cap. 87

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Victor: Ta pronta gatona? — disse entrando no quarto, fui logo pegando minha bolsa.

Nataly: Sim amor! — dei um selinho nele. Descemos e entramos no carro. Ela deu partida.

Victor: Vou ser bonzinho de te levar na churrascaria.

Nataly: To com muita vontade, carninha, aí papai. — minha boca encheu d'água so de imaginar.

Victor: Tá parecendo até grávida, menina! — apertou minha coxa.

Nataly: Ta doidinho é? — ri.

Victor: Qual o mal nisso, pra fazer compania pra Pietra.

Nataly: Amor, não! — sorri e encerrei o assunto. Deus sabe que eu não estou negando meu filho, e Ele também sabe que é por uma boa causa, esse neném vai ser revelado na melhor hora de nossas vidas. Fomos ouvindo Henrique e Juliano até a churrascaria.

Victor: To morrendo de vontade de comer coração.

Nataly: Eca!!! Sai fora mor. — simulei um vomito

Victor: Você come fígado, sua ridícula.

Nataly: Fígado acebolado com arroz branco, ummm... Que vontade. — disse imaginando aquela combinação maravilhosa. Assim que chegamos no estacionamento do restaurando, o celular dele tocou...

Victor narrando.

| início de ligação |

Victor: Alô? — disse descendo do carro e atendendo aquele número desconhecido. — Dona Lourdes calma... eu tô indo pra aí! — vi o desapontamento no rosto da Nataly se formando.

| fim de ligação |

Nataly: O que foi? — disse entrando no carro.

Victor: A Amanda tá no hospital desacordada e com sangramento, vão ter que fazer o parto com emergência... — ela me olhou assustada.

Nataly: Vamos logo! — disse assustada. Cheguei no hospital às pressas, encontrei a família dela lá e quando viram a Nataly me repreenderam com o olhar.

Victor: Eu não quero brigas aqui por causa da Nataly, pede só isso pro seus familiares... — disse pra mãe da Amanda de lado.

Lourdes: Ela... ela não tá bem meu filho. — me abraçou de lado e eu fiz o mesmo.

Victor: Tudo vai dar certo! Ela vai ser forte e vai conseguir.

Ficamos sentados à recepção durante umas duas horas, até o médico aparecer.

Dr: Familires de Amanda? — tinha o olhar triste. — Infelizmente ela não resistiu. Ela teve uma hemorragia interna e não conseguimos cessar...— nessa hora apenas ouvia os gritos da mãe dela, meu mundo parou quando parei pra pensar na minha filha.

Victor: E a minha filha? — disse nervoso. — Você deveria ter feito alguma coisa, você é médico, deveria ter salvado ela! - gritei.

Nataly: Victor calma! — me puxou pra perto dela.

Dr: Sua filha está bem, ela nasceu linda, porém prematura e precisará passar alguns dias no hospital. Mas infelizmente, eu não tinha mais pro que recorrer, me desculpem. — saiu andando.

Victor: Eu quero ver ela, agora!

Lurdes: Cade minha filha? Eu preciso ver ela. — disse desolada.

Dr: A senhora tem certeza?

Lurdes: Absoluta! — ele saiu com ela. E uma médica veio até a sala.

Dra: Quem é o pai da neném?

Victor: Eu! Quero ver a menina!

Dra: Por aqui. — fui seguindo ela. Entramos numa salinha. Tive que colocar tipo um avental por cima da minha roupa e entramos na sala que ficavam os bebês. Paramos num "berço". — Essa é a guerreira mais linda daqui. Qual o nome?

Victor: Pietra Cassimiro Torres. — sorri. — Posso pega lá?

Dra: Claro. — colocou ela em meus braços e se afastou.

Victor: Oi, você é meu novo amor e também meu eterno amor. Vou cuidar de você bem direitinho, com todo amor. A mamãe foi morar com o papai do céu. — disse com os olhos lacrimejando. — Ela era demais. Mas você ganhou uma mamãe postiça que é o máximo também, o nome dela é Nataly, prometo que junto com ela vamos te fazer a melhor pessoa. Eu já amo você demais, desde que soube que você era minha, a minha Pietra. — sorri e dei um beijo na testa dela. E a mesma abriu os olhinhos, me desabei em lágrimas. A mãe da Amanda se aproximou.

Lurdes: O que me conforta é saber que foi a minha filha que gerou essa graça de Deus! Sou grata à você também, ela viveu tempo bom quando estava com você, e deixou a Pietra com nós. Ta doendo, mas me conforta saber que ela está com o Pai de tudo isso! — sorriu, sorri de lado e a mesma saiu.

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