança me alegrava.

Fui até ele e me sentei de pernas de índio assim eu poderia encostar minha cabeça em seu colo.

— Há muito tempo atrás na Capital da Itália, nascia uma pequena raposa,  ela era a menor da alcateia todos dizem que aquela pequena raposa nunca conseguiria ser líder de alguma alcateia, mas ela mostraria que podemos ser pequenos por fora mas por dentro somos enormes...

Meu avô entretém toda a criançada e vejo as enfermeiras sorrirem.

— A raposa conseguiu mais uma vez mostrar para a alceteia que ela poderia ser líder... — Ele termina a história sorrindo.

— Mas vovô a raposa não vai ser lider?  — Uma das crianças pergunta.

— Isso só ela saberá,  ainda tem muita coisa pela frente... — Ele acarecia meus cabelos,  me levanto.

— Vamos vovô os meninos devem estar loucos atrás da gente. — Pego em sua mão e o ajudo a levantar do banco.

— NÃO!!  Você não vai leva o meu avô!! — Uma garotinha de olhos verdes bem vibrantes e cabelos longos castanhos grita, pegando na outra mão de meu avô e o puxando.

— Como não? ele é MEU avô!!!  — Digo sem entender.

— Não é não, ele é meio, sua feia... — Ela agarra meu avô pela perna.

Que garotinha mais mimada!! 

— Olha aqui sua pestinha, ele é meu avô e não tem nada seu, agora solte ele... — Começo a ficar irritada.

Meu avô começa a sorrir.

— Meninas acalme-se sou avô das duas, mas Tiffany eu precisarei acompanhar a senhorita até a porta, ela precisa encontrar os irmãos.

— Ahhhh sério?!  Mas você vai voltar?  — Ela pergunta ainda agarrada na perna dele.

— Claro que irei, eu sempre volto. — Ela sorri e o abraça, ele beija sua testa e pega minha mão e saimos da sala.

— Aquela menina é muito mimada. — falo fazendo bico.

Meu avô sorri abertamente para mim.

— Nem parece uma garotinha que eu conheci a um tempo atrás né?!!, agora vamos me conte o que anda acontecendo na sua vida....

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Um filho bom a casa retorna... Desculpaaaa, to tentando fazer o meu máximo.




ESMERALDAOnde histórias criam vida. Descubra agora