Capítulo 17 Parte 2

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Eu balancei a cabeça, afastando o pensamento. Eu não pensaria nisso. Eu não podia. Era muito terrível. E por mais que eu não quisesse, eu sabia que tinha que falar com meu avô esta semana, antes que ele voltasse para casa.

Peguei meu celular e encontrei o número dele, mas eu o guardei novamente. Eu não ligaria ou marcaria um encontro. Eu apareceria em seu hotel. Surpreendendo-o. Talvez o pegando desprevenido.

Além disso, eu tinha coisas mais importantes para fazer hoje.

Percebendo que eu não tinha nenhuma roupa no quarto de Christopher - a pessoa que mudou os lençóis também levou o vestido de noiva - eu abri a porta de seu closet. Acendi a luz e inalei profundamente, o cheiro dele era forte aqui. Eu não tinha certeza do que eu esperava encontrar, mas não encontrei muito. Alguns ternos estavam pendurados ordenadamente, todos escuros, alguns pares de jeans estavam dobrados e empilhados, e camisetas. Uma montanha delas. Todas eram pretas ou brancas.

Eu ri. Irônico. Preto e branco. O bem e o mal. Ele era ambos.

Virando-me, eu encontrei uma camiseta preta descartada em cima do cesto de roupa suja. Olhando em volta para ter certeza que eu estava sozinha, eu a peguei, trouxe-a para o meu rosto e inspirei. Sem pensar demais, eu vesti a camisa. Ficava na metade das minhas coxas, o que serviria. Deixei seu quarto e caminhei na ponta dos pés pelo corredor até o meu, ciente da dor entre as minhas pernas, de como ele me fodeu, como foi quase suave. No início.

Eu ainda me perguntava e se eu tivesse dito não, ele teria me forçado?

Uma vez no meu quarto, eu rapidamente me troquei para um par de shorts e uma regata, escovei os dentes e lavei o rosto, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, e me dirigi ao quarto de Cláu. Ela já estava no corredor quando eu saí do meu quarto, vestida e carregando Charlie, murmurando para ele enquanto o acariciava, sua pequena cauda abanando.

— Eu o amo tanto — disse ela quando me viu.

— Eu também. Ele é maravilhoso.

Ela olhou para o meu rosto e sorriu.

— Você parece bem. — Ela piscou.

— Cale a boca — eu disse, tomando-a pelo braço e levando-a para a escada. — Estou faminta. Você?

— Sim.

— Como você dormiu?

— Ótima. Eu não dormi no voo, e eu estava morta de cansaço.

— Você falou com nosso avô hoje? — Perguntei.

— Ainda não. Eu disse a ele ontem à noite que eu o visitaria hoje para o almoço. Seria bom você ir também. Você não pode evitá-lo para sempre. Talvez lhe dê uma chance para explicar.

Coloquei meu braço no dela, e descemos as escadas e entramos na cozinha.

— Eu sei que tenho que o ver. Vai ajudar ter você lá.

— Então está decidido — disse Lina.

Nicola me entregou uma nota logo que eu entrei na cozinha.

— Para você.

— Obrigada — eu olhei para a folha de papel dobrada, confusa, então a abri.

Dulce,

Espero que você tenha dormido bem. Eu tinha negócios cedo, e eu não vou estar de volta até tarde. Taylor foi instruído a levar você e sua irmã para onde você queira ir.

Esteja na minha cama esta noite.

Christopher

Eu rapidamente dobrei o papel e guardei-o no bolso, tentando não pensar nas palavras.

Esteja na minha cama esta noite.

Decidi que não ficaria irritada com Taylor desta vez. Eu poderia dirigir um carro. Mas ele não queria Taylor como motorista. Ele queria segurança. Lembrei-me da noite anterior, naqueles homens que chegaram tarde, os que se reuniram com ele no escritório. Estremeci com a lembrança de como me olharam.

Oii gente,uma pergunta vocês querem que eu poste desonroso todos os dias ou duas a três vezes na semana??

Vocês estão gostando da história??

Eu particularmente amoo😍

Boa leitura 😘

Desonroso - Adaptada Vondy (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora