Capítulo 8 Parte 6

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Voltei minha atenção para a água e, depois de alguns minutos de seu silêncio, eu me desenrolei da toalha, verificado se os seus olhos ainda estavam fechados, e rapidamente fui até a beira da piscina. Testando a água com meu dedo do pé, eu pisei na escada, descendo os cinco degraus antes de flutuar pela água, mergulhando e nadando até a extremidade mais distante antes de olhar para cima.

Olhei para Christopher, que agora estava me observando. Submergi novamente e nadei, tomando ar apenas para descobrir que ele se juntou a mim na água.

Meu coração bateu forte quando ele nadou em minha direção, sua cabeça escura separando a água como um tubarão, com duas braçadas poderosas, ele estava ao meu lado, me encurralando, seus braços prendendo-me à beira da piscina.

— Uma coisa que aprendi cedo na vida é nunca deixar seus inimigos verem o seu medo. — Ele se aproximou mais, seu rosto molhado a centímetros do meu. — Nunca os deixe sentir o cheiro do seu medo, porque é como uma droga, porra. — Ele inalou profundamente. — Você pode ficar chapado com isso, Dulce.

— Você é meu inimigo? — Perguntei, concentrei-me nessa única palavra. Incapaz de pensar sobre o resto. Sabendo que era verdade.

— Eu não sou seu amigo, sou?

— Não.

— Seus olhos traem o seu desejo, Dulce. Sua fome.

— Você não vê muito claramente, Christopher.

— Eu vejo muito claramente. E eu leio você como um livro.

Olhei para longe, muito consciente de seu corpo tão perto do meu, muito ciente de como os meus lábios se separaram e minha língua saiu para lambê-los. E como ele observava aquele pequeno movimento involuntário com conhecimento de causa.

— Você está curiosa, Dulcinha. Pelo menos admita para si mesma. Ou você é uma covarde?

— Eu não sou uma covarde. E você está errado.

— Estou?

— Me deixe sair daqui.

— Eu não estou tocando você.

Seu olhar vagou sobre o meu rosto, depois caiu para os meus lábios.

Mergulhei e deslizei debaixo de seu braço, nadando para a parte mais rasa da piscina. Mas antes que eu pudesse sair, ele estava atrás de mim, e desta vez, ele estava me tocando. Seu corpo pressionado contra mim, seu peito nas minhas costas, me prendendo.

— Você quer que eu te toque. — Ele sussurrou em meu ouvido. — Não é?

Quando seus lábios se fecharam no lóbulo da minha orelha, eu suspirei. Era como se uma sensação tivesse me atravessado. Atingindo dentro de mim, despertando outra coisa. Algo que parecia acontecer apenas por ele estar perto de mim.

Uma de suas mãos deslizou pela minha cintura, e ele me virou para que eu o encarasse.

😏😏😏

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora