Capítulo 5 Parte 2

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— Obrigada. É bom conhecê-lo, Bruno.

— Bruno é a minha versão ligeiramente mais agradável.

Christopher aproximou, ficando ao meu lado e envolvendo sua mão territorialmente na minha nuca enquanto ele olhava para seu irmão.

— Santinho e tudo mais.

Bruno não respondeu à provocação de seu irmão, mas desviou o olhar para mim.

— Christopher tem sido muito reservado sobre você. — Eu vi no seu olhar, que ele sabia que isso não era nenhum romance normal. Na verdade, nem era um romance. — Eu estou ansioso para conhecê-la — acrescentou Bruno.

Christopher bufou.

— Incrível como duas pessoas que compartilharam um útero podem ser tão diferentes, não é? — Ele perguntou a ninguém em particular.

Bruno continuou conversando, me tomando de Christopher e me conduzindo para a casa.

— Você sempre me terá como um amigo, Dulce — Ele disse calmamente.

Eu não tinha certeza se eu era a única ouvindo, mas a maneira como ele disse, fez meus olhos lacrimejarem.

— O que foi que eu disse? Santinho — Christopher resmungou, batendo seus ombros nos de Bruno quando ele passou.

— Esta é Gail, ela é a cozinheira e praticamente administra tudo que tem a ver com a casa — disse Bruno, apresentando-me à mulher mais velha. — Ela esteve com a nossa família desde que me lembro.

É por isso que há uma ligação óbvia entre ela e Christopher.

Ela me deu um sorriso cortês e disse algo em italiano.

— Só fala italiano, no entanto.

Christopher me tirou de seu irmão. Eu me senti como um ioiô.

— Eu estudei um pouco de italiano. — Eu disse. Libertando-me de Christopher, eu cumprimentei a mulher com o meu italiano razoável, e eu pude ver pelo seu olhar que ela apreciou.

— Vou levá-la para dentro. Gail fez o almoço, então você terá que esperar para se acomodar.

Quando entramos, três homens surgiram do canto da casa. Christopher falou com eles em italiano e apertou suas mãos, em seguida, virou-se para mim para me dizer seus nomes, não me apresentando, apenas me dizendo quem eram. Primos, aparentemente, que trabalhavam para ele. Não consegui gravar seus nomes. Eu só me lembrava do nome do primeiro: Tiago.

O cheiro de comida flutuando da cozinha fez o meu estômago roncar. Mesmo se eu morresse, poderia comer o que quer que fosse que essa mulher estivesse cozinhando.

— Eu não posso ficar. Estão me esperando no seminário — disse Bruno. — No entanto, eu queria vir aqui para conhecê-la.

Seminário?

— Estarei de volta dentro de alguns dias. Se você precisar de qualquer coisa...

Antes que eu pudesse responder, Christopher respondeu.

— Ela não precisará — disse ele, interrompendo-o.

De qualquer maneira Bruno tirou um cartão e entregou-me, como se Christopher não tivesse falado nada. Imaginei muitas pessoas não fazendo isso com Christopher.

— Meu número de telefone celular está na parte de trás, e você pode sempre me encontrar aqui também.

Eu olhei para o cartão. Seminário St. Mark com um endereço de Florença.

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora