ep. 71

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Luan: Olha o que você fala hein, isso pode ser usado contra você.

Victoria: Usa, usa mesmo. — falei sensual.

Luan: Não pede arrego e nem grita chorando.

Victoria: Vou gritar pedindo mais e mais! — ele passou a mão discretamente na minha buceta, suspirei e bati na mão dele. — Canalha! — mordi o rosto dele.

Luan: Maldita, meu pau tá quase estourando a bermuda! — ele suspirou frustrado. Ri.

Victoria: Come logo menino! — ele me encarou e voltou a comer. Terminei minha batata, e bebi meu refrigerante.  Esperei ele enquanto eu pensava em uma roupa pra ir nesse tal noivado. Assim que ele terminou, fomos na loja que ele sempre comprava roupa pra ver algo pra ele.  Ajudei ele e o Luan acabou, comprando uma calça e uma camisa. Meu amor ficou um príncipe! Passamos na boticário comprei meu Egeo Dolce e dei um perfume pro meu amorzinho.

Luan: Gostei de você trabalhando. — riu e me abraçou por trás.

Victoria: Acostuma não meu amor! — ele beijou meu rosto, sorri. — Agora vamos na quem disse Berenice e pronto!  — ele tava levando as sacolas e minha bolsa. Particularmente, homem fazendo isso é uma gracinha!  Comprei algumas maquiagens pra mim e fomos embora. Ele me deixou em casa e foi pra casa dele.

Sabrina: Apareceu lindona?

Victoria: Fui almoçar fora, posso? Bença mãe?  — estiquei a mão pra ela.

Sabrina: Deus te abençoe, meu amor. — beijou minha mão.  — Vou no mercado e ja volto.

Victoria: Vai com Deus mãe. — esperei ela sair, fechei a porta e subi pro meu quarto.

Marjorie narrando.

Dias depois. 

Marjorie: Ai que canseira! — passei a mão na testa e suspirei. Atendi meu último paciente, que ficou internado. Um bebê de dois meses, eu lembro tanto do meu Kauan, eu que mal fico com ele. Tentei ser forte, mas não consegui, sai correndo daquela sala e fui pro banheiro aos prantos. Chorando horrores. Minha vida está uma merda, literalmente, eu e o Rael so brigamos, cada vez mais, cada dia que passa fica insuportável a convivência com ele. A pouco tempo atrás descobri que ele me traiu por muito tempo. E com uma amiga da Nataly, minha "sobrinha". Nunca cheguei a ver os dois pessoalmente juntos, mas mensagens e fotos ja vi. A uns dias atrás me mandaram um envelope com várias fotos dos dois por ai, até foto dele batendo na menina. Não sei se quem sinto tanto ódio.  Tratei de me acalmar quando ouvi passos no vestiário. Sai do banheiro, em direção a pia. Me olhei, passei a mão no rosto, respirei fundo e lavei meu rosto, com água bem gelada.  Sequei o rosto. Me troquei e tratei de sair do hospital o mais rápido possível. Fui pra casa da minha mãe pegar meu amor, MEU amor de verdade.  Entrei em casa chamando.

Marjorie: Mãe? — ela tava sentada na sala mimando o Kauan. —  Me derreto com vocês dois.

Patrícia: Olha quem chegou amorzinho. — colocou ele de pé e ele começou a rir. Meus olhos encheram de lágrimas.

Marjorie: Morri de saudade. —  ele esticou os braços, peguei ele no colo. —  Mamãe ta suja, mas assim te pego meu amor. — dei um cheiro nele, que gargalhou.

Patrícia: Não tem coisa mais gratificante que vê vocês dois.

Marjorie: To exausta, nossa. — sentei na poltrona e ele ficou pedindo peito.
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Patrícia: Da peito porque não dei nada pra ele mamar.

Marjorie: Vou dá.  — coloquei o peito pra fora e ele avançou.

Patrícia: Como que ta em casa?

Marjorie: Sem vontade de ir e olhar pra casa daquele homem, só volto pra lá porque la é minha casa, eu comprei com meu dinheiro.

Patrícia: Você aguenta muita coisa, nossa. E porque quer Marjorie, casa você tem! Porque essa daqui seu pai deixou pra você.

Marjorie: Essa é sua mãe, você merece. Eu conquistei a minha, do mesmo jeito que você conquistou a sua e eu não vou deixar tudo de não beijada pra aquele homem safado! — falei bravo.

Patrícia: E passar por tanta humilhação? Você não merece de jeito nenhum isso.

Marjorie: Mãe, eu não ser tão idiota de deixar tudo pra ele desfrutar com aquele vagabunda não. Tão escrota a menina que é amiga da Nataly .

Patrícia: Só não envolve a Nat no meio, porque ela não tem nada a ver.

Marjorie: Eu sei disso. —  suspirei. — Vou embora. — terminei de da mamar pro Kauanzinho, ele arrotou. Peguei as coisas dele.

Patrícia: Qualquer coisa você me liga, cuida do meu neném. —  deu um beijo na testa dele. — Deus abençoe vocês.

Marjorie: Amém. — dei um beijo nela e sai. Coloquei o Kauan na cadeirinha, coloquei as coisas dele no banco, entrei. Buzinei pra minha mãe e sai. Fui dirigindo de boa e pensando na vida. Cheguei em casa rapidamente, sem demorar muito. Estacionei o carro e as luzes estavam acessa. Respirei fundo e sai. Peguei o Kauan e travei o carro. Abri o portão de casa e entrei mesmo não querendo. O traste tava na sala, tão vagabundo que do mesmo jeito que deixei a casa, ainda tava. Ai que me estressei e soltei os cachorros.

Marjorie: Ta doente que não consegue nem levar os copos pra cozinha? — respirei fundo.

Rael: Amor... — falou todo sonso. 

Marjorie: Cala a boca, Rael! — ele me olhou assustado.

Rael: Tá doida Marjorie? Acabei de chegar, tava trabalhando.

Marjorie: Você é descarado demais, não fica nem vermelho de ser tão mentiroso.

Rael: Quer chegar onde com isso? — ele tentou pegar o Kauan do meu colo.

Marjorie: Tira a mão do meu filho!

Rael: Ah não, você ta chapando agora, o filho é meu também!

Marjorie: Vai saber se você não tem outro por ai. Mas essa daqui você não toca enquanto não tomar vergonha nessa sua cara. —  sentei no sofá com o Kauan, liguei o tablet e deixei ele assistindo galinha pitadinha pra ele. — Rael, qual é a sua? Pensou que eu ia ficar sempre sendo sua bobinha? Que come uma na rua de dia e a noite vem querer carinho? Pois é, não sou!

Rael: Seja clara. —  dei uma gargalhada tão debochada e alta, que o Kauan me olhou.

Marjorie: Vamos lá! Quer começar pela parte que sua amante é AMIGA da SUA SOBRINHA ou pela parte que você tem amante a um bom tempo? Ahhh e achando que eu nunca iria descobrir?

Rael: Eu não tenho mais caso com ninguém!

Marjorie: Não agora né?  Porque a algum tempo atrás. — abri a gaveta do móvel da sala e peguei o envelope. Tirei as fotos de dentro e joguei em cima dele.

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