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Estou sentada de costas para as outras mesa quando alguém tampa os meus olhos e num movimento rápido trago o braço do indivíduo para frente fazendo seu braço entortar e seu corpo ser trazido para cima da mesa.

- Caralho Esmeralda me solta sou eu!! - Gustavo grita chamando atenção de toda a cafeteria e eu o solto imediatamente.

- Porra Guto nunca mais faça isso, você me assustou!! - Ele massagea o braço.

- Sua louca!! Tinha esquecido que você é pirada. - Ele mostra a língua para mim e eu dou risada.

- Quer que eu faça massagem no seu braço?! - Pergunto segurando a risada.

- Quero que me pague um capuccino e alguns muffins. - Concordo com ele.

- Mas que justo! - Chamo o garçom e faço nossos pedidos.

- Deseja alguma coisa a mais? - O garçon pergunta e nego com a cabeça e ele se retira.

- Hm, sua safadinha. - Gustavo fala rindo.

- O que? - Pergunto, ele revira os olhos.

- Vocês Montenegros não percebem o efeito que causam nas pessoas ou se fazem de idiotas enquanto faz a metade da população se apaixonar? - Ele fala sério e aponta para o garçon que encara nossa mesa.

- Não estou entendo Guto.

- O cara está quase babando por você Esmeralda e você que nem uma mosca morta. - Ele me analisa, seus olhos buscam pelos meus e ele abre a boca diversas vezes. - Ai meu Deus você está gostando de alguém, me conta TU-DO.

- Calado sua borboleta caipira. - Faço cara de brava quando ele grita e chama mais atenção, ele cai na risada.

Mas logo se recompõe e coloca as mãos juntas em cima da mesa e apoia a cabeça e me encara com seus olhos grandes e castanhos.

Gustavo Villas Borges mais conhecido como Guto, meu fiel escudeiro, amigo, irmão, parceiro de todas as minhas enrascadas cresceu e estudou comigo a vida toda.

Nos conhecemos quando tinhamos apenas 3 anos de idade e desde sempre fomos amigos, ele se descobriu homosexual quando entrou no ensino fundamental e com isso sofria diversas agressões sendo elas, físicas, verbais e psicológicas e eu sempre o defendi, me lembro perfeitamente todas as vezes que o protegi de uma surra e ia para diretoria.

Graças a Deus ele nasceu em uma família que o amava muito e acima de tufo aceutavam ele do seu jeitinho, ele era filho único de Tia Cris e Tio Darcy que eram uns amores, eu e ele sempre estávamos juntos e nossa ligação sempre foi muito forte e por isso ele me conhecia melhor que ninguém.

- Vamos Esmeralda, me conta logo qual é o boy da vez? - Ele continuava a me encara.

- Ahh Teddy. - Respiro fundo e o chamo pelo seu apelido na escola. - Sei lá ele é meio complicado. - Desabafo.

- Não me chame de Teddy sua mocreia, então tem um boy me conta tudo vamos logo. - O garçon trás nossos pedidos e desabafo tudo com ele, desde que conheci Justin até o jeito que estavamos indo.

- E então, ele está sendo um princeso pra mim agora, mas não sei é tanta coisa, os problemas de família e a morte de meu avô, ai é tanta coisa. - Deito minha cabeça na mesa.

- Uau... Esse Justin teve ser um gostosão pra você está gamadinha nele. - Ele morde o terceiro muffin.

- Eu não estou gamada nele. - Nego com a cabeça.

- Esmeralda seus olhos não pararam de brilhar enquanto contava sobre ele, ou você é retardada ou se faz porque o menino também está gamado em você. - Ele olha de cara feia pra mim.

- Ai você não entende Guto. - Balanço a cabeça. - Se ele descobri que sou eu a corredora ele me mata e meus irmãos também, fora que estou presa novamente a Itália, terei que voltar a morar aqui.

- Isso é outro problema se declara logo para esse tal de Justin gostosão e quem sabe você conte em sua lua de mel sobre a corredora e façam um sexo gostoso. - Jogo um pedaço do muffin nele.

- Você é nojento Gustavo Villas, vulgo borboleta assanhada. - Ele cai na gargalhada.

- Não jogue comida nas pessoas, Esmeralda Montenegro, vulgo smurf piranhona, coma esse muffin agora. - Ele dá risada e mordo o muffin sujando toda a boca.

- Me beija borboleta monstruosa. - Me levanto com a boca suja e me sento ao seu lado tentando o agarrar.

- Sai, sua coruja atropelada socorro. - Ele me empurra.

- Esmeralda?! - Alguém me chama e sinto calafrios na espinha, reconheço a voz quase que imediatamente e minha postura se torna mais rígida.

- Justin?! O que faz aqui? - Pergunto saindo se cima de meu amigo.

- Achei que precisaria de companhia depois da reunião em família, mas acho que já está bem acompanhada. - Ele lança um olhar mortal para Gustavo que instantaneamente se encolhe no banco.

- Não é o que está pensando, ele é só meu amigo. - Tento explicar.

- Pode continuar o seu "beijo". - Ele sai da cafeteria sem dizer mais nada.

- O que aconteceu aqui? - Pergunto para meu amigo.

- Ele acha que somos sabe...namorados. - Eu concordo com a cabeça.

- Você é GAY.... - grito a última parte.

- Olha aqui sua nanica eu me saio muito bem como hétero apesar de eu ser uma completa borboleta, mas parece que seu namorado não percebeu.

- Ele não é meu namorado, e quem não vê que você é gay?!

- Ele não viu, e ele nem vai ser seu namorado se você não sair agora atrás dele. - Ele me expulsa.

- Eu não vou atrás dele. - Volto a me sentar.

- Esmeralda Montenegro se levanta desse banco agora r carregue sua bunda gorda para fora dessa cafeteria e vá se declarar para aquele homem gostoso se não... Eu mesmo me declararei.

- Você não faria isso... - Encaro ele.

- Quer apostar? Aquele homem é tipo UAU... - olho para a porta da cafeteria e olho para meu amigo. - Vai logo sua peste.

Me levanto decida a ir atrás de Justin e dou uma última mordida no meu muffin, vou caminhando para a porta.

- Mel!! - Olho para meu amigo. - Limpa essa boca toda suja sua Monstra e me conta sobre o sexo gostoso depois. - Ele grita e saio rapidamente da cafeteria vermelha de vergonha.

- Bixa filha da puta!! - Dou risada de meu amigo.

Tenro encontrar Justin pelas calçadas e não o encontro.

Se eu fosse Justin e estive em um país que eu não faço a mínima onde eu estou para onde eu iria?

- Eureka!! - Grito já sabendo onde ele poderia estar....

[...Continua]

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