Capítulo 20 Parte 3

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— Você pode ver como ela não estar aqui pode ser mais seguro para ela? Fora do alcance de Moriarty.

— O que você deve a ele?

— Eu não devo nada a ele. Meu pai, por outro lado, devia-lhe meio milhão de dólares.

Sua boca se abriu.

— Meio milhão de dólares? — Eu balancei a cabeça. — Por quê?

— Ele roubou dele. Como o maldito idiota que era.

— Você não pode simplesmente pagá-lo?

— É meio milhão de dólares, Dulce. Além disso, não é a minha dívida para pagar. Se eu pago isto, eu estaria enviando uma mensagem. Quero que saiba que eu não vou pagar pelos erros do meu pai. Seus pecados são dele. Eu não sou seu bode expiatório.

— Sobre o que são todas as suas reuniões?

— Vinhedo. Estou pensando em vender.

— Vender a terra?

— A terra. A casa. Tudo isso.

— Christopher...

— Eu me pergunto se não seria melhor. Me afastar de tudo. Começar de novo.

— Mas a casa. É onde você se lembra de sua mãe. Seus irmãos. Você disse que é onde você se lembra de ser feliz. Se fosse eu, e eu tivesse algo de meus pais, eu não desistiria, não importa o quê.

Será que ela achava que eu tomei essa decisão levianamente? Ficamos em silêncio por dez minutos.

— Seu pescoço, Dulce — eu finalmente disse. Ela colocou uma mão ao redor dele. — Eu sinto muito. Eu posso ficar muito.... Com muita raiva.

— Percebi.

Virei-me para ela.

— Eu não quero te machucar.

— Então, não machuque. Você tem que descobrir como lidar com a raiva.

— Como você não me despreza?

— Como eu poderia? Como eu poderia te odiar? Você é uma vítima. Talvez mais do que eu.

— Eu não sei se há graus ou se eles importam.

— O que seus irmãos pensam sobre a venda?

— Não importa. Eu sou o dono.

— Christopher, você quer...

— Ainda não decidi — falei honestamente. — De qualquer maneira.

— Mas...

— Deixe isso, Dulce. Eu preciso pensar.

— Você faria isso?

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora