ep. 75

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Rael narrando. 
Dias depois.

Agora estou estabilizado, meu inquilino desocupou minha casa aqui no morro e eu estou morando sozinho. Agatha nunca mais, tivemos uma briga feia e eu entendo o lado dela.
Eu e a Marjorie? Vejo ela sempre, mas não passa de amizade, temos contato por conta do meu moleque e não passa disso. Cheguei da boca mortão, tomei um banho e cai na cama. Peguei meu celular e senti ele vibrar.

| whats on |

Marjorie: Rael, tá ocupado?

Rael: Não nega, porque?

Marjorie: Consegue vir aqui em casa?

Rael: Consigo sim! Aconteceu alguma coisa com meu pivete?

Marjorie: Não kkk calma... quero conversar com você.

Rael: Tranquilo pô. Já já tô aí.

| whats of |

Fiquei curioso, me troquei, peguei a chave do carro e sai de casa, cheguei na casa dela em questão de minutos e toquei a campainha.

Marjorie: Veio rápido ein? — riu. — Entra aí. —  entrei e fui direto pra sala.

Rael: Fala aí pô, tô curioso. — ri nervoso.

Marjorie: Então... — deu uma pausa. — Quero esclarecer umas coisas entre nós dois. — fiquei mais nervoso ainda. Como assim?

Rael: Pode falar. — sentei no sofá.

Marjorie: Acho que eu seria muito injusta tendo a reação que tive com você e não contar toda a verdade. — ela se sentou no sofá da frente.

Rael: Que verdade? — cocei a cabeça.

Marjorie: No começo da nossa relação, eu tive envolvimento com meu primo e ficamos quase um ano nisso, mas depois eu acordei pra vida e vi que não era isso que eu queria.

Rael: E porque você surtou comigo quando descobriu que eu ficava com a Ágata?

Marjorie: Por ciúmes, por inveja, por tudo. E eu não achei justo ir embora antes de falar com você.

Rael: Ir embora? — falei surpreso.

Marjorie: Sim Rael, o hospital vai me transferir pro interior e eu queria saber se você não quer ir junto. — ela segurou minha mão. — Você correu tanto atrás de mim e agora sou eu aqui atrás de você. Se não quiser ir, eu entendo, mas eu te amo muito pra me conformar, eu rezo tanto pra que um dia você mude, e não seja mais tão safado assim, e quem ama perdoa, eu te perdoei Rael, e quero nossa família de volta.

Rael: Eu topo morena, claro que eu topo! Com você e com meu filho eu mudo e vou até o fim do mundo. — dei um selinho nela. — Eu me arrependo de tudo que fiz com você e não tô dizendo da boca pra fora não, hoje eu vejo que nada paga minha família unida e não quero perder isso mais uma vez. — abracei ela.

Victor narrando.

Eu não poderia estar em uma fase melhor com a Nataly, estávamos pensando em avançar um passo no nosso relacionamento e comprar um cantinho nosso, só nosso. Estava no horário de almoço na loja, quando a Amanda me chamou.

Amanda: Eu preciso falar com você, tá livre?

Victor: Tô pô, fala aí. — fui pro lado pra ela sentar.

Amanda: Victor, eu tô grávida. — ela foi direta e entregou um teste de farmácia depois um de sangue.

Victor: Que? Não é possível! — bati na mesa.

Amanda: É possível sim! Eu tô de dois meses Victor, e eu espero que você seja homem e assuma o que você fez! — ela gritou.

Victor: Fala baixo, tá ficando louca de gritar comigo?

Amanda: Tudo que eu mais queria era formar uma família com você Victor, mas porque você complica tudo? — ela alisou meu rosto.

Victor: Amanda tira a mão de mim! — me levantei. — Quando estiver no tempo, eu vou fazer um exame de DNA e se realmente for meu, eu vou assumir e dar tudo que precisa.

Amanda: Mas e nós dois Victor? — seus olhos lacrimejaram.

Victor: Se contenta, a nossa relação vai ser limitada ao nosso filho, apenas! Licença. — sai andando e desci pra loja. Agora? Eu tô sem rumo, não sabia o que fazer, mas de uma coisa eu sei, eu não posso esconder isso da Nataly, saindo daqui iriei contar pra ela.

Nataly narrando.

São Paulo, 5 de Abril de 2017.
Aniversário Nataly. 

Nataly: Não faço ideia de qual roupa uso. — sentei na cama.

Victoria: É até pecado você falar isso, pelo amor. — revirou os olhos. — Olha o tanto de roupa Nataly!

Nataly: E você vai por qual?

Victoria: Vestido! Mas essa minha barriga marcando tá foda! — suspirou.

Nataly: Você não malha, sedentária que só só porra e come que nem um boi, quer o que? — ela mostrou dedo. Me levantei e fui procurar uma roupa, era 18h17, ainda ou já. Meu celular começou a tocar e era a Ágata.

| início de ligação |

Nataly: Fala piranha! — ri.

Ágata: Meu amor, parabéns, muitas felicidades. Te amo muito, amiga.

Nataly: Obrigada gatinha. Você vem ne!? — disse animada.

Ágata: Ai amiga é melhor não, depois do rolo com seu tio.. — suspirou. — Acho que não sou bem vinda pela sua família.

Nataly: Ih,  desencana. Você é bem vinda por mim, é a minha festa e pronto!

Ágata: Faz assim, se eu for te aviso ta bom? Se eu não for aproveita bastante. Amo você.

Nataly: Também amo você, amiga. Fica com Deus.

Ágata: Beijos..

| fim de ligação |

Victoria: Ela vem?

Nataly: Acho que não amiga. — ficamos ali decidindo qual roupa eu iria usar, e a Vic ja tinha escolhido a dela.

Isabeli: Vou ir no salão ver como que tá.  — avisou.

Nataly: Qualquer coisa me fala. — ela saiu. A Bruna entrou no quarto.

Bruna: Aniversariante mais linda! — ela tava com a neném no colo. — Dá parabéns pra dinda, Antonela.

Nataly: Ai que riqueza, meu amô.  — peguei no colo e ela sorriu.

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