No instante em que nos viram, levantaram uma escada. Um dos homens subiu.
Dulce se moveu em meus braços, sufocando, tossindo. Olhei para ela e não pude deixar de sorrir um pouco.
Ela estava viva. Eu não cheguei tarde demais. Ela estava viva.
— Você está aqui.
Um acesso de tosse parou qualquer coisa mais que ela teria dito. Quando o bombeiro chegou até nós, eu a entreguei para ele. Ele a ergueu por cima do ombro e desceu as escadas. Eu olhei para baixo para Charlie, que voltou para o banheiro, se afastando o máximo possível enquanto o fogo de aproximava.
Alguém gritou para eu sair, mas eu voltei correndo, peguei o lençol da cama e o envolvi, segurando-o contra mim. Um calor intenso me fez correr de volta para a janela, e, com Charlie empacotado em meus braços, eu saí e desci.
Eles puxaram a escada para longe da casa e apontaram suas mangueiras para ela, jogando água sobre o fogo.
Eu fui para Dulce, que estava deitada em uma maca na parte de trás da ambulância com uma máscara de oxigênio sobre o rosto. Seus olhos se abriram e fecharam, e ela estendeu a mão para mim. Alguém trouxe uma tigela de água para Charlie, e eu coloquei para ele beber.
Dulce sentou-se e puxou a máscara. Ela olhou para a casa atrás de mim, depois olhou para mim.
— Christopher?
Foi quando tudo me atingiu. Tudo isso. O incêndio, quando ele aconteceu, a destruição da Vinícola Espinosa — porque foi destruída — a perda.
A quase perda dela.
Eu tropecei e segurei a porta da ambulância para me equilibrar.
Isso foi trabalho de Moriarty? Esta era a sua forma de vingança? Isso foi o que eu planejei fazer? Pensei que eu poderia fazer?
— Christopher?
Virei-me para ver as lágrimas escorrendo pelo rosto de Dulce.
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Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)
FanfictionDulce promete se casar com Christopher em seu décimo oitavo aniversário para liquidar uma dívida antiga. Como seu avô deve muito dinheiro, ele usa Dulce como um peão sem valor. Ela fica mais do que irritada com a situação, mas ela segue com o arranj...