ep. 55

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Victor narrando.

Ta sendo bem difícil, isso eu confesso e não nego. Depois que teve a festa na loja que eu trabalho pra comemorar a melhor meta que alcançamos durante um determinado período do ano, nunca alcançado. Foi aí que eu fiquei mais próximo da Amanda, aquela Amanda que a Nataly ODEIA! Sempre soube que a Amanda é aquele tipo de menina que quem ver quer por perto. Bonita, simpática e sem frescura. Trabalha pra sustentar a família, sua mãe e seus irmãos mais novos. A pouco tempo soube do real motivo da treta da Maria Júlia e da Nataly, soube por um parceiro meu e é por causa de macho, resolvi deixar quieto essa história, porque é coisa do passado, e já que ela nunca quis trocar esse papo comigo, resolvi nem remexer passado dela. A gente já tá se estranhando algum tempo, mas NUNCA coloquei em questão o passado dela, isso não é da minha índole, passado dela, não tenho nada com isso. E mesmo eu estando distante dela nunca deixei de amar ela, ela é a mulher da minha vida. Mas infelizmente, acabo passando mais tempo com a Amanda, e querendo ou não o contato é grande. Luto pro "pior" não acontecer, mas é difícil. Estava na festa da priminha da Nat, a Valentina.

Victor: Onde é o banheiro, viado? — perguntei pro Luan. — Vou entregar minhas coisas pra Nat.

Luan: Na segunda porta da sua direita.

Victor: É isso viado! — cumprimentei ele e sai. Assim que cheguei na porta do banheiro, dei de cara com a Nataly abraçando o pau no cu do Rafael. Meu sangue subiu, quando tava me aproximando a Vic me segurou.

Victoria: Victor... — ela me olhou e a Nataly soltou o moleque.

Victor: Melhor eu ir embora! — falei com o sangue fervendo e louco pra trocar uns murros com esse tal de Rafael.

Nataly: VICTOR! — ela me gritou e eu sai dali bravo.

Diego: E ai parceiro, que foi? — ele me segurou.

Victor: Tá tranquilo, parça! — abracei ele e soltei — Na melhor nós troca essas ideias, demoro?

Diego: Vai sair fora?

Victor: Vou! Agradece o pessoal aí! — abracei ele novamente e fui pro meu carro. Entrei no mesmo e sai. Só parei de acelerar no semáforo. Por fraqueza minha algumas lagrimas escorreram. Encostei minha cabeça no volante, levantei quando ouvi buzinas, o final estava aberto. Comecei a dirigir sem rumo. Meu celular não parava de tocar e era a Nataly. Meu ciúmes falou mais alto sim. Pô, ela é minha mulher. Eu sou errado sim, não sei o que tá acontecendo. Comecei a dirigir sem rumo qualquer. Parei num praça longe da favela, perto do meu trampo e fiquei ali um bom tempo pensando.


Fechei meus olhos por um bom tempo e bateram no vidro, levei aquele susto. Passei a mão no rosto pra despertar, não que eu tivesse dormindo, mas... abaixei o vidro e era a maluca da Amanda. Sorri e abri a porta. Sai, me estiquei.

Amanda: Ta perdido, maluco? — ela me abraçou.

Victor: To nada pô, conheço bem a área, tá ligada. — soltei ela — Vim pensar na vida. — encostei no carro.

Amanda: Problema em casa?

Victor: Na vida, no relacionamento. — suspirei.

Amanda: Quer conversar? — concordei. Esperei ela entrar no carro e entrei também. Sai dali e parei numa rua sem saída, bem deserta. — Sou sua ouvinte. — ela riu, sorri.

Victor: Amanda, o problema é você, acho que estamos se entendendo mal.

Amanda: Oi? — ela me olhou.

Victor: É caralho, desde aquela festinha na loja, a gente se aproximou e você sabe disso! — ela concordou.

Amanda: E você não gostou dessa aproximação? — disse sem jeito.

Victor: Claro que sim! Mas estamos levando as coisas pra um rumo que não pode. Eu namoro, você também sabe disso e eu amo ela. Mas meu contato e o seu ta demais, o que tá me deixando doido. — ela sorriu — E isso não é o certo.

Amanda: Quer que eu me afaste?

Victor: Não é isso. É que to me perdendo com a Nat. — ela me olhou meia com ciúmes, foi nítido. — E não é isso que eu quero. Acho você dahora pra cacete, mas temos que tomar um cuidado.

Amanda: Victor, eu me apaixonei por você. — disse tímida. — Não sei como e nem o porque, mas me apaixonei rapidamente.

Victor: Amanda! — reprovei.

Amanda: Eu preciso disso! — num piscar de olhos ela foi parar no meu colo e me beijando. E eu acabei correspondendo. O desejo era maior que qualquer outro sentimento. Ela tirou minha camisa e foi me arranhando de leve e me beijando com o jeitinho diferente dela. Apertei cada parte do corpo dela. Ela foi beijando meu pescoço e minha barriga. Gemi baixinho. Tirei a blusa dela, tendo visão dos peitos dela. Puta que pariu! Gemi novamente. Apertei os peitos dela.

Victor: Nossa! — falei gemendo e olhando aquela maravilhas em minhas mãos. Ela mais assanhada, abriu o sutiã jogando no banco do passageiro.

Amanda: Victor, eu te amo! — ela deu um sorriso lindo e eu acordei do transe.

Victor: Amandinha, me desculpa, eu não posso continuar. — abaixei a cabeça e ela se sentou no banco. — Posso te deixar na sua casa?

Amanda: Pode. Vou te explicar o caminho. — ela foi explicando e colocando a blusa. Deixei ela em casa e fiquei dando voltas de carro, o que eu estou fazendo da minha vida? E meu relacionamento com a Nataly? São anos e eu entreguei pro lixo de bandeja. A Nataly é uma menina maravilhosa, dedicada, ela tem qualquer um ao seu redor e eu fiz o que? Vacilei com ela. Liguei uma, duas, três, ela não atendeu. Peguei o caminho pra casa dela, em 15 minutos estava lá. Pulei o muro e por sorte a janela dela estava aberta, vi de longe seu rosto vermelho, soluçava de tanto chorar.

Nataly: O que você tá fazendo aqui? — ela se enrolou no lençol e sentou na cama.

Victor: Eu vim conversar com você, a gente precisa se resolver.

Nataly: Victor, eu já sei que é a Amanda que está se envolvendo no meio da nossa relação, eu já sei de tudo, já vi as mensagens no seu celular, já vi o pessoal no grupo da festa da sua empresa. Te peço desculpas por ter errado em algum momento e ter feito você ficar nessa indecisão, eu sei que não sou a melhor mulher do mundo, mas tentei ser a melhor pra você.

Victor: Nat, não é assim... — ela me interrompeu.

Nataly: Victor, por favor, eu não quero explicações e piorar tudo, pode ir embora com a sua consciência limpa.

Victor: Eu fiquei com ela hoje Nataly, eu encontrei num momento de fragilidade, ela veio pra cima de mim e me beijou, mas eu pensei em você na hora, e não consegui fazer mais nada.

Nataly: Eu não vou gritar, chorar, te bater. A dignidade é sua, e foi você quem acabou com ela. Não é o traído que é errado, e sim quem traiu. - aquilo me doeu mais que um tapa na cara, comecei a chorar na hora. - Para de chorar por favor. O tempo é esperto, tudo vai ser na hora dele, se ele quiser a gente de volta, vamos voltar. Agora segue sua vida, seja feliz da forma que você sempre quis, eu não vou te impedir. - olhei pra ela.

Victor: Nataly, eu errei e errei muito, mas eu amo você.

Nataly: Amor não enche barriga não, o que eu queria de você era respeito, respeito por mim e pela gente. Mas o que você fez? Na primeira brecha foi e me traiu. E você sempre soube que traição não admito! Então, você fez a sua escolha, espero que você não se arrependa lá na frente. Porque pode ter certeza ABSOLUTA, que você pode ter certeza que JAMAIS irei me arrepender de nada, nada que fiz por você.

Victor: A gente não pode terminar, Nataly, não pode! — me levantei e fiquei na frente dela.

Nataly: Me solta! E sai daqui antes que meu pai pegue você aqui, sério. — ela levantou me empurrando pra janela de onde eu vim.

Victor: Por favor mano! — implorei.

Nataly: Esse é o nosso fim! — ela disse fria. Respirei fundo, esfreguei minhas mãos no meu rosto e sai acabado dali.

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