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P. O. V. E. S. M. E. R. A. L. D. A

Após os médicos me examinaremos da cabeça aos pés, eles respondem algumas de minhas perguntas.

Fiquei desapagada por quase 2 mês e meio e eu tinha muita probabilidade de ter sofrido algum dano cerebral, por isso o tanto de exame que fui submetida a fazer, eu não tinha perdido muita coisa mas parecia estar apagada a anos.

Quando volto ao quarto toda a minha família está no quarto e quando digo todo mundo quero dizer TODO MUNDO.

— O que estão fazendo aqui? — Pergunto assustada.

— Viemos ver se está bem!  — Tia Millena avança em mim sorrindo.

— Você está bem? Está sentindo algo? Quer comer algo? Beber? — Mamãe começa a perguntar e me levar para a cama.

— Estou sim mamãe, só precisava de um descanso agora estou novinha em folha. — Falo já deitada.

— Pôs bem... — Ela me acerta um tapa. — Nunca mais faça nada perigoso assim, você quase me matou de susto sua filha de uma mãe. — Logo ela me abraça. — Eu achei que ia te perder, eu te amo minha menina.

Retribuo o abraço e ficamos todos conversando, mas logo depois uma enfermeira expulsa todos do quarto para o meu descanso.

— Poxa, ela ficou quase dois meses descansando e ainda precisa demais? — Arthur brinca e a enfermeira revira os olhos expulsando ele.

Ajeito minha cama enquanto a enfermeira fecha aa cortinas, ela me dá um remédio para o sono e depois peço para que apague a luz e feche a porta.

Minha vista vai embaçando e se fechando, vejo apenas olhso verdes me encarando triste e desamparados.

[…]

Quando acordo o quarto está todo escuro, apenas meu abajur está acesso alguém está sentado na cadeira e está bem acordado.

A pessoa se levanta e caminha lentamente em minha direção, conheço a silhueta de longe mas o rosto que surge na luz não me trás alegria.

— O que está fazendo aqui Noah? — Pergunto e me ajeito na cama.

— Vim fazer um pedido. — Ele fala com a voz fraca.

— O que quer? — Pergunto curiosa.

— Desiste do Justin. — Ele fala simplesmente e fico de boca aberta.

— Que? Acho que não entendi.

— Isso mesmo que entendeu, desiste do Justin não vá atrás dele você tem uma vida na Itália, você tem uma máfia para comandar...

— Como você...

— Eu sei de muita coisa Esmeralda, então eu te peço deixe ele ir não o decepcione você não é o que ele pensa, não o coloque no meio dos seus problemas, pelo menos uma vez na vida meu irmão merece uma vida tranquila eu só te peço isso... Por favor. — Ele se aproxima de mim.

— Se afasta!!  Eu não posso fazer isso, eu deixei ele ir na primeira vez lá na Itália, não vou fazer de novo. — Falo.

— Você será uma mafiosa, ele é apenas uma pessoa normal deixe de ser egoísta você conhece a história de seus pais, ele merece alguém sem esse peso nas costas, sem essa responsabilidade, não o traga pra sua vida perturbada, você pode tentar esconder das pessoas mas a mim você não engana — Ele se aproxima mais de mim. — Você não veio para Londres para fazer faculdade, você veio pra fugir da sua família, dessa pressão e agora quer arrastar meu irmão.

— Não...eu...

— Você será egoísta ao ponto de fazer ele passar o resto da vida dele se escondendo por sua causa? Será?

— Sai daqui, AGORA!!! — Ele concorda com a cabeça.

— Pensa no que eu disse. — Então ele sai do quarto e me deixa reflexiva sobre minha vida.

Penso no que ele falou e meu coração se aperta, minha mãe sempre reclamava o quanto era triste a vida do meu pai antes dele desistir da máfia e passar todo o controle para meu avô.

Eu poderia desistir da máfia, viver uma vida tranquila e sem ter que me esconder das pessoas.

Mas eu decepcionaria minha família, uma nação, eu poderia com a mnha desistência provocar conflitos entre os países aliados e até a mesmo os termos inimigos, será que eu seria egoísta a esse ponto?

Chego a minha conclusão, eu não poderia ser egoísta a esse ponto.

[…]

Estou a muito tempo deitada e resolvo andar, saio do meu quarto e começo a passear pelo hospital passo por diversas salas e acabo parando em uma ala infantil observo as crianças brincarem entre si.

Continuo a caminhar e acabo parando no terraço do hospital, a passagem de tirar o ar, a lua cheia brilhava e em volta milhares de estrela, a brisa suave,  tudo em volta tornava aquele lugar lindo.

— O lugar é incrível né?  — Me virei e vi Justin.

— O que faz aqui?

— Apreciando a vista ou não pode mais? — Ele ergue a sombrancelha e sorri.

— Não, eu digo ainda faz aqui no hospital? você está me ignorando desde que acordei, achei que já tinha ido embora. — Ele fränze a testa.

— Acha que estou te ignorando? Só estava deixando você ter um espaço, um ar, com toda a sua família ai achei que não iria querer ter mais gente em cima. — Ele se explica.

— Pois bem, achou errado, eu precisava de você. — Abaixo a cabeça.

— Okay, agora estou aqui e temos... — Ele olha no celular. — 12 horas..

— Para quê? — Pergunto.

— Sem perguntas Montenegro, só venha. — ele me puxa pelos braços e descemos as escadas.

Ele para no começo da escada e descobre uma bolsa.

— Você vai precisar disso. — Ele tira uma roupa de enfermeira.

— Quê? — Olho para as roupas ele dá risada.

— Não temos tempo para explicações, se veste. — Ele tira o sobretudo de seu corpo que agora que percebo que veste uma roupa de enfermeiro.

Assim que termino de me vestir ele volta a me puxar para o corredor, andamos lado a lado passamos por várioa enfermeiros e não desconfiam de nada.

Estamos quase na saída quando sou  puxada, prendo a respiração e quando me viro é uma senhora.

— A senhorita pode me ajudar? Estou com uma prisão de ventre terrível meu jovem e eu não consigo defec...

— Senhora me desculpe mas.... — Começo.

— Chá... — Nós duas olhamos para ele. — Sim, isso, chá faz muito bem. — Ele puxa e saímos correndo para a saída.

Ele me leva até seu carro e abre o porta mala e pega uma outra mochila.

— Chá? — Pergunto. — Que história é essa? 

— Cala a boca.  — Ele dá risada. — Agora vamos não temos tempo.

Ele me empurra para os bancos de trás do carro e entra.

— Para onde está me levando e pra que tanta roupa? — Falo mexendo na mochila e encontrado diversas roupas.

— Coloque essa e não faça perguntas. — Ele arranca um vestido vermelho.

— Peraí, você está me sequestrando e ainda não quer que eu faça perguntas? — Ele concorda com a cabeça. — Ta aí gostei.

Abro um sorriso e ele retribui meu coração se enche de algo inexplicável e sinto meu corpo se aquecer, eu gostava daquela sensação me fazia querer ser tudo e ao mesmo tempo nada, minha espinha formigava e meu estômago se contorcia eu estava viva e loruxa para saber aonde iríamos.

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