Capítulo 12 Parte 5

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— O que Bruno quis dizer quando disse que você era um irmão protetor? — Eu tive que perguntar. Mas eu sabia a resposta, não é? Eu podia adivinhar.

Christopher se virou para mim, a dor em seus olhos era a mesma dor que eu vi na noite anterior. Ele não respondeu minha pergunta. Em vez disso, ele saiu da caminhonete. Tirei o cinto de segurança e o segui.

— Esta é Civitella in Val di Chiana.

— Ela parece abandonada. — Estava tão escuro.

— Não é. Não completamente. Há alguns festivais durante o verão, depois novamente em setembro na colheita, mas fora isso, é tranquilo.

O segui pelo portão de pedra em ruínas, olhando em volta, lendo as placas das lojas - um padeiro, um açougueiro, vários pequenos cafés. Quando eu tropecei, ele me pegou e segurou minha mão o resto do caminho até que estávamos no topo da vila em uma área aberta, que deve ter sido uma vez parte da casa que agora estava em ruínas. A grama a muito tempo cobriu o chão, e no centro agora há um pequeno campo, ele parou e olhou para cima. Segui seu olhar e fiquei admirada com o céu negro pontilhado de estrelas brilhantes.

— Sem poluição luminosa — disse ele e se sentou.

Sentei-me ao lado dele.

— É incrível.

— Minha mãe costumava me trazer aqui. — Ele se deitou. — Nas noites ruins. — Eu o segui, e nós dois observamos o céu. — Tome cuidado ao lutar contra os monstros, para que você não se torne um — disse ele.

Virei à cabeça, mas ele não estava me observando.

— Nietzsche — acrescentou.

— Você não é um monstro.

— Você não me conhece.

— Você continua me dizendo isso. — Ele virou de lado para me encarar.

— Você sabe o que eu quero fazer agora, Dulce?

Seu olhar deslizou para minha boca, então de volta aos meus olhos, e sua mão veio para o meu ventre. Me olhando, ele começou lentamente a subir meu vestido, o fino algodão fazendo cócegas nas minhas coxas quando ele subiu mais e mais.

Eu coloquei minha mão sobre a dele.

— Pare.

— Por quê?

Ele segurou meus pulsos e os arrastou sobre a minha cabeça antes de rolar em cima de mim.

Prendi a respiração, ofegando quando eu percebi que eu o sentia pressionando minha barriga.

A boca de Christopher veio à minha para um breve, mas luxurioso beijo.

— Eu quero que isso doa, Dulce.

Sua voz estava tão calma, e desejo ardia em seus olhos quando ele trouxe sua boca de volta para a minha, seus lábios não suaves, mas não muito duros. Ele transferiu meus pulsos para sua mão, e sua outra deslizou para minha coxa quando ele abriu as minhas pernas com os joelhos, olhando o meu rosto enquanto ele fazia isso, olhando em meus olhos com uma escuridão que tanto me apavorava quanto me fazia querer.

— Pare — eu tentei novamente, soando pouco convincente até mesmo para mim.

— Talvez seja por causa de como eu cresci.

Seu domínio sobre meus pulsos apertou quando comecei a lutar quando os dedos da outra mão vagaram pela parte de dentro da minha coxa, subindo mais, apenas roçando contra a extremidade da minha calcinha.

— Christopher...

— Houve uma mudança.

— Que mudança?

Ele balançou a cabeça, como se estivesse afastando aquele pensamento.

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora