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P. O. V. E. S. M. E. R. A. L. D. A

Encosto a cabeça no vidro do carro e tudo passa por mim como se fosse um filme, eu tive diversos aviso, sinais e sempre ignorei e agora aqui estou eu me culpando por toda essa situação.

Afasto esse pensamento de mim, a culpa nunca será minha por se entregar demais, eu escolhi ele e esperei o mesmo e eu só deveria estar orgulhosa de mim por ser sincera, eu irei superar tudo isso é de cabeça erguida.

Chegamos ao estacionamento do hospital e desço correndo do carro, ele me chama porém ignoro e entro no hospital, já são 06:00h da manhã e já tem alguns pacientes e funcionários passeando pelo local, vou para o elevador e aperto meu andar.

Assim que as portas começam a se fechar a mão de Justin atrapalha fazendo com que ela se abra novamente e sua forma física diabólica apareça, sinto tanta raiva dele mas não consigo  deixar de não sentir o calor sobre meu corpo, a vontade de sentir seus abraços ao meu redor...

PARA ESMERALDA, SE RECOMPONHA..

Fico com a postura ereta e espero meu andar, não passa muito tempo apenas alguns segundos, mas aquilo parece uma eternidade,a presença dele me afeta e eu não nego.

As portas se abrem e me obrigo a saltar do elevador e andar o mais rápido possível para meu quarto, sinto ele me acompanhando e não sei o que ele quer, acho que pretende destruir mais o meu dia.

Abro a porta e tudo está normal, parece que ninguém veio atrás de mim realmente Justin me sequestrou e ninguém percebeu ele entra junto comigo e fico revoltada com seu comportamento.

— O que quer? Fala logo, não terminou de destruiu o meu dia ? — Ele para respira fundo os ombros encolhe, está triste, parece chateado com algo.

— Não, só queria saber que ficaria bem, não queria que as coisas terminassem assim não foi isso que planejei. — Ele diz com a voz baixa.

— E posso saber o que planejou então?— Tiro meus sapatos e entro no banheiro, quando volto estou vestida com a roupa do hospital e me deito na cama.

— Tantas coisas você nem faz ideia, porém por mais difícil que pareça é melhor deixar assim, que você seja feliz azul! — Ele se vira para sair.

— Achei que tivesse me escolhido. — Falo cabisbaixa, aquela frustação volta, a vontade de chorar.

Ele para com a mão na maçaneta respiro fundo.

— Do que adianta você ser minha escolha se tudo isso que tivemos não passou de um teatro, não fomos feitos de escolhas Esmeralda, fomos moldados pelos mais fortes. — E assim ele sai do quarto.

O quarto se torna um lugar frio e sozinho, sinto uma imensa vontade de chorar, um misto de sentimentos me atinge.

Ódio, Frustração, Tristeza e Amor sim amor...

Me deito na cama repassando todas as vezes que passamos juntos, todas as corridas, passeios, lembro do lago na casa da mãe dele, do nosso beijo, da nossa noite maravilhoso, das coisas que senti por ele, sinto um aperto enorme no peito.

Fecho os olhos com força aquilo estava sendo um pesadelo pra mim, quando penso que vou  cair no sono meu pai entra gritando.

— Acorda bela adormecida, está na hora minha princesa, vamos voltar para nossa casa. — Com muita força de vontade abro meus olhos.

Minha cara de tédio está visível porém ele ignora e começa a juntar minhas roupas na mala.

Meu pai nunca gostou da ideia de eu ter saido de casa e não me surpreende a animação dele com a minha volta, minha mãe entra atrás dele e também parece estar chateada com algo.

ESMERALDAOnde histórias criam vida. Descubra agora