Prólogo 2

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Christopher Uckermann:

Julho de 2016

Ela parou como uma virgem vestal nas portas, seu olhar azulado era ártico, varrendo o corredor até colidir com o meu. Ela mascarou bem os seus pensamentos, mas quando ela estivesse debaixo de mim esta noite, eu a teria. Eu exploraria seu prazer. Sua dor. Eu teria cada centímetro dela.

Ela já pertencia a mim, mesmo que não concordasse com a ideia. Eu me perguntava o que faria com ela hoje à noite. Se eu teria que afastar as suas pernas e segurá-la, mergulhando o meu pau no seu sangue virgem. Eu precisava tirar esse pensamento da minha cabeça, no entanto. Não seria correto estar diante de Deus e do padre, duro como uma rocha.

Eu a observei quando ela começou a andar pelo corredor: Deslumbrante, impressionante - E no braço do meu irmão gêmeo. Ela recusou o seu avô.

Beleza, isso mesmo.

Ele merecia apenas o seu ódio. Seu cabelo grosso e castanho, com suas tranças intrincadas, estava arrumado em cima da cabeça. Mesmo com a renda cobrindo seu rosto pálido, eu podia ver seus olhos, fixos e acusadores, queimando em mim, ao contrário dos seus lábios macios, fartos e inocentes, quase angelicais.

Quando ela chegou até mim, meu irmão levantou o véu do seu rosto. O olhar que eles trocaram me irritou. Eles se tornaram amigos rapidamente. Antes de entregá-la a mim, ele me perfurou com um olhar de clara desaprovação. Como se o que eu estivesse fazendo, fosse para o meu divertimento. Não sendo para o dele também. Parecendo que eu não merecia tudo o que tenho, depois de tudo o que passei. Seu olhar duro, acusando-me de roubar esta noiva virgem, como se eu fosse algum tipo de monstro.

Bem, ele não passou pelo tormento que suportei nos últimos anos, então ele que se dane.

Desviei meu olhar do meu irmão para Dulce, olhando-a, vendo-a no vestido que eu escolhi. Ela estreitou os seus olhos para mim, mas ela não lutou, não quando eu cobri sua mão com a minha, não quando eu a puxei para ajoelhar-se diante de Deus.

E quando chegou a hora de prometer amar, cuidar e obedecer - Sim, eu me assegurei de incluir o voto de obediência - Dulce falou às palavras que selaram o seu destino e o meu.

Eu prometo.

Após prometer isso, ela era minha. E quando estávamos de frente um para o outro, como marido e mulher, nos enfrentando, eu envolvi a minha mão na sua nuca e a puxei para mim, reclamando a sua boca com a minha, anunciando a qualquer um "Caso tivesse alguma dúvida, que eu possuía esta mulher".

Ela era minha.

E o que era meu, nenhum homem poderia separar.

Porque eu mataria qualquer bastardo que tentasse.

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora