Capítulo 6 Parte 2

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— Não seja dramática. Não me lembro de te nocautear e arrastá-la. Além disso, eu não te trouxe exatamente para um calabouço.

— Você sabe o que eu quero dizer.

— Dá um tempo, Dulce. O uísque vai ajudá-la a dormir. Isso é tudo. — Ele parecia repentinamente cansado.

— É só que... — Eu comecei a dizer, peguei a caneca, e a cheirei, sentindo-me um pouco envergonhada. — Eu só realmente nunca bebi muito.

Suas sobrancelhas se ergueram.

— Estamos adicionando beber a lista de coisas que você não fez?

Eu dei-lhe uma olhada, em seguida, baixei os olhos. Eu sabia exatamente a que ele estava se referindo. Determinada a não lhe dar mais uma coisa para me provocar, eu tomei um pequeno gole. Meus lábios queimaram.

— Define muito. Você tinha que ter festas naquela escola, mesmo que o seu velho avô estúpido trancasse o licor.

— É claro que tivemos festas. — Eu só não participava na maioria das vezes. Eu nunca gostei muito delas, preferindo passar o tempo lendo ou estudando. — Eu tomei um pouco de cerveja e vinho.

— Já provou algum dos vinhos da sua família?

Eu sorri.

— Cláu e eu escapamos e bebemos um pouco no Natal.

— Meninas más — disse ele, sua expressão novamente zombeteira.

— Não tire sarro de mim.

— Você gosta de seguir as regras?

— Você gosta de quebrá-las?

— É muito mais divertido do que sempre fazer o que dizem.

Por que eu me importava com o que ele pensava de mim? Se ele me achava ridiculamente chata? Porque eu me importava?

— Eu nunca dei muita atenção sobre segui-las. — E por que diabos eu estava me defendendo?

— Então?

— Eu tenho certeza que sou muito chata, considerando sua história colorida. — O rosto dele endureceu e eu desejei não ter dito isso. O que aconteceu com seu pai, que não era culpa dele. Eu sabia. — Eu sinto muito. Eu não queria...

— Está tudo bem. — Ele terminou sua bebida e serviu outra.

— Onde você estava? — Perguntei, dolorosamente consciente de sua beleza nua do outro lado da mesa, tentando não olhar.

— Gail me disse que eles estavam tendo alguns problemas com a caminhonete de serviço. Eu fui dar uma olhada.

— Caminhonete de serviço?

— Há campos do outro lado da propriedade. Nós vendemos o feno para os fazendeiros locais. Eu vou te mostrar mais tarde.

— Esse dinheiro sustenta a casa?

Ele riu.

— Nem mesmo perto. Quando minha mãe faleceu, ela deixou para meus irmãos e eu uma herança considerável. A maior parte dela foi para a reparação da casa. Não há muito sobrando para manutenção após o incêndio. Felizmente, tenho outras fontes de renda.

— Outras fontes, acordos como o meu?

— Bem, eu não tenho outras noivas no armário, mas sim, eu suponho.

— Você conseguiu consertá-la? — Ele parecia confuso. — A caminhonete, quero dizer?

— Você realmente quer saber sobre a caminhonete? Você não tem outras perguntas, nada mais que você prefira falar?

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora