Perder meus pais tão cedo nunca esteve nos meus planos. Ir morar com um desconhecido também não estava. Eu sempre achei que meus pais não haviam segredos; mas com o passar do tempo eu percebi que estava enganada. Tudo o que eu vivi foi construído a...
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- Fico feliz que tenha conseguido falar com você. - a voz doce preencheu os ouvidos de Justin.
- Á que devo a honra da sua visita? - O loiro pergunta gentil, levando-a para a sala de estar. Sorriu ao ouvir o choro do bebê abafado pela distância.
- Seu filho? - ela pergunta atrasando o motivo de sua visita.
- Filha. - Ele responde tentando esconder o sorriso que ia de orelha á orelha. A vida dele estava finalmente se estabilizando, após tantas escolhas erradas, ele finalmente sentia que tinha feito uma certa.
- Que maravilha! Estou feliz por você.
- E então Joan? O que houve? - A mulher de cabelos escuros revela o seu semblante carregado de medo e preocupação. Assustado, o loiro se aproxima e segura suas mãos.
- Ah Justin, eu estou preocupada com a minha filha. - Joan enxuga as lágrimas teimosas que caíram.
- O que aconteceu com ela?
- Não é com ela. Temo que algo acontecerá comigo e meu marido. Ela ficará sozinha.
- Joan, nada acontecerá com vocês. Que preocupação é essa? - Ele estava estranhando o rumo no qual a conversa estava levando.
- Ah querido! Eu sinto que já aconteceu.
- Alguém está ameaçando vocês, ou algo do tipo? - A mulher nega com a cabeça diversas vezes. O clima lá fora estava um caos assim como o coração da mesma. A chuva caía violentamente e batia nos vidros fechados do apartamento de Justin provocando um barulho abafado.
O silêncio tomou conta do ambiente. Nem mesmo o choro da criança que até segundos atrás preenchia o apartamento, não estava sendo ouvido.
- Só me prometa uma coisa. Por favor. - O loiro assentiu sem hesitar.
- Claro, Joan. Faço qualquer coisa pela sua família.
- Se algo acontecer conosco, eu preciso que cuide da minha pequenina. Por favor, eu te imploro. - Joan parecia apressada e o pânico tomava conta do seu corpo. Justin assentiu na esperança de conseguir acalmá-la.
- Mas é claro! Eu cuido. Mas me explique essa história direito! - pediu.
- Não há tempo. Eu preciso ir.
- Joan! - ele se levanta. - Você não vai á lugar algum. Se tem alguém ameaçando vocês, eu posso ajudar. Você sabe muito bem disso.
- Eu sei. - ela sorri fraco. - E cuidando da minha filha, você irá nos ajudar bastante. - Ela se despede já aliviada por ter conseguido falar com o loiro á tempo.
- Joan... - Justin começa na esperança de dizer algo que á convença a ficar.
- Muito obrigada, querido. - Joan caminha até a porta, e com um sorriso forçado se despede, desaparecendo logo em seguida.
Pensou em ir atrás dela, mas seu corpo não se movia. Torcia para que fizesse a escolha certa em deixar a mulher ir sem se explicar. A preocupação em seu rosto era nítida, e não havia nada que pudesse ser feito, já que aparentemente, ela já havia ido embora.
A de cabelos longos e escuros aparece no degrau da escada, apenas com um roupão de seda vermelho.
- Amor? O que Joan queria? - Justin caminha até a namorada e beija sua testa em um gesto protetor.
- Eu não entendi, ela parecia tão abalada. Amanhã falo com ela. Vamos dormir. - Ela concorda e ambos sobem os degraus até o segundo andar.
Antes de ir para o quarto, o loiro vai até o quarto da filha onde a encontra de olhinhos fechados, agarrada á sua ovelha de pelúcia.
- Papai ama você. - Ele diz sem emitir som para não acordar a pequenina.
[...]
No meio da noite, ele é acordado com um telefonema. Rapidamente, ele desliza o dedo na tela para atender a chamada e não acordar a que dorme tranquila ao seu lado.
Estranhando a ligação do número desconhecido, ele se levanta antes de responder qualquer coisa e sai do quarto para que sua amada não acordasse e, que ficasse preocupada com a ligação neste horário.
Com a voz sonolenta, ele levou o celular até a orelha e finalmente disse algo.