Capítulo 11 Parte 2

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Eu não entendi. Não fazia sentido.

Levantei e caminhei até a janela. À distância, suficientemente longe das mulheres para não ser intrusivo, mas perto o suficiente para fazer o seu trabalho, estava Taylor. Após minha conversa com Lambertini, pensei em contratar mais alguns homens.

De trás da cortina, eu assisti Dulce. Ela usava um curto vestido de verão turquesa, seu longo cabelo molhado do banho tinha uma presilha. Eu tenho que falar com ela sobre seu guarda-roupa. O pensamento de qualquer outra pessoa olhando para o que era meu me incomodou.

Ela tinha acabado de sair. Charlie, que eu levei para fora às cinco da manhã, enquanto ela dormia, correu para ela, e ela o pegou nos braços. Um sorriso iluminou seu rosto, mas eu vi como ela olhou em volta, e quando Nicola saiu e Dulce falou com ela, eu soube que ela estava perguntando sobre mim.

Eu disse a Gail que eu não deveria ser incomodado. Eu disse a ela para dizer que eu saí.

Eu era realmente um fodido. Um idiota, realmente. Ontem à noite, ela me viu. Realmente me viu. E ela não correu. Nem mesmo quando eu deixei a escuridão me possuir, só por um tempo. O oposto, na verdade. Ela ficou comigo e se recusou a me deixar para trás naquele lugar. Ela me disse que lá não era meu lugar. O lugar de ninguém.

Ela não te conhece.

Ela sentou-se à mesa no pátio e tomou um gole de café. Quando ela olhou para o escritório, eu me escondi atrás das cortinas.

Eu a queria. Eu queria mais do que apenas fodê-la. Eu queria ter tudo dela. Talvez tenha sido a prisão. Talvez eu fosse como um animal preso.

Eu disse a Dulce que isso seria um casamento no papel, mas então eu comecei a fantasiar sobre ela. Sobre a nossa noite de núpcias. Sobre erguer as pernas dela, fazendo-a minha. Mas eu não queria assim. Se ela dissesse que não, eu pararia. Eu não a machucaria, não desse jeito. Mas eu fiquei duro só em pensar sobre isso, e essa era a parte que mais me assustava. Eu não podia deixar isso me consumir, não importa o quê.

Talvez não tenha sido a prisão que tenha me feito isso. Talvez tenha sido a sua inocência. Sua pureza. Talvez fosse uma frágil tentativa minha de me purificar. Maldição, talvez eu tenha buscado absolvição o tempo todo e nem sequer soubesse disso.

Tudo o que eu sabia era que não poderia ser assim.

Mas por que não poderia? Por que eu não poderia tê-la? Ela já pertencia a mim. Porque eu não poderia ter tudo dela?

Balancei a cabeça e voltei para a minha mesa. Peguei minha caneta e assinei o contrato, em seguida, peguei o telefone para ligar para o meu advogado. Eu precisava deixar as coisas em ordem. Preparar. Eu precisava me forçar a me concentrar nisso, não nas coisas que Dulce disse, e não nos seus olhos azuis, e não na suavidade de seu toque, a maciez de sua pele.

Não no pensamento de quanto ela me odiaria quando soubesse com o que eu acabei de concordar.

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora