Esquadrões.

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Lídia e Chamusca nos levaram até o local dos testes, eles já conheciam bem a cidade e insistiram em nos acompanhar. Quanto mais avançávamos mais nervosos ficávamos, e a mais nervosa de todos era disparado Lídia.

– Vocês conseguem, é só prestar atenção no teste, ah, não fiquem nervosos, vão calmos, sim, bem calmo, às vezes o teste é até esse, ver quem consegue manter a calma, ou talvez, Deuses! É verdade o teste pode até já ter começado, no navio, na noite mágica, caramba eu...

– Calma. – Disse Chamusca. – Você nem vai participar, deixa que eles dão conta, chegaram até aqui não é nanico?

Fid assentiu, parecia um tanto nervoso, Chamusca deve ter percebido, pois deu um tapa nas costas dele.

– Você consegue goblizinho, se tem um goblin que consiga passar no teste esse goblin é você.

Fid olhou chamusca surpreso, sorriu agradecido.

Abracei Lídia uma última vez, ela me desejou sorte, outros campeões já entravam na estrutura que parecia uma arena, nos despedimos e entramos.

O lugar realmente era uma arena, provavelmente do tempo dos gladiadores, hoje só servindo para espetáculos com animais, competições e talvez alguns discursos do duque. As pessoas chegavam, olhando ao redor, soldados nos guiaram pela arena e nos deixaram em frente ao camarote, onde diversas cadeiras estavam colocadas. Todos cochichavam nervosos. O local foi se enchendo com muitos campeões, centenas, homens velhos e magros, alguns gordos, garotos, garotas, mulheres, elfos de todas as espécies, orcs, e foi quando vi outros dois goblins, eles olharam Fid e acenaram. Fidlian me encarou boquiaberto.

– Quem será que foi o primeiro? – Perguntei sorrindo. – Talvez você seja Fidlian o segundo goblin magico.

– Acho que eles querem falar. – Disse Blasco e Fid me encarou.

– Vai lá. – Eu disse.

Fid passou pelas aglomerações e chegou até os outros dois goblins, um parecia ser uma garota, o outro era parecido com Fid, de tom mais acinzentado, eles se abraçaram e começaram a conversar lá longe. Vi o grupo de Alana interagindo entre si e com outras pessoas de roupas finas, provavelmente nobres também. Davel e Dora se aproximaram do nosso grupo, Davel empolgado puxou assunto com os meninos, mas Dora estava meio cabisbaixa, encontrou meu olhar e eu sorri me aproximando.

– Tudo certo entre nós? – Ela perguntou, eu comecei a ficar nervosa, mas respirei fundo lembrando de quando bebi o chá.

– Sim, mas... Você sabe, eu não...

– Não precisa falar, eu errei. – Dora estendeu a mão pra mim. – Amigas?

Eu peguei na mão dela.

– Amigas.

As pessoas iam se empurrando, cada qual com seu grupinho, os soldados nos circularam e baús eram trazidos para a arena.

– Nervosa? – Perguntou Dora.

– Que isso? Eu? – Olhei pra ela com desdém, depois suspirei. – Claro que sim.

Ela riu e segurou minha mão, acho que ela estava querendo me dar coragem, mas me assustei e tirei sua mão, ela ficou sem reação e constrangida.

– Desculpa. – Eu disse. – Eu só...

– Tudo bem.

Dora foi até os meninos escutar a conversa. Emilian me olhou, sabia que ele queria fazer uma pergunta.

Escama NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora