[…]
Por todo o caminho até o aeroporto eu me senti anestesiada.
Não atendia ligações, nem respondia mensagens, eu só queria chorar.
O meu avô estava no hospital e eu não podia fazer nada, assim que chego no aeroporto estaciono o carro de qualquer jeito e entro correndo.
Vou atrás de comprar uma passagem, a fila está enorme e meu desespero só aumenta, passo por todos da fila e ouço diversos xingamentos.
— Moça eu preciso de uma passagem para a Itália para hoje, no caso para agora!!! — Falo desesperada.
A mulher da minha frente me olha assusstada e tenho certeza que é pelo tom de minha voz.
— Me desculpe moçinha, acabaram as passagens para a Itália para esse horário, o ultimo vôo saira daqui 15 minutos, o próximo só será amanhã de manhã.
— Moça por favor, meu avô está no hospital eu preciso ver ele. — Meus olhos se enchem de lágrimas.
— Me desculpe mais eu não posso fazer nada. — Seu olhar é de pena.
Me sinto desolada, meu avô estava no hospital e eu não poderia ver ele.
Meu coração se apertava dentro de mim.
— Moça a senhora pode sair da fila está atrapalhando. — O homem atrás de mim fala.
Eu poderia xingar ele, ou gritar, mais estava sem forças para isso, arrasto meu corpo para um dos bancos do aeroporto e me ponho a chorar.
Eu não sabia o que fazer, seria uma noite horrível sabendo que só conseguiria ver meu avô amanhã a noite.
E se fosse tarde demais.
Deixo esse pensamento de lado eu não poderia me machucar ainda mais.
De repente duas passagens surge em minha frente, olho para a pessoa a minha frente.
— O que está fazendo aqui Justin? — O menino dos olhos verdes não me olha nos olhos parece triste e cabisbaixo.
— Depois que sai do seu apartamento seus irmãos me ligaram, quando eu voltei a sua casa você ja não estava mais lá, eu te procurei mais não encontrei, eu sabia que até te encontrarem seria tarde demais para comprar as passagens. — Ele fala com a voz baixa e não consegue me olhar fixamente por muito tempo.
Talvez esteja tentando esconder o olhar de pena.
— Então eu comprei as passagens do último horário, então seu irmão me ligou dizendo que você com certeza estaria aqui, então aqui está. — Ele me mostra as passagens de novo.
— E porque duas?
— Esmeralda, eu sei que esses últimos dias para nós dois tenham sido difíceis, hoje a gente teve uma tarde maravilhosa e eu acho que nesse momento você precisa de alguém ao seu lado.
Agora ele me olha profundamente.
— Talvez você não queira minha companhia, nem minha ajuda, mas por favor me deixe apenas estar ao seu lado para ver que está bem... — Sem deixar ele terminar eu o abraço.
Ele fica meio sem reação mais logo retribui o abraço, ficamos por alguns minutos abraçados, quando nos soltamos ele me olha e limpa algumas lágrimas.
— Acho melhor irmos, o avião já ira partir, você não vai querer perder né? — ele fala e estende a mão.
[…]
Assim que pousamos na Itália sinto o frio do meu país.
Realmente assim que se aproximava o natal era possível ver as geadas, nevoeiros e até mesmo a neve.
Antes de descermos do avião Justin coloca seu casaco sobre meus ombros.
Me viro para ele e agradeço com o olhar, Justin estava sendo totalmente diferente da pessoa que era quando o conheci.
Descemos do avião e fomos direto atrás de um táxi.
Quando estava entrando dentro do táxi, Justin me puxa.
— Eu acho que não iremos precisar. — Ele aponta em uma direção.
E lá estava meus gêmeos, minhas outras metades, sem pensar duas vezes saio correndo e abraço eles.
Sinto a conexão entre nós três, o abraço deles me conforta, me aquece, me sinto segura, sinto paz.
— Eu estava com tanta saudade. — Digo em meio as lágrimas.
— Você precisa de um banho quente e um chocolate. — Lorennzo diz assim que me solta.
— Eu preciso ver meu avô.
— Você não vai querer ver ele assim, parece que caiu da árvore da feiura e foi atropelada por um trator.... — A voz de Arthur soa em meus ouvidos.
Vejo meu primo caminhando em nossa direção.
— Qualé suas antas vocês nem me esperaram, pareciam crianças correndo. — Arthur reclama.
— A nossa pequena estava chegando queria que esperassemos a tartaruga que você é? — Pietro fala rindo.
— Ei! Não quero atrapalhar a reunião em família, acho super lindo esse momento gay, mais tem como a gente ir embora to morrendo de frio. — Justin fala e todos dão risada.
Meus irmãos e Arthur nos leva até o carro.
E o caminho todo até a Mansão Montenegro imagino como será voltar para casa.
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ESMERALDA
RomanceBaixinha, Barraqueira, Desastrada, Smurf, Metida, Grossa, Sem Noção, Princesinha do Papai. Essas com toda a certeza seriam as definições que Lorennzo e Pietro Montenegro dariam para sua irmã caçula ESMERALDA. Depois da Caçula dos Montenegros insis...