Capítulo 25 Parte 1

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Christopher

Ela pensou que me amava.

A raiva de Moriarty era real. Seu ódio por mim, era porque eu era filho do meu pai. Ele não se importava com o dinheiro que pensava que era devido. Isso não importa. O que ele queria era a dizimação da minha família. Porque essa era a única maneira que ele poderia ter sua vingança. Vingança contra a minha mãe por não o ter escolhido. Vingança contra meu pai por ser quem ela amava. O que ela escolheu.

Ele queria a casa, a terra, para a destruir.

Eu já sabia que ele não iria parar. Minha vida, foi perdida. Mas a dela? Eu não podia deixá-lo destruí-la por causa de mim.

Eu assisti o doce rosto de Dulce, seus confiantes, inocentes, esperançosos olhos. Ela acreditava que me amava. A coisa era, no momento em que ela disse isso, eu sabia disso também. Eu a amava a muito tempo.

E era exatamente por isso que eu tinha que deixá-la ir.

Endureci meu rosto e fiquei de pé.

Ela permaneceu ajoelhada aos meus pés.

— Há apenas um problema, Dulce. Eu não te amo. — Como a minha voz estava tão forte, eu não tinha ideia. E quando eu vi seu rosto enquanto ela processava minhas palavras, eu tinha que congelar meu coração para não abaixar e envolver meus braços ao redor dela, segurá-la contra mim, dizer a ela que eu estava mentindo. Que eu a amava. Dar-lhe a verdade que eu prometi a ela que sempre teria comigo.

Porque agora, eu era o maior mentiroso de todos.

— Eu não te amo — eu repeti.

— Eu não acredito em você.

Ela sentou-se sobre os calcanhares, os dedos fechando em torno das roupas ainda espalhadas no chão da capela.

— Bem, acredite. Eu gostava de foder você. Eu gostei de brincar com você, por um tempo. — Eu a empurrei com o meu joelho, levantei-me e caminhei alguns passos até onde os pedaços do crucifixo quebrado estavam no chão. Me dobrando, eu os peguei, segurando a imagem de Cristo na minha mão.

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora