— Pare! — Ela gritou. — O que você está fazendo?
— Diga a ele que eu não bati em você.
— O que?
— Diga a ele, porra.
— Saia de cima dele, Christopher!
— Afaste-se, Dulce! — Bruno ordenou.
Ele conseguiu tirar meu braço de sua garganta.
— Você vai se machucar.
— Não — ela disse me puxando, me afastando do meu irmão.
— Diga a ele — eu disse, meu olhar ainda preso no de Bruno, o dele no meu.
— Ele não me bateu. Ele não me bateu nenhuma vez, Bruno. Nem uma única vez.
Bruno virou-se para ela, seus olhos procurando seu rosto, talvez tentando descobrir se ela estava mentindo.
— Eu juro, Bruno. Christopher não vai me machucar.
Ela se empurrou entre nós, de pé em frente a mim como se ela fosse me proteger.
— Os hematomas em seu pescoço — disse Bruno.
— Outra coisa. Eu prometo, está bem?
Bruno olhou para o chão, depois passou a mão pelos cabelos, sacudindo a cabeça. Seu rosto quando ele olhou para mim mostrou apenas confusão.
— Vamos voltar. Gail já tem o jantar quase pronto — Dulce disse, pegando a minha mão em uma das dela e estendendo a mão para pegar a dele.
Bruno sacudiu a cabeça.
— Vão vocês dois. — Ele se afastou um passo, seu olhar parando no altar.
— Dulce — eu disse, olhando para ele enquanto eu falava. — Espere por mim lá fora. Já estou indo.
Ela hesitou.
— Vá. Sem mais brigas.
Ela concordou e nos deu um olhar ponderado antes de sair da capela.
— Desculpe — eu disse, dando um passo em direção a Bruno. — Você está certo. Eu estava tentando incitar você. Eu nem sei por quê.
Ele esfregou sua mão sobre a boca, no rosto, e sacudiu a cabeça.
— Sinto muito também. Eu não sei o que deu em mim. Eu não estou...
— É minha culpa. Esqueça. Se você precisa falar...
— Eu preciso de um tempo sozinho.
Eu balancei a cabeça e caminhei em direção à porta.
— Você vem para o jantar?
Ele caminhou até o banco da frente e se sentou.
— Vá em frente. Eu estarei lá mais tarde.
Por mais que eu quisesse ir até ele, forçá-lo a falar comigo, eu fiz minhas pernas me levarem em outra direção e me aproximei de Dulce, que ficou esperando nos degraus da igreja, os olhos arregalados de preocupação.
— Vamos — eu disse.
— O que aconteceu?
— Mais tarde. — Eu peguei a sua mão, e fomos para a casa. Me senti grato pela noite esconder meu rosto, porque Bruno estava certo ao se preocupar com Dulce. E ele nem sabia toda a história. Não sabia o que ainda estava por vir. E eu me odiava um pouco mais por isso todos os dias.
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Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)
FanfictionDulce promete se casar com Christopher em seu décimo oitavo aniversário para liquidar uma dívida antiga. Como seu avô deve muito dinheiro, ele usa Dulce como um peão sem valor. Ela fica mais do que irritada com a situação, mas ela segue com o arranj...