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Depois da "pequena discussão" no estacionamento do shopping,  eu e Justin decidimos voltar para casa.

— Acho melhor dormir na minha casa. — ele diz.

— Porque não posso voltar para minha casa?  — Digo ainda olhando para a paisagem de fora do carro.

— Acho que porque tem um homem desconhecido entrando e saindo do seu apartamento sem ao menos sabermos como,  só acho que deveríamos passar a noite juntos. — Ele fala autoritário,  como se o que ele tivesse decido deveria se cumprir.

E bom não estava preparada para outra briga, estava cansada de brigar e gritar com Justin e logo depois voltarmos a se falar como se não tivesse acontecido.

Com ele era assim tudo no limite, era 8 ou 80, e talvez eu até gostasse, talvez fosse isso que me prendia tanto a ele ou talvez fosse o mistério que ele escondia.

— Então concorda ?! — Ele por fim pergunta.

Concordo com a cabeça e continuo a olhar para fora.

— Você está bem?  — Ele pergunta e toca o meu rosto fazendo eu olhar dentro de seus olhos.

— Estou, apenas cansada,  hoje o dia foi longo demais. — Ele concorda com a cabeça e seguimos sem trocar mais nenhuma palavra.

Quando Justin me chama novamente estamos em um lugar completamente diferente, ele me chama para fora do carro e quando saio não vejo a casa de seu pai.

— Onde estamos? Achei que estávamos indo para casa do seu pai. — pergunto e coço meus olhos.

— Eu disse minha casa e não a casa do meu pai,  venha!!  — Ele fala andando na frente.

A casa estava totalmente apagada e assim que entramos Justin acende a luz.

— Lewis não está aqui?  — Falo lembrando que eles moravam juntos.

— Lewis nunca fica em casa,  ele meio que prefere aquele jornal,  ainda mais depois da inundação ele fez aquilo um santuário sagrado.

— Ah!! 

Assim que adentramos ainda mais a casa,  vejo uma pequena sala de estar onde só se via dois sofás e uma TV,  uma pequena porta está atrás de um dos sofás e uma cozinha americana fica ao lado da sala.

Tudo me parece neutro, as cores são neutras ficando entre o preto e branco.

Realmente não se diferenciava muito do apartamento dos meninos antes que eu chegasse.

Ele foi acendo as luzes da casa.

— Se quiser tem coisa para comer na geladeira,  os quartos são lá em cima e temos um banheiro também. — Enquanto ele falava eu apenas concordava,  até que ele me encarou. — Ok?, vai precisar de alguma coisa?  Vou precisar sair e não demorarei.

— Não, tudo bem pode ir, eu só vou dormir.

Ele concorda e o silêncio chato volta, eu e Justin tínhamos passado por algo que não podia se explicar em palavras, mas tinha mudado nossa relação e agora esse silêncio só mostrava o quão estranho éramos juntos.

— Ok vou subir.  — falo quebrando o silêncio, ele não diz nada.

Subo as escadas e escuto a porta da frente sendo aberta e logo fechada. 

Enfim sozinha.

Vejo algumas portas e procuro o quarto de Justin.

Não é muito difícil de encontrar já que havia um grande adesivo ofensivo na porta.

ESMERALDAOnde histórias criam vida. Descubra agora