— Eu disse cuidado com a boca. Você está em um lugar santo!
— Será que um homem santo deve olhar para uma menina de dezesseis anos de idade?
A mão de Bruno fechou na minha garganta, e ele me empurrou com força contra a parede da igreja. Eu ri.
— Onde você aprendeu esse movimento? Eles ensinam a lutar nesse seminário?
— Pare.
— O que, Bruno? Estou vendo através de você?
— Eu vi as suas marcas na garganta de Dulce, irmão.
Minha boca apertou, e desta vez, foi Bruno que sorriu.
— O que ela tem, metade do seu tamanho? Aprendeu isso com o pai, depois de tudo?
Minha respiração veio apertada, meu peito arfando a cada respiração. Eu acho que ele sabia como ver através de mim também.
— Qual é o problema? Verdade demais para você? — Perguntou.
Porra. Ele soou como eu. Exatamente como eu.
Tirei seu braço do caminho e bati meu punho em sua mandíbula. Bruno cambaleou para trás, quase tropeçando em um banco, mas endireitou-se rápido e veio para mim, braço levantado para me bater de volta.
— Sim, é melhor. Bata em mim. Eu posso aguentar, e eu posso devolvê-lo. Você não bate em alguém que tem metade do seu tamanho, porra — disse ele, seu punho colidindo com o lado do meu rosto.
Empurrei-o para trás, desta vez esmagando-o contra a parede e agarrando-o pelo pescoço.
— Eu não bati nela, caralho. Eu nunca bati nela, porra. Eu nunca...
— E aquelas contusões, ela as colocou lá?
Eu afastei meu braço de novo, tão irritado, com raiva que tudo que via era vermelho. Os olhos de Bruno se moveram sobre meu ombro. Eu nem mesmo a ouvi chegar, mas de repente, as mãos de Dulce enrolaram meu braço, e ela usou todo o seu peso para me impedir de bater em Bruno.
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Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)
FanfictionDulce promete se casar com Christopher em seu décimo oitavo aniversário para liquidar uma dívida antiga. Como seu avô deve muito dinheiro, ele usa Dulce como um peão sem valor. Ela fica mais do que irritada com a situação, mas ela segue com o arranj...