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P. O. V. L. O. R. E. N. N. Z. O

Aquela espera estava me agonizando, já fazia 2 horas que meus irmãos estavam presos em salas de  cirurgias e ninguém nem sequer havia dado a importância de me avisar algo.

Estou enlouquecendo, não liguei para meus pais mesmo sabendo que já deveria ter feito, estava adiando minha morte certa.

Ando de um lado para outro, em círculos puxando os cabelos, aos poucos  ficando paranóico.

E se dar tudo errado...

E se eles sofrerem algum trauma...

Ou tiverem alguma sequela....

Ou até mesmo....

Meu Deus Lorennzo pare de pensar.

Me repreendo, tudo vai dar certo, eu sei disso.

Escuto um barulho de porta e um médico sai da sala, como um leão faminto avanço na minha presa procurando informação que alimentasse meu estado de espírito atormentado.

— Eles estão bem Doutor? — Assustado com meu tom de voz, ele se recompõe e toma sua postura de médico.

— Ainda é muito cedo para dizer, eles acabaram de passar por uma cirurgia no momento estão em descanso absoluto. — Ele diz me frustrando.

— E sabe quanto tempo levará para eles acordarem ? — Justin que eu nem sabia que ainda estava ali pergunta.

— Em média? 6 horas, eles precisam descansar bateram o carro com muita força  capotaram muitas vezes e inalaram muita fumaça além do nitro que o carro continha, precisamos esperar para verificar que não sofreram nenhum tipo de dano irreparável.

— Puta merda!! — Chuto a cadeira.

— Calma Lorennzo!! — Justin exclama e me viro  furioso.

— Não me peça calma, não é seus irmãos que estão naquela sala por incompetência sua, não me peça calma se não sabe a sensação de estar perdendo uma grande parte sua. — Ele me olha e abaixa a cabeça.

Sei que estou sendo malvado, mas eram meus irmãos que estavam presos em salas naquele maldito hospital.

— Você deverá chamar seus pais... — ao médico começa.

— Não Doutor, eu sou responsável por eles. — Falo.

— Nesses casos somente seus pais poderão retira-los daqui. — Dito isso ele se retira.

— Não tem como correr vou ter que ligar para meus pais. — Pego meu celular e saio do hospital.

[...]

P. O. V. J. U. S. T. I. N.

Lorennzo estava sendo um cretino, mas eu o entendia seus irmãos estavam correndo um grande risco e ele não sabia como falar para os pais.

Quando ele sai para falar com seus pais deixo meu corpo cair na cadeira e o cansaço me toma.

— Você mudou... — Noah senta do meu lado.

Era estranho ficar frente a frente com ele novamente no meio de todos, ele sempre acostumado aparecer se escondendo por conta

— Como? — Pergunto.

— Você mudou desde a última vez que nos vimos, digo a um ano atrás naquele acidente.

— É eu mudei, era outra pessoa. — à para  rela em meu ombro.

— Sabe...ja que estamos aqui poderiamos conversar certo?  — Concordo com a cabeça.  — Sei que é muito cedo falar disso e logo agora, mas eu estava pensando em voltar pra casa da mãe.

ESMERALDAOnde histórias criam vida. Descubra agora