Capítulo 19 Parte 2

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— Que horas são?

— Quase onze. Eu não queria te acordar.

— Quase onze?

Ele se virou para mim, e seu rosto ficou sério. Era como vê-lo se lembrar.

— Você está bem?

Eu sorri e toquei seu rosto novamente.

— Sim.

Não tínhamos tomado banho quando chegamos no andar de cima ontem à noite. Ele não permitiu, querendo me segurar. O quarto cheirava a sexo.

— Eu preciso de um banho — eu disse. — Minha irmã provavelmente está esperando, se perguntando onde eu estou.

— Ela provavelmente descobriu onde você está.

Ele rolou em cima de mim e me prendeu com os cotovelos em ambos os lados do meu rosto. Ele me beijou.

— Eu gosto do meu cheiro em você.

— Bem, eu não sei se todo mundo vai gostar, então eu deveria tomar banho.

— O que vocês duas vão fazer hoje?

— Eu ainda não tenho certeza. — Lembrei-me de ontem, de ver o meu avô com aquele homem. — Christopher, aquele homem do casamento, quem ele é exatamente?

O seu rosto ficou sério, e ele saiu de cima de mim.

— Vincent Moriarty. Um autoproclamado homem de negócios. Um bandido e um chantagista também, a quem meu pai devia dinheiro.

— Ele é perigoso, não é?

— Eu lhe disse que eu não deixaria ele machucar você, Dulce.

Não era comigo que eu estava preocupada.

— Ele quer te machucar? — Eu perguntei.

— Ele espera que eu pague a dívida do meu pai.

— Eu tenho que te dizer uma coisa — eu disse, me sentando.

— Se é sobre ele reunido com seu avô, eu sei.

— O que? Como?

— Taylor mencionou. Ele os viu, quando você e sua irmã foram buscar o telefone dela.

— Oh — eu esqueci Taylor. É claro que ele teria visto. — Eu quero ver o meu avô novamente hoje. Perguntar a ele sobre do que se tratava. Fazer com que ele coloque todas as suas cartas na mesa.

Christopher riu e saiu da cama.

— Você é ingênua, Dulce.

Eu o segui.

— Eu não sou ingênua. As coisas mudaram. Você é o meu marido agora, e é diferente do que deveria ser.

Ele parou e se virou. O seu olhar me fez vacilar.

— Eu não quero mentir para você. E eu não quero jogar com você — eu disse.

— Isso é bom, porque eu não quero jogar com você.

— Nós não somos inimigos, certo?

— Não, mas o seu avô...

— Precisa ir para casa e aceitar o que aconteceu. Aceitar a sua derrota.

Ele pegou meu rosto em suas mãos e me atraiu para ele, então beijou minha testa.

— Ingênua, mas doce.

Ele entrou no banheiro. Eu o segui.

— Você nunca me respondeu quando eu perguntei se havia mais para me contar sobre a consumação. Estive pensando sobre isso, e isso não faz sentido. Ele não tem nada a ganhar exigindo isso. Havia algo mais, não é? — Eu sabia que havia pelo seu olhar. — Do que você desistiu para me dar tempo com a minha irmã?

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora