Capítulo 19 Parte 3

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— O que isso significa?

— Isso significa exatamente o que eu disse.

— Quero que Cláu fique. Eu quero ser sua guardiã legal — eu soltei antes que eu pudesse amarelar.

— Fique? Aqui conosco?

— Ela vai ter dezoito em dois anos. E ela é autossuficiente, não é como uma criança...

— Eu não estou preocupado com isso. O que faz você pensar que seu avô vai permitir isso?

— Eu vou perguntar a ele.

— Não. — Ele balançou a cabeça. — Você não pode vê-lo novamente. Eu a proíbo.

— Você me proíbe?

— Ele é meu inimigo, Dulce, o que o torna seu inimigo. O que você viu com seus próprios olhos ontem não provou isso?

— Exatamente por isso que eu preciso trabalhar para a minha irmã ficar aqui comigo. Eu não me sinto segura mandando-a de volta com ele.

Ele balançou a cabeça, entrou no chuveiro, e pegou o shampoo.

— Christopher! Estou falando com você.

— Estou atrasado para uma reunião.

— Que reunião? O que são todas essas reuniões?

— Eu tenho tempo para uma transa rápida no chuveiro, no entanto.

Ele sorriu, aquela arrogância que eu odiava.

Mostrei o dedo do meio e saí do banheiro, enfiei a camiseta sobre a cabeça, e corri para o meu quarto, não querendo esbarrar em ninguém até que eu tivesse tomado banho. Ele levou dois minutos inteiros para me seguir, pingando e nu, no corredor. Na minha porta, ele agarrou meu braço e me empurrou para dentro, batendo a porta atrás de nós.

— Não se atreva a fazer isso comigo de novo, entendeu?

— O quê, isso? — Eu mostrei o dedo novamente. — Ou sair?

Ele apertou meu braço, sua boca tensa.

— Você quer jogar, afinal? — Estreitei meus olhos, mas meu coração batia forte vendo aquele olhar dele, o tom de sua voz. Eu sempre parecia esquecer minha inexperiência. Esquecer seu poder. Ou talvez eu apenas pensei que as coisas mudaram entre nós na noite passada. — Nós podemos jogar.

Ele me virou e me empurrou na beira da cama.

Eu tentei me levantar, mas ele apertou a mão entre minhas omoplatas e me manteve na cama, em seguida, empurrou a camisa sobre minhas costas e espalhou minhas pernas antes de ficar entre elas. O senti então, senti sua dureza na minha bunda, e tanto quanto eu não queria, tanto quanto eu queria ficar com raiva, meu corpo estava respondendo, como ele sempre respondeu à Christopher.

— Você tem uma bunda grande, Dulce — disse ele, então deu uma bofetada.

— Ai!

— Mantenha o rosto na cama.

Ele torceu meu cabelo na sua mão e se inclinou sobre mim.

— Você está me machucando.

— Parece ser a história de nossas vidas.

Ele deu um tapa na minha bunda novamente.

— Pare!

— Você vai manter sua cabeça para baixo?

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora