Bianca: Não!
Guilherme: Sim! E sai daqui! — ela ficou imóvel me olhando. — AGORAAAA! — berrei perto dela e a mesma saiu chorando e cambaleando. Entrei no carro batendo a porta nervoso. Passei na biqueira, aproveitei que tinha alguns soldados lá pra passar o papo. Desci do carro, deixando o mesmo aberto ainda. — Dá uma atenção geral aqui, vou ser breve e direto! — falei num tom alto, chamando a atenção de todos que estavam presentes. — Não quero que deixem uma tal de Bianca, subirem na minha favela! De maneira nenhum, e quem deixar, vou cobrar! — disse sem paciência. Sai andando e começou o falatório, olhei pra trás e os encarei. — ENTENDERAM? — gritei. — Vão trabalhar, porra! — por fim entrei no carro e acelerei pra casa, já tava bruxo, cheio de sono. Deixei o carro na rua e entrei. Ouvi o choro da Antonela, sorri e fui pro meu quarto, a Isabeli dormia, fechei a porta com cuidado.
Isabeli: Amor? — disse sonolenta. Olhei pra ela que sorri. Essa mulher é o máximo! — Desculpa, eu dormi.
Guilherme: Ta tranquilo, minha gata! — dei um beijo nela e cheirei a mesma — Vou tomar um banho e já volto. — ela concordou me dando um selinho. — Amo você, mulher!
Isabeli: Também, vagabundo. — ela sorriu e eu fui pro banheiro. Me despi e tomei meu banho, tirei todo o álcool do corpo. Sai do box, passei desodorante, me sequei e fui pro quarto com a toalha na cintura. Coloquei uma cueca e me joguei na cama, puxei a Isa, pra perto de mim e abracei a mesma, apertando bem.
Guilherme: To inteiro e com você.
Isabeli: To morta, amor. — suspirou.
Guilherme: Pode descansar meu amor. — beijei a cabeça dela. Abracei mais ela e fiquei fazendo carinho da cabeça dela até a mesma dormir. E eu continuei acordado
Bruna narrando.
Terça feira, 10:15.Terminei de vesti a Antonela, peguei a bolsa dela e fui pra sala. Hoje era dia de pediatra. Coloquei ela no carrinho enquanto tomava café.
Bruna: Bom dia, bom dia. — disse sorrindo.
Isabeli: Bom dia Bru.
Guilherme: Tá de saída? — disse enquanto tirava a Antonela do carrinho.
Bruna: Dia de pediatra. Vou de uber. — sentei na mesa.
Guilherme: Nada disso, Diego te leva! — encarou o Diego.
Diego: Nem rola, to enrolado.
Isabeli: Nada disso, sua filha é sua prioridade!
Bruna: Não precisa! Eu vou sozinha, com minha filha, já que eu faço o papel de pai também!
Nataly: Clima esquentou. Estou indo pra loja. — foi saindo.
Diego: Não sei pra que isso, ta querendo chamar atenção, Bruna? — disse me intimando.
Bruna: É a verdade, dói né!? — bati de frente.
Guilherme: Chega! A Isabeli leva você la e pronto! Diego, não preciso de você hoje.
Diego: Porra! Todo mundo contra eu nessa casa? Que foi?
Guilherme: Que foi? — disse irônico. — Que foi que você ta folgando demais dentro de casa, e você é pai e tem que ter responsabilidade. — disse exaltado e peitando ele.
Diego: Tô de saco cheio de ficar em casa!
Bruna: Como que é Diego? Fica com tua mulher e com sua filha é um saco?
Isabeli: Bru, vamos. — disse tentando amenizar a situação.
Bruna: Deve ser por isso que fica na rua, procurando outros agrados. — peguei a Antonela do colo do Gui. — Fica você, porque não volto pra aqui hoje! — peguei a bolsa e sai. A Isabeli apareceu, destravou o carro, coloquei a Antonela na cadeirinha e entrei em seguida. Com a Isa dando partida. Suspirei fundo.
Isabeli: O que está acontecendo com vocês? — ela me olhou.
Bruna: Diego, depois que a Antonela nasceu, ele simplesmente se transformou.
Isabeli: Ele é muito novo, emocionado, não sabe o que é ser pai.
Bruna: Não tem disso Isa, eu também sou nova e aprendi a virar mulher e mãe ao mesmo tempo!
Isabeli: Eu sei disso, longe de mim defender ele. Mas você sabe, mulher amadureça mais que homem e mais rápido também.
Bruna: Sim, mas eu preciso dele, não queria criar a Antonela sem pai, mas se for preciso eu vou criar, porque entre ter um pai que cuida de qualquer jeito e um que não "existe", prefiro que ela fique sem! Não vou viver com o Diego por causa que temos uma filha!
Isabeli: Bruna, vocês tem que conversar.
Bruna: Como conversa com um ser que vive na rua e quando ta em casa, fala que tá um saco? Não tem como!
Isabeli: Isso não posso intervir, eu como mãe, vou conversar com ele sobre o comportamento dentro de casa. — encerrou o assunto. Dei meu celular com Galinha pintadinha pra Antonela. Em pouco tempo chegamos no hospital. Minha sogra estacionou o carro.

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Destino {M}
Teen Fiction"Ninguém entendia o porque dela sempre voltar pra ele. Ninguém ouvia o que ela ouvia dele. Ninguém via o que ela via nele. Ninguém sentia o que ela sentia por ele. Ninguém sabia que, por mais doloroso que parecesse pra ela ficar, era inimaginavelmen...