Capítulo 7 Parte 3

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Ela engoliu o café e deixou o pão. Ela realmente precisava comer.

— Termine seu café da manhã. Eu posso esperar alguns minutos.

Depois que ela comeu, liderei o caminho para a grande garagem. Era construída no mesmo estilo da casa e tinha espaço suficiente para três carros, mas uma parte estava ocupada com equipamentos antigos da vinha que não eram mais usados. No terceiro estava a caminhonete que eu estava trabalhando, uma Chevy 1970.

— Isso é muito antigo. Ainda funciona? — Perguntou ela quando nos aproximamos.

— Espero que sim. Fiquei até duas horas da manhã trabalhando nela. — Eu estava acordado desde às cinco e meia.

— Você não dormiu muito.

Dei de ombros.

Ela tocou a ferrugem e tirou uma camada de tinta velha, então abriu a porta e entrou enquanto eu me acomodava no banco do motorista.

— É seguro?

— Eu não te levaria nela se não fosse.

Ela me olhou quando eu disse isso, então apertou o cinto de segurança. O motor soluçou depois rugiu a vida, e nós partimos.

— Espero que você não se importe com o vento. — Eu deixei as duas janelas abertas. — Não consegui consertar o ar-condicionado.

— Não. Eu gosto do vento. Quão grande é a propriedade?

— Cerca de oitenta hectares. Quarenta deles com vinhas.

— Isso não está mais em uso. Que desperdício.

— É um desperdício.

— Talvez você possa começar de novo, replantar.... Reconstruir a história de sua mãe.

Minha garganta estava apertada, e foi difícil engolir.

— Estes campos aqui são alugados por vizinhos — eu disse, ignorando o que ela acabou de dizer.

— São vacas?

— Sim. Meia dúzia ou algo assim. Eles não têm espaço, e nós temos, por isso é um bom negócio.

— E é bom ver os animais. Algum cavalo?

— Você monta?

Ela balançou a cabeça.

— Tive somente algumas aulas, mas eu gosto. — Eu balancei a cabeça. — O que é aquilo? — Ela apontou na distância para um edifício de pedra.

— Capela. Foi construída junto com a casa. — Nós paramos no edifício, que faltava parte de seu telhado. Eu desliguei o motor e saímos.

— Isso é incrível.

Dulce subiu os dois degraus e abriu a pesada porta de madeira. Fiquei atrás, vendo-a observar todos os detalhes, tocando cada superfície enquanto ela se dirigia ao altar. Havia apenas seis bancos, três em cada lado. Era muito pequena. O telhado cedeu em um canto, mas o altar e a maior parte do edifício ainda estavam protegidos contra a chuva ou a neve. Um musgo verde crescia ao longo do exterior e em algumas das paredes internas.

— O altar está intacto.

Ela inclinou a cabeça para frente e fez o sinal da cruz, em seguida, subiu os três degraus para pegar os tocos de vela e fixar no altar de pedra, o crucifixo que ainda estava lá.

— Este lugar tem uma energia — Ela disse calmamente, não exatamente olhando para mim. — Você sabe quando foi usado pela última vez?

— Quando minha mãe estava viva.

— Oh.

Ela andou até onde estava o confessionário, a madeira apodrecendo.

— É quase como se houvesse cheiro de incenso nesse espaço, como se tivesse sido queimado ontem.

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora